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O LADRÃO DO NATAL

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 23.12.12

            No Shopping Macapá, ouvi um jovem dizer a outro: “Papai Noel roubou o lugar de Jesus!”.  É verdade. As pessoas não querem saber de Deus, mas de festas religiosas amaciadas. Na “semana santa”, um coelho que bota ovos de chocolate tomou o lugar de Jesus. No natal, o personagem central é um idoso esquisito. Nos dois eventos, o sentido religioso foi substituído pela confraternização humana. São datas comerciais. O apelo é para consumir. O natal, por exemplo, perdeu o sentido espiritual. São presentes, bebidas e a ceia da meia noite.

 

Comércio quer vender. Pior que ele são os cristãos que desfiguram o natal. Alguns desfiguraram o evangelho com suas esquisitices e agora combatem o natal, dizendo-o festa pagã. Opõem-se a qualquer culto com ênfase no nascimento de Jesus. São os reinventores do evangelho.

Para outros, é troca de presentes, comida, e roupa nova. Mas o natal é a encarnação de Deus. Ele se fez homem. Não para pregar fraternidade, que isso todos pregam. Eis o natal: “Mas quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que pudéssemos nos tornar filhos de Deus” (Gl 4.4-5). O natal é isto: Deus se fez homem. O Eterno entrou no tempo. O Infinito entrou no espaço. O Santo veio aos pecadores.

 

Numa cidade onde trabalhei os pastores queriam fazer um jantar natalino. Pediram-me para levar dois perus. Estranhei que pastores também vissem o natal como comida. Ponderei: “Por que não fazemos uma refeição comum, e damos ao orfanato batista da região, bem carente, o que gastaríamos?”. Fui tido como “desintegrado”. Se as igrejas valorizam mais o social, o que esperar de outros? Como criticar o comércio, se nós não damos ao natal o seu verdadeiro sentido?

 

Muitos crentes não participam do culto de natal “para cear com a família”. Trinta anos atrás, os crentes se esforçavam em levar os parentes não crentes à igreja, aos domingos e em ocasiões especiais, motivos de evangelização. Por isto nós crescíamos. Hoje os parentes não crentes tiram os crentes das igrejas. Por isto tantos deles não se convertem. Eles veem que os maiores momentos de nossa fé não nos são relevantes. A igreja não é relevante para boa parte de seus membros. A presença aos cultos é “se der”. Preguei no aniversário de uma igreja e o pastor anunciou “o ponto alto da noite”: o famoso bolo de glacê e o também famoso refrigerante em copo plástico. O ponto alto de nossos eventos espirituais é comida e festa.

 

Jesus ou festa humana? Fé ou sentidos? Culto ou barriga cheia? Há crentes que fazem regime após o natal, para perder os quilinhos que ganham. Que pena! Desfiguramos tudo!

 

Acerte neste ano! Dê o primeiro lugar a Jesus!

 

 

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