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REMOÇÃO DE TATUAGEM

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 25.11.12

 

Arrumava-me para sair, com a televisão ligada. É assim que ouço as notícias. Veio a chamada para o tema que seria tratado a seguir: remoção de tatuagem. O tom foi irônico: as pessoas começam a namorar e, empolgadas, fazem uma tatuagem homenageando o “grande amor de sua vida”. Três meses depois, o “grande amor” se esfarelou e a pessoa quer remover a tatuagem. Acabado o “amor”, acaba-se a tatuagem. A questão é como removê-la. As pessoas banalizaram o amor…

Deus fez uma tatuagem. Nas suas próprias mãos: “Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei…” (Is 49.16). Não foi um desenho. Foi o nome do seu povo. Usamos muito as mãos. Com elas fazemos as coisas. Olhamos sempre para elas. Um nome gravado nas palmas das mãos sempre será lembrado. Não é que ele se esqueça. É a reafirmação de que ele sempre se lembra.

 

Além desta tatuagem em suas mãos para se recordar do seu povo, ele perguntou: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15). Deus não esquece seus filhos. Por vezes nos ocultamos dele, somos rebeldes, desobedientes e fazemos ouvidos moucos à sua voz e dizemos que ele nos abandonou. Nós é que fugimos. Deus gravou nosso nome em suas mãos. Ele as olha e sempre se lembra de nós. Ele nunca apagou a tatuagem. Nosso nome continua escrito lá.

 

Um hino antigo, da época em que os hinos falavam de Cristo e não dos sentimentos do adorador, dizia: “Meu nome está nas mãos de meu Jesus… Esquecer-me não será possível”. Nas mãos de Jesus estão os sinais dos cravos. Ele os mostrou a Tomé (Jo 20.27). Mas junto aos cravos estão nossos nomes. Ele lembra. Nunca se esquece do seu povo. Deus não banalizou seu amor. Ele o levou às últimas consequências, a cruz. “Deus prova seu amor por nós em que Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8). Não apaga nada. Gravou. E gravou com o sangue de Jesus!

 

Neemias, o líder da reconstrução das muralhas de Jerusalém, não reivindicou, não exigiu nem declarou. Com toda a sua folha de serviço, apenas pediu, como última palavra sua: “Lembra-te de mim, Deus meu, para o meu bem” (Ne 13.31). Quando você se sentir desamparado em meio a alguma crise, ao invés de reclamar, apenas peça a Deus: “Senhor, olha para as palmas das tuas mãos! Vê meu nome, eu sou teu filho!”. Diga: “Lembra-te de mim… olha tuas mãos”.

 

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