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O AMOR DE MÃE DE DEUS PAI

Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 8 de julho de 2012

 

                O psicanalista alemão Erich Fromm é autor do livro A arte de amar, onde comenta sobre dois tipos de amor, o “amor de mãe” e o “amor de pai”. Não são exclusivos de um ou de outro. O pai pode ter o amor de mãe e a mãe pode ter o amor de pai. Um deles pode ter ambos. São dois tipos de amor, e a mesma pessoa pode ter os dois.  O que os caracteriza é o conteúdo e não o sexo de quem os tem.

 

O amor de mãe diz: “Você é meu filho e sempre o amarei, não importa o que você faça ou venha a ser. Nada de ruim que você faça me fará rejeitá-lo”. O amor de pai diz: “Eu amarei você se você merecer, se tirar boas notas, se vier a ser alguém de valor”. O primeiro é o amor aceitação. O segundo, o amor reconhecimento. Ambos são necessários, pois focam duas grandes necessidades humanas: aceitação e reconhecimento. Para uma vida emocional equilibrada a pessoa precisa dos dois. Um não é melhor que o outro.

Deus tem o amor de pai e de mãe. Seu amor de mãe se vê em Joel 2.18: ele “se compadeceu do seu povo”. “Compadeceu” é o verbo hebraico hemel, que surge como substantivo em Úxodo 2.6, traduzido como “compaixão” da filha de faraó pelo bebê largado no rio. É o amor de uma mulher que se compadece de uma criança em risco.  Deus tem o firme amor paterno e a terna compaixão materna. Tem o rumo seguro de um pai e a doçura de uma mãe.

 

Deus usa conosco de amor aceitação e de amor reconhecimento. Ele nos aceita como somos, em Cristo. Jesus perdoou a mulher adúltera: “Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais” (Jo 8.11). Deu-lhe nova oportunidade. Deus nos aceita em nossas limitações e pecados. E sem pedir que melhoremos. Mesmo porque só melhoraremos com sua graça e com seu poder. Ele trabalha em nossa vida e nos ajuda a crescer. E tem também o amor aceitação, aquele que vê a nossa luta: “Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis” (Hb 6.10).

 

Precisamos de aceitação. Deus nos aceita e perdoa: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9). Deus aceita e perdoa os pecadores que se chegam a ele por meio de Jesus.

 

Precisamos de reconhecimento. Quem o serve com coração sincero ouvirá esta palavra: “Servo bom e fiel; sobre o pouco fiel, sobre muito te colocarei” (Mt 25.21).

 

Vale a pena comprometer a vida com Deus. Ele nos aceita. Ele nos galardoará pelo serviço prestado: “E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa” (Mt 10.42). A aceitação e o reconhecimento divinos trazem a vida abundante prometida por Jesus (Jo 10.10).  Desfrute deste amor.  Deus quer aceitar você. Deus quer reconhecer você.

 

 

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