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dezembro 2010

JOSIAS – 2Crônicas 33.21-25 e 34.1-2 – “Uma lição de vida”

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Josias é um dos grandes reis de Judá, o reino do Sul. Seu nome significa “Iah concede”. Seu nascimento foi predito trezentos anos antes, com seu nome citado, em 1Reis 13.2. Filho de Amom, um rei ímpio. Neto de Manasses, o pior rei de Judá. Mostra que caráter e moral não são genéticos, mas decididos pela pessoa. E que não há maldição hereditária. Cada pessoa traça seu caminho, faz suas opções e é responsável por elas. Liderou um grande avivamento em Jerusalém, a capital, e em Judá, o país. Sua morte foi uma comoção nacional: 2Crônicas 35.24-27. O que Josias nos ensina?

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JOANA – Lucas 8.1-3, 23.55-56 e 24.8-10 – “Alcançada e transformada por Cristo, mantenedora de sua obra”.

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Joana é o feminino de João. Significa “Iahweh mostrou favor” ou “Iahweh é gracioso”. Jesus mostrou favor e foi gracioso para com ela. Curou-a de alguma enfermidade. Seu marido era alto funcionário de Herodes, que era inimigo de Jesus, mas a graça do Salvador é para todos. Pobres e ricos, de baixa ou alta posição, e trabalhem onde trabalhem. Vejamos nossa personagem de hoje, a mulher que recebeu o favor de Jesus, e comprometeu sua vida com ele. São marcas que também devemos ter.

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A FOME DOS CRISTÃOS DE ZÂMBIA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da IBC de Macapá em 26.12.2010

Li no site da ADIBERJ (Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro) que “centenas de cristãos africanos estão prontos para ingressar no campo missionário. Mas infelizmente, muitos deles não têm recursos para fazê-lo”. Um missionário da Zâmbia queria evangelizar os muçulmanos, na Tanzânia. Precisava de US$ 500 para as despesas, incluindo um colchão, bicicleta e US$ 50 por mês. Sua igreja decidiu enviá-lo e para isso vendeu roupas e deixou de fazer a terceira refeição do dia. Após algumas semanas, conseguiu enviar o obreiro para o campo. Sobre sua fome voluntária de alimentos avulta outra fome, a de anunciar Jesus ao mundo.

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PILATOS – Mateus 27.1-2 – “Arruinando a própria vida”

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Pôncio Pilatos, que figura! “Pôncio” significa “pertencente ao mar”. “Pilatos” é um apelido, derivado de “pilus” (dardo). Presume-se que recebeu dos militares por ter sido exímio lançador de dardos. Mas era uma forma de designar uma pessoa explosiva (“lançar dardos”). A história mostra que era um homem violento. No ano 25 foi designado como o quinto procurador da Judéia. Ficou até o ano 36. Levou a esposa consigo (Mt 27.19). Entrou para a história como um péssimo administrador. Espiritualmente, seu desastre foi pior. Vejamos.

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JUDAS, IRMÃO DE JESUS – Judas, 1 – “Quase desconhecido, mas sério e íntegro”

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Judas era um nome comum. Pelo menos, oito homens assim se chamava no Novo Testamento. Significa “louvor a Iah”. É o “Judá”, no Antigo Testamento. Daqui vem “judeu” (“aquele que louva a Deus”). Dois discípulos de Jesus tinham este nome, o Iscariotes e Judas, filho de Tiago (Lc 6.16 e At 1.13). Jesus tinha um irmão com este nome: Mateus 13.55. Ele não cria em Jesus: Jo 7.5. Após a ressurreição, passou a crer: Atos 1.14. É tido como o autor da carta de Judas.

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DORCAS – Atos 9.36-43 – “Uma mulher amável e amada”

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Tabita, no aramaico, e Dorcas, no grego, significam “gazela”. Os dois nomes indicam que esta mulher tinha trânsito em duas culturas. Sua ressurreição é uma das sete da Bíblia, incluindo a de Jesus. As outras foram efetuadas por Elias (1Rs 17.22), Eliseu (2Rs 4.35), Jesus (Mc 5.42, Lc 7.14, Jo 11.44) e Paulo (At 20.10). Dorcas é um modelo não apenas para mulheres, mas para todos os crentes em geral. Vejamos algumas marcas de sua vida.

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EZEQUIAS – 2Reis 16.20 – “Uma pessoa totalmente entregue a Deus”

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Iah é força. Um dos quatro grandes reis de Judá (Uzias, Josias e Asa). É tido como o maior de todos: 2Reis 18.5. Citado cerca de 100 vezes em 2Reis, 1 e 2Crônicas, Jeremias, Oséias e Miquéias. Ascendeu ao trono, com 25 anos. Surgiu um avivamento, que foi liderado por Isaías. Eis alguns traços do seu caráter, o caráter de uma pessoa totalmente entregue nas mãos de Deus:

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FEBE – Romanos 16.1-2

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Febe surge numa recomendação em Romanos 16.1-2. Isto tem sido entendido como sendo ela a portadora da carta aos romanos. Ela é da Cencréia, um porto de Corinto, onde Paulo estava quando escreveu esta carta. Surge e desaparece aqui. Nada mais se diz sobre ela.  Mas é uma apresentação elogiosa. Por isso, vejamos o que podemos aprender desta irmã do passado.

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LÍDIA – Atos 16.11-15, 40 – “Uma Cristã Para Este Tempo”

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Asiática, nascida em Tiatira (v. 14). Nome vem da região da Lídia, onde Tiatira ficava. Seu nome era adjetivo, “a mulher lídia”. De alta posição social, solteira ou viúva; casa é sua (v. 15). A igreja em Filipos começou com ela. E alcançou pessoas de alta posição social: Atos 17.4 e 12. Convertida ao judaísmo, entendeu o evangelho (v. 14). Traços do seu caráter nos orientam em nossa vida. Uma cristã para este tempo.

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PORQUE COMEMORAR O NATAL

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da IBC de Macapá, 19.12.2010

O natal tem sido combatido por alguns cristãos, que alegam que ele é a festa pagã do culto ao Sol. Estabanamento puro. Escolheu-se esta data, entre outras, porque Cristo é o sol da justiça (Ml 4.6). Outros combatem a árvore de natal, dizendo-a vir culto pagão às árvores. Mas a Bíblia se abre e fecha com a presença de uma árvore (Gn 3.9 e Ap 22.14). A prática veio de Lutero, que enfeitou uma árvore em seu quintal, para comemorar o natal.

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JOSUÉ – Úxodo 17.9 – “Um verdadeiro homem de Deus”

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Josué surge sem apresentações: Úxodo 17.9. Chamava-se Oséias e teve o nome mudado (Nm 13.8, 16). Oséias, Josué e Jesus têm o mesmo sentido: “Iah é salvação”. Personalidade multifacetada: escravo, soldado, servidor, guerreiro, espião, comandante, estadista. Sobre tudo: um homem santo nas mãos de Deus. Um pouco da sua vida para ver o que nos ensina.

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MANASSÉS – 2Crônicas 33.10-16 – “Juízo e graça”

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Manassés foi o primeiro filho de José (Gn 41.51). Menashé, “ele faz esquecer”. Foi um consolo a José, pois o nascimento do filho o fez esquecer o sofrimento e as saudades do pai. Mas este Manassés foi o pior homem da Bíblia. Ninguém o superou em maldade.  Punido por Deus, se arrependeu dos seus pecados, Deus o perdoou e o restaurou. Estudaremos um pouco sua oração.

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UM ENCONTRO HISTÓRICO

“Melquisedeque abençoou Abrão, dizendo: ´˜Abrão seja abençoado pelo Altíssimo Deus, que criou o céu e a terra! Seja louvado o Altíssimo Deus, que entregou os inimigos de você nas suas mãos!´. Aí Abrão deu a Melquisedeque a décima parte de tudo o que havia trazido de volta”. (Gênesis 14.19-20)

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Um encontro histórico: o pai da fé, o homem que Deus chamou de “meu amigo” (Isaías 41.8) e o primeiro rei conhecido de Jerusalém, aqui chamada apenas de Salém, provavelmente, na época, uma pequena fortificação com umas poucas casas ao redor. Séculos depois, o autor de Hebreus desenvolverá um raciocínio brilhante para provar a superioridade do cristianismo sobre o judaísmo. Este se estruturava sobre o sacerdócio levita, e o cristianismo, sobre o sacerdócio de Jesus. O sacerdócio levita vem de Abraão (Levi descendeu dele), e o de Jesus, de Melquisedeque. A ordem sacerdotal de Melquisedeque não existiu no judaísmo, mas a figura vem daqui, deste encontro. Melquisedeque abençoou Abraão e recebeu dízimos de Abraão. Quem abençoa é maior que o abençoado, e quem recebe os dízimos é maior que quem os dá. Neste sentido, Melquisedeque é maior que Abraão. Da mesma maneira, os sacerdotes derivados deles, Jesus e Levi, mantêm a mesma ordem: Jesus é maior que Levi. O sacerdócio de Jesus é superior ao sacerdócio levita.

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UM NATAL DIFERENTE

Tarcísio Farias Guimarães,

Pastor da Primeira Igreja Batista em Divinópolis (MG)

O Evangelho de Mateus apresenta com vivacidade a disposição de uns magos do Oriente por encontrar o Cristo de Deus entre os judeus, há aproximadamente dois milênios. Eles perguntaram abertamente: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-lo” (Mateus 2.2). Todavia, o cruel Herodes, temendo ser o cumprimento da profecia messiânica o encerramento da sua carreira política, planejou matar o menino procurado (Mateus 2.3, 16), tentando conquistar a simpatia dos magos e declarando falsamente que queria conhecer o menino para prestar-lhe adoração (Mateus 2.7, 8).

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E ELE FOI DE VEZ, MAS…

“Assim Abrão desarmou o seu acampamento e foi morar perto das árvores sagradas de Manre, na cidade de Hebrom. E ali Abrão construiu um altar para o Deus Eterno” (Gênesis 13.18)

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Já vimos que Ló foi armando suas tendas aos pouquinhos, cada dia mais perto, até chegar a Sodoma. E que Abraão adotou o costume de levantar altares a Iahweh aonde chegava. Agora Abraão arma sua tendas, não aos pouquinhos, mas de vez, próximo das árvores sagradas de Manre. Provavelmente um carvalhal, onde havia o carvalho Moré, também visto anteriormente.

Se Manre não tinha a imoralidade de Sodoma, tinha o paganismo da adoração a árvores sagradas. Abraão foi de vez para lá, não como Ló, que foi aos pouquinhos para Sodoma. Mas há uma diferença fundamental entre os dois. Abraão edificou ali um altar a Iahweh. Este era um dos traços marcantes de sua personalidade. Ele chegava num ambiente pagão, reduto de sacerdotes pagãos, mas levantava ali um altar ao seu Deus. Assim, podemos estabelecer uma diferença entre dois servos de Deus. Um que assimilava os padrões do ambiente onde se estabelecia. E outro que marcava presença, afirmando sua fé em Deus. Num ambiente de feitiçaria e idolatria, Abraão se manteve firme. Ló foi para um ambiente de imoralidade sexual. Nada indica que tenha sucumbido ao ambiente. Mas ele terminou seus dias em imoralidade sexual, praticando incesto com as duas filhas (Gn 19.30-38). E geraram dois povos que se tornaram problemas monumentais para o povo de Deus! Como Ló atrapalhou! Manre não deixou marcas no caráter de Abraão. Mas Sodoma e Gomorra deixaram marcas na vida de Ló.

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A FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, para a Primeira Igreja Batista de Nova Odessa, SP

Comecemos com o texto de 2Pedro 1.20-21: “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. Podemos observar que Pedro considerava “a profecia” (Antigo Testamento) como “Escritura” (grafês, palavra usada para “escrito”, mas aqui com o sentido de um escrito com autoridade).

Isto nos mostra que a Bíblia dos primeiros cristãos foi o Antigo Testamento. Vemos mais disto em Lucas 24.27, na atitude de Jesus: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. E também em Lucas 24.44: “Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Os judeus dividiam o Antigo Testamento em Lei, Profetas e Escritos. Jesus alude às três divisões, apenas citando “Salmos” em vez de “Escritos”. Talvez por ser o maior livro dos Escritos.

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JESUS AINDA É O CAMINHO?

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Isaltino Gomes Coelho Filho

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” – João 14.6

Um dos mais graves problemas para a igreja de Cristo é a perda da visão da exclusividade da salvação pela graça por meio da fé em Jesus. Teoricamente, cremos que só Jesus Cristo salva, mas na prática, essa declaração não permeia a vida de muitas igrejas. A crença na salvação exclusivamente por meio de Jesus deveria produzir uma ardorosa visão evangelística e missionária. Cristo seria o carro-chefe da igreja e a mensagem do Cristo crucificado, poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, seria a tônica da pregação. Estranhamente, porém, boa parte das igrejas tem se escondido no Antigo Testamento, trazendo para o culto arca, shophar (esta é a nova grife!), quipá, estrela de Davi, etc. São igrejas evangélicas que baniram o evangelho e recuperaram o sistema veterotestamentário. Sua leitura da Transfiguração deve ser que o Pai retirou Jesus de cena, deixando Moisés e Elias, e declarou: “Estes são os meus Filhos amados em que me comprazo; a eles ouvi”.

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O JESUS MERCADORIA E O JESUS REAL

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da IBC de Macapá, 12 de dezembro de 2010

Herodes ficou muito contente quando viu Jesus, pois tinha ouvido falar a respeito dele e fazia muito tempo que queria vê-lo. Ele desejava ver Jesus fazer algum milagre” (Lucas 23.8)

O episódio vivido por Herodes mostra um contraste: o Jesus mercadoria e o Jesus real. Tendo ouvido falar de Jesus, Herodes esperou um “show” particular. É o Jesus mercadoria, que dá espetáculos estrondosos que entretêm o ocioso. O Jesus mercadoria é muito buscado hoje em dia por um mundo vazio. Ele distrai e não incomoda. É um produto para ser usado. Quem o compra tem direitos sobre ele. É um produto de consumo. Relaciona-se com ele em termos de “pago, uso, e deixo de lado quando não me interessa”. Jesus tem sido “coisificado” em muitos segmentos. É uma senha (“Esse nome tem poder!”) ou um conceito dentro do qual se projetam certas expectativas. Como Herodes: Jesus faria uns milagres para ele ver. Naquele fim do mundo, uma boa maneira de passar o tempo. Uns momentos de exibição particular de Jesus lhe ensejariam comentários: “Rapaz, eu vi o cara! Ele é bom mesmo!”.

Como não aceita dar espetáculo ou ser usado por alguém, Jesus se calou diante de Herodes. Não se dá a conhecer em festas de passar tempo. Apenas na submissão. Herodes não tinha. O Jesus real não é um bichinho de estimação ou o colega da rua de cima. Menos ainda algo que podemos usar. Muita gente conhece um Jesus que não é o real. É o seu Jesus pessoal. Alguém disse numa reunião de estudo bíblico: “Gosto de pensar em Jesus assim, ó…”. Projetava um ideal como sendo Jesus. Só há um Jesus de verdade, o do Novo Testamento. Não o da imaginação ou da expectativa. O “Jesus da história”, dos teólogos liberais, era ficção. Quando se analisa o Jesus deles, vê-se apenas um cavalheiro europeu, polido e melancólico. Projetaram-se nele. Como Herodes. Viu Jesus, falou-lhe, mas não conheceu o Jesus Senhor da história, Salvador do mundo. Pensou em alguém medíocre como ele.

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VENDER NÃO PODE, MAS COMPRAR PODE

Fui a Manaus, pregar no congresso de adolescentes da IB Cachoeirinha. Foi muito bom ver um grande número deles, sérios, comprometidos com Jesus e com a igreja. Dirigiram os cultos, cantaram, oraram e apresentaram peças teatrais. Vi peças teatrais em igrejas que foram barulhentas e pândegas.  Eles foram sóbrios e autênticos. Nada soou artificial.

De um hotel em Manaus vi pela tevê a invasão de um morro, no Rio, para expulsão de traficantes.  Vi também uma reportagem sobre como as drogas entram pelas imensas fronteiras do país. Interessante.

Por que isto não feito antes? Não foi tão sangrento assim. Mas eis o que realmente me incomoda: por que não se fala sobre o usuário, que faz o mercado de drogas funcionar? O morro é visto como esconderijo de criminosos. Mas o asfalto sobe o morro em busca da droga! O culpado não é morro. É o asfalto! Um produto só é vendido se alguém o comprar. Sataniza-se o traficante, e se condói do consumidor, dizendo-o doente. O vendedor não será um farmacêutico, vendendo remédio ao doente?

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“TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS” – UM ESTUDO EM 2 TIMÓTEO 3.14-17

Pr Luciano R. Peterlevitz

14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste 15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. 16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

1. INTRODUÇÃO

Os versos 10-17 de 2Timóteo 3 formam um único parágrafo, subdividido em duas partes: v.10-13 e v.14-17. Cada uma dessas partes inicia-se com a partícula adversativa  συ δε su de, “tu porém”. Há assim um nítido contraste entre aquilo que Paulo descreveu sobre os falsos mestres (v.1-9), e sua orientação a Timóteo (v.10-17). Os falsos mestres naufragaram na fé (1Tm 1.19). Mas o jovem Timóteo deve continuar na fé.

Observa-se ainda que cada uma das partes do parágrafo em questão tem uma temática: na primeira (v.10-13), Paulo exorta Timóteo a seguir seu exemplo, enquanto que na segunda parte (v.14-17) o apóstolo convoca o jovem presbítero a continuar firme nas Escrituras. Há uma lição aqui: antes de Timóteo olhar para a Palavra de Deus, ele deve o olhar ao exemplo do homem de Deus. Como se diz, nós, cristãos, somos uma Bíblia viva. Antes de pedirmos para as pessoas olharem aos valores das Escrituras, nós mesmos devemos transpirar esses valores mediante o nosso exemplo de vida.

Nosso estudo se concentra nos versos 14-17. Vejamos então o que a Palavra de Deus nos ensina nesses versículos.

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A ÉTICA RELACIONAL DOS PROFETAS

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Palestra preparada pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a FATECH (Faculdade de Teologia e Ciências Humanas, de Macapá), e apresentada em 2.12.12, na 8ª. Semana Teológica “Religião e política na crise da civilização contemporânea”

Ontem falei sobre a ética pessoal dos profetas. Se alguém esperava um discurso político, frustrou-se. E hoje deve continuar frustrado. Mas creio que minha trilha é correta. Lembro-me de uma citação atribuída a Mark Twain: “Muita gente fala em mudar o mundo, mas ninguém quer mudar-se a si mesmo”. Primeiro os profetas e a igreja, que deve ser uma comunidade profética ao mundo, devem colocar sua vida em ordem. Depois terão condições de chamar o mundo à mudança. Ética começa com os que a apregoam.  Eis uma oportuna citação de Tozer: “A noção popular de que a primeira obrigação da igreja é disseminar o evangelho até os confins da terra é falsa. A sua primeira obrigação é ser espiritualmente digna de disseminá-lo” [1]. Quero usar esta citação no contexto profético. Se a igreja quer falar de ética ao mundo deve lembrar que a ética deve começar em seus domínios.  Por isso vou falar de ética relacional, hoje. Os profetas sabiam se relacionar. Nao eram apenas emissores de acusações aos outros. Sabiam como deviam viver, e é disso que quero tratar disto hoje.

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A ÉTICA PESSOAL DOS PROFETAS

Palestra preparada pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a FATECH (Faculdade de Teologia e Ciências Humanas, de Macapá), e apresentada em 2.12.12, na 8ª. Semana Teológica “Religião e política na crise da civilização contemporânea”

Houve um tempo em que todo mundo queria ser profeta, ou se arrogava “voz profética”. Era uma maneira de dizer o que queria, e, por mais deseducado que fosse, sua desculpa era que estava agindo como profeta. Eu também agi assim. No púlpito de uma das igrejas em que servi, coloquei um cartazinho para mim mesmo: “Vive o Senhor que o que o Senhor me disser, isso falarei”, citando Micaías, quando instado a dizer coisas boas ao rei Acabe. Mais tarde preguei em uma igreja onde o pastor pusera outro pequeno letreiro no púlpito: “Não mais eu, mas Cristo”, citando Paulo. Achei o dele melhor que o meu.

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A CARTA AOS ROMANOS

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Estamos no ano 56-57 de nossa era. Após dez anos de intensa evangelização às margens do Mar Egeu, Paulo está agora em Corinto, hospedado na casa de um amigo, Gaio (Rm 16.23). Sua visão agora se volta para a Espanha. Ele não tinha disposição de edificar sobre fundamento alheio (Rm 15.20). Será uma grande oportunidade para ele, conhecer a fabulosa Roma. Embora fosse cidadão romano (sobre isto tratamos mais à frente) ele não conhecia a cidade nem os cristãos de lá. Esta era uma grande oportunidade para conhecer a igreja, cuja fama se espalhava, e compartilhar alguma coisa com seus membros (Rm 1.9-13).

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