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Jesus Cristo recrucificado

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Jesus Cristo recrucificado


Pr. Walter Santos Baptista

“Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar;  não com sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo não se faça vã (1Coríntios 1.17).

“… de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus…” (Hb 6b);

Em 1959, o eminente pregador e escritor canadense Pr. A. W. Tozer declarou que “A qualidade do cristianismo evangélico vem piorando ano após ano”. Isso foi dito há quarenta e três anos acerca do cenário eclesiástico norte-americano. Lamentavelmente, verificamos que chegou por aqui também. Esqueceram muitos líderes de igrejas chamadas evangélicas dos estandartes da Reforma do Século 16: Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura; Solus Christu, ou seja “Só a Graça de Deus; Só a Fé Pessoal; Só a Escritura Sagrada como regra de Fé e Prática; Só Jesus Cristo como Salvador”, tão bem expressos esses estandartes na palavra de ordem deste Congresso: CRISTO NO CENTRO! BÍBLIA NO PÚLPITO HERESIAS DE FORA!

Em outra de suas inúmeras obras declarou que

“Jesus Cristo não tem hoje quase nenhuma autoridade entre os grupos que se chamam pelo Seu nome. Não estou me referindo aqui aos católico-romanos, nem aos liberais, nem sequer às seitas quase-cristãs. Refiro-me às igrejas protestantes em geral e incluo aquelas que protestam mais alto que não se acham num declive espiritual, afastando-se de nosso Senhor e seus apóstolos, a saber, os ‘evangélicos’ ”[1]

Isso é recrucificar Jesus Cristo! É colocá-lo meio como rainha da Inglaterra que reina, mas não governa. A cruz do Calvário foi substituída pela Menorah, o candelabro de sete braços do judaísmo; o “cântico novo” de Apocalipse foi trocado pelas velhas danças da cultura hebréia; e a obra definitiva de Cristo na cruz e na ressurreição tem que receber o acréscimo da quebra de maldições já perdoadas e desfeitas pelo sangue de Jesus Cristo que “nos purifica de tod[i]o o pecado”.

Não há justificativa para movimentos que propondo a melhoria espiritual e o crescimento das igrejas venham fraturar, separar, dividir o povo de Deus. Há verdadeiras guerras civis no seio das Convenções, das denominações pela falta de sensatez, de equilíbrio e de centralidade da Bíblia no púlpito.

É simplismo demais atribuir a responsabilidade ao espírito do alcoolismo, do adultério, da mentira, porque isso leva a negar a responsabilidade individual pelo pecado e a necessidade de arrependimento, confissão e fé, razão porque o Pr. Ricardo GONDIM afirmou, o que, aliás, já é senso comum: “A igreja evangélica brasileira mostra-se muito vulnerável a falsas doutrinas”.[2] Mas a coisa é tão antiga… Irineu, um dos teólogos da Igreja Antiga já asseverava que “O erro nunca vem com todas as suas deformidades, pelo contrário, parece até mais verdadeiro que a verdade”.[3]

Uma análise da vida da Igreja de Jesus Cristo nos aponta ser ela uma instituição divina composta, no entanto, de seres humanos. Muito humanos, aliás: fracos, débeis, disfuncionais, e, por vezes, com líderes sem muito discernimento. São líderes, por vezes, cheios de rivalidades, narcisistas, invejosos, vaidosos, plenos de delírio de grandeza, que identificam o seu próprio discurso com o discurso de Deus e a megalomania pessoal com a grandeza do reino de Deus.

O parâmetro e critério para a interpretação da Palavra de Deus deixou de ser Jesus Cristo porque o Filho de Deus está sendo recrucificado. O que agora temos é uma influência do gnosticismo, velho conhecido da Igreja Apostólica, práticas judaizantes, que tanta celeuma causaram na Igreja dos primeiros dias e do baixo espiritismo fazendo sincretismo com segmentos para-eclesiásticos aceitos pela mídia e pela opinião popular como “evangélicos”.

A dicotomia entre os que são chamados “leigos” e pastores não condiz com o princípio neotestamentário do Sacerdócio dos Crentes, mas tem aspecto, cheiro e tempero de romanismo. Quando um “fundador” de “igreja” faz questão de ser conhecidos como “apóstolo” ou “bispo-primaz”, e a igreja por ele fundada se torna dependente de sua personalidade, tudo está num caminho perigosamente desorientado.

Em Salvador, em uma igreja hoje fora da C.B.B., o pastor que faz questão do título de “bispo” (desconhecendo certamente que bispo, presbítero e pastor são funções específicas do mesmo vocacionado[4]), tem usado kipah e talit (solidéu e xale de orações) na celebração da Ceia Memorial. Além disso, a sua igreja utiliza grupos de danças judaicas em determinados cultos.

Na verdade, desejo ardentemente compreender o cenário nas igrejas evangélicas. Verifico, no entanto, e para meu desprazer, que o evangélico alvo de alvoroçar o mundo, conforme a declaração de Atos 17.6b, “Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui”, está redirecionado para “Estes que têm alvoroçado a igreja, chegaram também aqui”. E aqui estão!

ADORAÇÃO

Há alguns anos, procurava-se uma igreja pela sua denominação, nome e doutrina. Mudou tudo, a motivação mudou. Já não se procura uma igreja por rótulo denominacional. Doutrina, nem falar… A C.B.B., buscando preservar a identidade das suas filiadas, recomenda colocar sua sigla nas placas e boletins.

Busca-se a igreja onde é costume cantar hinetos, levantar as mãos ou bater palmas. São coisas menores e gestos litúrgicos que têm dividido igrejas. Possivelmente, o que se busca mesmo seja a experiência de envolvimento, cultos participativos, música contemporânea, opções de horário, ou seja, há uma procura por função (estilo do culto) e forma (tipo de ministração).

O problema é muito maior, no entanto. Nossos arraiais têm sido infestado por um clima de showmício, de um Domingão do Faustão, por isso que o culto é direcionado para agradar o espectador/ouvinte. Ofereceram-me a presença de um artista supostamente convertido ao evangelho, mas a igreja teria que comprar um certo número de CDs e pagar um excelente cachê pela sua presença. E se a cada domingo puder apresentar uma nova atração no cartaz, a casa cheia está garantida. É a “Síndrome da Segunda Tentação”: a de se tornar um espetáculo e encher os olhos da multidão sedenta de novidades.

O modesto pastor que serve em silêncio aprofundando vidas, não é lembrado (nem para oração silenciosa nas assembléias da Convenção Estadual…). Quer ser notado? Invista no marketing pessoal (volto a falar sobre isso). Faça bastante barulho, crie um espetáculo; use cores, bandeiras, encha os olhos do povo e seus consumidores (desculpe, quis dizer adoradores) ficarão satisfeitos: está garantida a volta no próximo domingo.

Em 1887, há pouco mais de cem anos (observem a data!) Spurgeon dizia que

“O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, alimentam-se de cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da bobagem”.[5]

É nesse ponto que meditamos acerca de critérios básicos para medição do culto que é prestado a Deus. Sem dúvida, o melhor aferidor é a própria Escritura Sagrada. Em Carta dirigida a uma problemática igreja, Paulo destaca quatro critérios:

¨      Que o culto não ofenda nem escandalize (1Co 10.32);

¨      que tudo seja feito para a glória de Deus (14.6, 7)

¨      que tudo seja feito para edificação (1Co 14.26);

¨      que tudo seja feito com decência e ordem (1Co 14.40).[6]

Mas tudo está tão diferente… Sentimos desconforto com o silêncio, e até consideramos uma reunião “morta” se não há barulho. É verdade que nem todo silêncio é espiritual. Há crentes que ficam calado porque não sabem ou não têm mesmo o que dizer.

Infelizmente, a “Síndrome de Ezequiel” está vezes tantas presente. É a vinda ao culto pela diversão implícita, como bem expressou o Senhor ao profeta Ezequiel:

“O Senhor dirigiu-me a palavra e disse-me: ‘Ezequiel, o teu povo anda a falar de ti. Quando se encontram junto aos muros da cidade ou às portas das casas, dizem entre si: ‘Vamos ouvir o que o Senhor tem para nos dizer!’ O meu povo aglomera-se à tua volta em grande número, para ouvir a tua mensagem, mas não fazem o que tu lhes dizes. Dizem palavras muito bonitas, mas o seu coração é profundamente interesseiro. Para eles, não és mais do que um cantor de cantigas agradáveis, que tem uma bela voz e toca muito bem. Ouvem as tuas palavras mas não obedecem a nada do que dizes” (Ez 33.30-32).[7]

Pois é; Deus nos convoca para sermos adoradores em espírito e em verdade, porém, em muitos casos, tem se feito do culto uma fonte de diversão e entretenimento.

O culto celebra Jesus Cristo como um decisivo acontecimento, Cristo como kairos, ponto de mudança, determinante na História. No mundo secularizado em que vivemos, o culto é há de ser um antídoto ao crescente consumismo. Triste é quando ele mesmo se torna um fator de consumo, um subproduto de certas chamadas igrejas.

Mas o culto não celebra a igreja, mas, sim, a Cristo. Há quem afirme que o primeiro culto cristão foi o dos pastores nos campos de Belém (Lc 2.8-14). Creio que ocorreu bem anteriormente quando Maria o rendeu a Deus por Seu Filho, Jesus , o Messias e expresso no chamado “Cântico de Maria” em Lucas 1.46-55. Daí, o princípio número um do culto cristão: ele celebra Cristo, e só a Cristo: Solus Christu. Bandeira da Reforma.

E se Jesus Cristo é o centro da celebração cristã, só pessoas verdadeiramente salvas, purificadas pelo sangue de Cristo podem adorar em espírito e em verdade. Aí, a compreensão do nome de Deus para ter sentido em toda a sua dimensão:

¨      ser Deus o El Elyon, e Jesus o Filho de El Elyon, do Deus Altíssimo (Lc 1.32);

¨      ser Deus o Javé Jiré, o Deus do Moriá, da nova visão, da revelação adequada e plena (Gn 22.1-19; Jó 42.5);

¨      ser Deus o El Shaddai, o Deus das mais poderosas realizações (Sl 89.13);

¨      ser o Deus o “escudo de tua vida” como foi o Magen Avraham, o “escudo de Abraão” e igualmente nosso protetor (Gn 15.1);

¨      ser El Berith, o Deus da aliança feita pessoalmente conosco no sangue de Jesus (Gn 17.7);

¨      o Deus pessoal como foi o “Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó”, e é igualmente o Deus de Livingstone, de Marcelo, de Lídice, de João, de Nilda, de Jorge Max, de Norton.

E na verdadeira adoração, a presença de Deus é perfeitamente sentida, Seu perdão é apresentado e oferecido, Seus objetivos e horizontes para a vida são discernidos e seu poder é altamente demonstrado nas mudanças operadas, e tudo isso estava presente por ocasião do derramamento do Espírito na Festa de Pentecostes (At 2.11).

Mas Cristo tem sido recrucificado vezes tantas.. É verdade que há uma renovação litúrgica ocorrendo nas igrejas com novas perspectivas, novas formas e novos métodos. Mas quanto disso vem das Escrituras Sagradas e quanto vem do desejo pessoal, do narcisismo e vaidade de que anteriormente falamos?

MARKETING

“No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo Vivo.

Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia.

Depois, chegou a Roma e tornou-se uma instituição.

Em seguida, à Europa e tornou-se uma cultura.

E, finalmente, chegou à América e tornou-se um negócio”.

Essas palavras foram ditas pelo capelão do Senado norte-americano, Pr. Richard Halverson.[8] No Brasil, então, virou um excelente negócio, haja vista que igrejas são abertas como se abrem lojas de 1,99. Em Salvador há uma rua que parece a Zona Franca desta linda e carinhosa cidade de Manaus: várias igrejas, algumas barateando cada vez mais o seu produto.

O mercado evangélico nem é mais um promissor mercado no futuro. Gravadoras de música secular abriram segmentos com selo próprio para o milionário mercado da música evangélica. As lojas de disco e os supermercados têm estantes para a música dita gospel, aliás terminologia errada segundo os padrões da música sacra. Vendem-se produtos destinados ao consumidor evangélico, inclusive óleo para unção. O mercado do turismo, esse, então, descobriu o filão evangélico.

Israel de antes das guerras intestinas foi vendido como objeto de consumo a piedosos irmãos que enviaram até mesmo pedidos de oração para serem queimados numa muito anunciada fogueira santa no monte Sinai, que, por sinal, fica no Egito. O produto culto é vendido por certas igrejas, e quanto mais chamativo mais sucesso se obtém: Arca Santa da Aliança, Terra Santa, Areia Santa, Sabão Santo, Água Santa do Jordão, Campanha da Vassoura, Carteira Profissional do Desempregado, 300 Filhos da Luz, Sessão Forte de Descarrego, Corrente de Naamã, Pai das Luzes, Bispo dos Desacreditados são alguns dos títulos e subprodutos de venda desses “cultos”. A propósito, foi-me explicado que a Campanha de Naamã leva a fila de consumidores (quero dizer, participantes dos “culto”) pelo batistério onde supostamente teria sido colocada a mesma água do rio Jordão onde Naamã foi curado.

E porque vender é uma arte, livro publicado em 1993 ressalta premissas para o marketing (entenda-se venda) na igreja de hoje:

¨      A igreja é um negócio;

¨      O marketing é essencial para um negócio funcionar com êxito;

Isso significa que sendo a igreja um negócio, deve ser dirigida com a mesma habilidade que caracteriza qualquer empreendimento. Nossa meta como igreja, tal como qualquer negócio secular, é obter êxito.[9] Meu Pai, recrucificaram o meu Salvador!!!

Destaca, ainda, o autor os quatro “P” de nossas atividades: Produto, Ponto de Vendas, promoção e Preço. Não é de estranhar que determinada prestadora de serviço religioso tenha um departamento especial para criar campanhas como a Terapia do Amor, a Fogueira Santa de Israel e muitas outras. Esse é o Produto. O bem intencionado livro ensina que o produto que temos chama-se relacionamento com Cristo e com o semelhante.

O Ponto de Vendas é onde se está. Colocar o produto no lugar certo para atender o público certo. Não é prova de habilidade oferecer ao “cliente/consumidor/cultuante” opções de horários para assistir ao culto? Prefere o das 7h, das 10h. das 13h, das 15h ou das 19h?

A muito bem elaborada Promoção vende igualmente bem o Produto no momento apropriado para o cliente. É sabido que na indústria e no comércio, a determinação do preço é algo complexo. Nele precisam estar embutidos a matéria prima, os custos de produção, a distribuição, margem de lucro para remunerar o tempo e o esforço dos empregados. Sugere o livro que o Preço em termos de igreja é o Compromisso, ou em termos comerciais a Fidelização.[10]

Há, no entanto, outro tipo de marketing que é o pessoal. Nesse campo, desenvolve-se um bem montado culto à personalidade. Políticos, artistas, desportistas, cantores, e, hodiernamente, pregadores e cantores evangélicos têm desenvolvido um elaborado e determinado marketing pessoal nunca visto, com tudo a que têm direito para os elevar acima do povo que os sustenta. São “apóstolos, bispos, profetas e profetisas”, que se esquecem da exclamação do poeta de Israel: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (Sl 115.1), e a do apóstolo Paulo, “Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6.14).

É por essas e outras razões que o Pr. Ricardo GONDIM rejeita esses títulos e o faz com finíssima ironia em artigo publicado na revista Ultimato. Para ilustrar melhor, conta uma conversa que teria acontecido numa reunião de pastores onde reinava o que ele chama de “volúpia em pastores se promoverem a bispos e apóstolos”. Pergunta um pastor a outro: “Você já é apóstolo?” O outro teria respondido:: “Não, e nem quero. Meu desejo agora é ser semideus. Apóstolo está virando arroz de festa, e meu ministério é tão especial que somente o título de semideus cabe a mim”. Até se faz hermenêutica com esse marketing pessoal: “se no livro do Apocalipse o anjo da igreja é um pastor, logo, aquele que desenvolve um ministério apostólico seria um ‘arcanjo’ ”.[11]

É verdade; o povo de Deus necessita e pede líderes fortes, comprometidos e dotados da inspiração e liderança do Espírito Santo. No entanto, grupos sectários, facções, desvios de doutrina alicerçam-se  basicamente em personalidades fortes, insinuantes e manipuladoras.

Quando isso ocorre, Jesus Cristo é outra vez crucificado, e Ele não merece isso! GONDIM exorta dizendo que “Não fomos chamados para ter ministérios bem-sucedidos, mas para continuar o ministério de Jesus”.[12]

MARCHA PARA JESUS

O movimento intitulado Marcha para Jesus teve início na Inglaterra nos ano ’80. Foi uma iniciativa de igrejas locais que levaram para as ruas o que experimentavam em sua vivência diária, visto que era um movimento de intercessão. Músicas apropriadas para o ar livre foram escritas especialmente para as primeiras passeatas, tendo Graham Kendrick, conhecido compositor britânico, como autor.

Em maio de 1987, a Comunidade Ichtus de Londres, a organização missionária Jovens com uma Missão e a Equipe Pioneira se reuniram para organizar uma passeata de louvor e oração pelas ruas londrinas, que reuniu cerca de 15 mil pessoas. No ano seguinte, já eram 55 mil. Hoje, o movimento ultrapassa 130 países, reúne milhões de participantes e ocorre no sábado antes da comemoração do Dia de Pentecostes, de acordo com o calendário litúrgico.

Segundo os organizadores, essa celebração mundial significa a derrubada das barreiras denominacionais, tomando como base as palavras de Jesus em João 13.35: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Significa, outrossim, que é como uma reunião de família, em que às crianças, por exemplo, nunca é ordenado que se sentem e fiquem quietas. Ao contrário, as crianças testemunham a realidade de uma igreja unida em torno de um propósito: a unidade dos crentes nas ruas da cidade.

A Marcha para Jesus chegou ao Brasil há um pouco mais de dez anos. Tem sido patrocinada por uma das “igrejas” de fortíssimo marketing institucional (andou até há pouco tempo em manchetes altamente negativas nas revistas de comentário, jornais e televisões). Não há razões lógicas nem teológicas para se fazer o que tem acontecido, a não ser mostrar o potencial de arregimentação de grupos supostamente evangélicos.

No Brasil, virou carnaval fora de época. Realmente, está mais para carnaval do que para desfile do Dia da Bíblia (lembram como era?). A Bahia tem uma antiga tradição das micaretas, um carnaval fora de época realizado em cidades do interior. Em Salvador e outras cidades deste imenso país, a Marcha para Jesus é a micareta dos evangélicos, pois assim os jornais locais têm tratado do assunto. A Tarde, o diário de maior circulação na  capital baiana, falou até em “samba no pé” dos crentes. Aquele mesmo pé que deve ser guardado quando se vai à casa de Deus (Ec 5.1).

Por conta da ideologia neocarismática, a versão brasileira da Marcha para Jesus, que tem sido chamada de “triunfalismo”, tomou outras direções: está aliada à corrente intitulada “Batalha Espiritual”, que busca reviver a primitiva teologia semita dos deuses nacionais, dos espíritos territoriais. Lembremos que na primeira fase da teologia, os deuses não atravessavam fronteiras. Moloque, o deus de Moabe dominava aquela terra; Dagon, o deus filisteu, não saía das fronteiras da Filístia; o mesmo acontecendo com os deuses de Canaã, a Terra Prometida. Essa é a razão porque, para demonstrar o Deus supranacional Que Se revelou aos hebreus, encontramos as palavras de perfeita e absoluta segurança ao povo israelita:  “Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso… O Senhor vosso Deus porá sobre toda a terra que pisardes o terror e o temor” (Dt 11.24, 25). Tudo muito físico, muito concreto de acordo com a mentalidade hebréia.

Assim, a Marcha para Jesus objetiva conquistar a cidade aos seus príncipes, demônios, deuses locais e o faz pisando o solo como há 3.000 anos fizeram os hebreus em suas guerras de conquista. Em nosso país, cenas esdrúxulas têm sido presenciadas e criticadas com “apóstolos”, “bispos”, pastores, acólitos e coroinhas em plena euforia provocando surpresa, e espanto na mídia e nos descrentes em geral que não podiam imaginar que crente era tão bom de samba no pé…

A propósito, as igrejas batistas reunidas na 78a Assembléia da Convenção Batista Baiana discutiram o assunto e aprovou o seguinte parecer:

POSICIONAMENTO DA CBBa SOBRE ACONTECIMENTOS NO EVENTO ‘MARCHA P/ JESUS”, CONFORME DIVULGADO PELA IMPRENSA SECULAR, ISTO É, JORNAL “A TARDE”, EDIÇÃO DE 3/6/2001 E “CORREIO DA BAHIA” DA MESMA DATA.

Diante da veiculação via jornais A TARDE e CORREIO DA BAHIA dos eventos concorrentes de “Marcha para Jesus” e considerando:

a)      Os excessos comportamentais de pessoas identificadas como evangélicas;

b)      A repercussão negativa dos fatos do referido evento;

c)      A não promoção do REINO, e sim de segmentos pseudo-evangélicos;

d)      A banalização do Evangelho,

Propomos: que a Convenção Batista Baiana emita e divulgue via meios de comunicação de massa (jornais, cartas e televisão) nota informando sua posição face aos acontecimentos contendo o seguinte texto:

“A Convenção Batista Baiana reitera seus princípios de autenticidade e autoridade das Escrituras, como norma de fé e conduta, bem como de liberdade pessoal de cada indivíduo na sua expressão religiosa. No entanto, não reconhece e nem comunga com os excessos comportamentais e êxtases cometidos em nome de Jesus. Reconhece a alegria como algo espiritual e a necessidade de sua extravasação em forma de expressões corporais, desde que não se valha de desvarios, euforias e caricaturas de quaisquer espécie destoantes com nossos princípios”.[13]

Ia esquecendo, a próxima Marcha para Jesus será em 7 de junho de 2003.

[Continua na Parte 2 de 2. Notas no fim da segunda parte)

 

JESUS CRISTO RECRUCIFICADO

(Parte 2 de 2)

Pr. Walter Santos Baptista

“Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar;  não com sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo não se faça vã (1Coríntios 1.17).

“… de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus…” (Hb 6b);

PROSPERIDADE

É verdade: os patriarcas eram homens prósperos. Alguns fariam inveja aos senhores feudais e aos latifundiários de hoje em dia. Fariam, sem dúvida, a festa dos integrantes do MST. A respeito do Pai dos crentes, diz a Bíblia que “Era Abraão já idoso e avançado em anos, e o Senhor em tudo o havia abençoado… Deu-lhe ovelhas e bois, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos” (Gn 24.1, 35; cf. Gn 12.16; 13.2; 20.14).

Seu filho Isaque não ficou atrás, pois “Engrandeceu-se o homem, e foi-se enriquecendo até que se tornou muito poderoso. Possuía ovelhas e bois, e muita gente de serviço; de modo que os filisteus o invejavam” (Gn 26.13, 14). Relata a Palavra de Deus que o mesmo aconteceu com Jacó (Gn 30.43; 32.13-15), com José, seu filho (Gn 41.40-44), e a história de Jó o coloca como “o homem mais rico de todo o oriente” (Jó 1.3b BSPC).

Porém entendamos: há um problema com a Teologia da Prosperidade. Se é tão contestada, debatida e objeto de mal-estar, há um problema. Entendamos ainda: o enorme mal-estar da Teologia da Prosperidade não é a prosperidade, mas, sim, a teologia em si. Essa onda doutrinária é igualmente conhecida como Movimento de Fé e não deixa de ser um “movimento do potencial humano”,[14] pois está mais para Lair Ribeiro que para o Novo Testamento.

Vamos elaborar: na teologia primitiva de Israel, sinal da graça de Deus era ser rico, ter filhos e gozar de boa saúde, longa vida. O contrário disso era miséria espiritual. A maior injúria para uma mulher hebréia era ser estéril. A exclamação de Isabel, mãe de João foi “Assim me fez o Senhor, nos dias em que se dignou retirar o meu opróbrio perante os homens” (Lc 1.25; cf. 1Sm 2.5b).

O próprio livro de Jó é um protesto veemente contra a teologia da retribuição nesta vida proclamada por esse primitivo entendimento da graça divina. Não havia o sentido neotestamentário de vida após esta vida, de bem-aventurança e maldição eternas, céu e inferno. A crença era em um mundo de sombras, o sheol, a habitação de todos os mortos sem distinção de vida justa e perfeita diante de Deus, ou injusta e pecaminosa. Toda retribuição (bem-aventurança ou punição) seria na terra, pregavam os teólogos. Jó com uma visão mais ampla e clara da revelação divina se insurge contra a teologia da retribuição terrena.

No entanto, o meio-dia da revelação, a clareza e brilho da Nova Aliança, vai trazer uma nova luz sobre o assunto. A semente da cobiça que se instala no coração de quem busca a prosperidade pela prosperidade produz amargos frutos: ansiedade, inveja e ganância. E a Palavra Santa alerta sobre o assunto: “Não corras atrás das riquezas; evita por nisso a tua ambição” (Pv 23.4);[15] bem como, “O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20; cf. Mt 6.19, 20; 19.21). Paulo escreve a Timóteo e faz uma seriíssima recomendação: “Os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço” (1Tm 6.9a). Até Millor Fernandes dá a sua contribuição para o debate e afirma, “O ideal é ter sem que o ter te tenha”. Afinal, que é mais importante: ter ou ser?

Por outro lado, temos a questão da saúde, ou melhor, da enfermidade. O sofrimento é um problema na cabeça de alguns crentes. Não compreendem como pode a declaração de Isaías 53.4, 5 não se tornar realidade física, quando ensina que “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si… e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

É uma questão de compreender que o profeta não está se referindo a males biológicos, físicos, senão a graves problemas espirituais. O mesmo verbo usado para dizer que “fomos  sarados” pelas suas feridas (rapha) é utilizado em Jeremias 3.22 para afirmar “eu curarei as vossas rebeliões”. Não entendem que existe o sofrimento pedagógico, aquele que nos ensina preciosas lições de paciência, de esperar no Senhor, de perseverança, de constância, de fé. Em Romanos 5.3-5, Paulo declara, “Também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não traz confusão, porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

E Paulo narra seu duro aprendizado e conseqüente confiança em Deus ao dizer que “Era como se tivesse condenado à morte. Isto aconteceu para eu aprender a não confiar em mim próprio, mas sim em Deus…” (2Co 1.9).[16] Sim, a dor, a tribulação, a enfermidade, o sofrimento podem ser plena e perfeitamente didáticos, ou seria o apóstolo Paulo um iludido ou, pior, um masoquista ao dizer, “Por isso, não perco a coragem. E ainda que o meu corpo se desgaste, o meu interior renova-se de dia para dia. As aflições do momento presente são leves, comparadas com a grande e eterna glória, que elas me preparam” (2Co 4.16, 17; cf. Rm 8.18, 22, 23, 28, 31-39).[17]

CONCLUSÃO

Parece existir uma devastadora falta de discernimento. A Bíblia assegura que só o espiritual discerne o que é do Espírito (1Co 2.15); diz que há quem não tenha discernimento quanto ao Corpo do Senhor, que é Sua Igreja, escandalizando os mais fracos, separando os irmãos, machucando a comunhão (1Co 11.29), e se não há conhecimento nem percepção, as “coisas excelentes” de Filipenses 1.10 não serão discernidas.

O carisma do discernimento (dom espiritual, portanto) levará pastores e igrejas a se certificarem de que se aparece alguma coisa nova na igreja (doutrina, revelação) não pode ser verdadeira, e se é verdadeira não há de ser novidade. Realmente, o ser arrastado por “ventos de doutrina”, novidades, modismos e práticas estranhas tem razão de ser:

¨      Imaturidade espiritual. Depois do mingauzinho, ou, como se diz no Nordeste, do engrossante dos primeiros dias de vida cristã, é o momento de comida mais encorpada e temperada. Falta de experiência no início da vida cristã é admissível no novo crente. O crente antigo tem leis espirituais pelas quais viver, “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18a; cf. Ef 4.15), e para isso, temos a Palavra Santa que é “inspirada por Deus e serve para ensinar, convencer, corrigir e educar, segundo a vontade de Deus, a fim de que quem serve a Deus seja perfeito e esteja pronto para fazer o bem” (2Tm 3.16, 17).[18]

¨      Engodo espiritual. Há indivíduos que têm muita habilidade para convencer até antigos crentes. Paulo advertiu os irmãos da Galácia acerca dessas pessoas no meio das suas igrejas, e alerta, “O interesse que essa gente mostra por vocês não é bem-intencionado” (Gl 4.17a).[19] Nem sempre o uso de linguagem evangélica é sinal de correção doutrinária, de ortodoxia. Nem sempre a palavra salvação tem o mesmo significado em diferentes grupos; nem sempre o nome de Jesus tem o mesmo quilate.

¨      O Orgulho intelectual é fator de cegueira, como exortou Paulo em 2Coríntios 11.3, 4a: “Tenho medo que se corrompam no entendimento e abandonem a simplicidade e a pureza da fé em Cristo, assim como Eva foi seduzida pela astúcia da serpente. Pois são capazes de aceitar alguém que vos vá falar de um Jesus diferente daquele que eu vos anunciei”.[20]

Que fazer, então?

¨      Que tal ser como os irmãos de Beréia? O relato diz que tudo o que Paulo ensinava era cotejado com a Escritura para ver se era do modo que ele dizia.

¨      Cuidado com revelações fora da Palavra, com descobertas “exclusivas”: “O Senhor me disse…”, “Deus me falou…”, Prevendo isso, o Espírito Santo instruiu Paulo a escrever, “se alguém vos uma Boa Nova [um evangelho] diferente daquela que receberam, seja maldito!” (Gl 1.9b).

¨      Estude a doutrina bíblica. Familiarize-se com a doutrina de Deus, do Ser Humano, do Pecado, de Jesus Cristo, da Salvação, do Espírito Santo, do Destino Final.

¨      Afaste-se de grupos que criam dúvidas e perturbação e rejeite tudo o que não vem da Palavra de Deus (cf. 1Tm 4.7, 13).

Discernimento é o que este tempo requer. Palavrinha boa… “Discernir” vem de uma raiz grega (krino) que tem o significado essencial de “passar pela peneira”, ou seja “fazer separação”. Por esse motivo, “discernir” é o mesmo que “julgar” ou “decidir”. 1Tessalonicenses 5.21 traz uma lei espiritual para o crente ao exortar, “Examinai tudo. Retende o bem”.

Tem faltado julgamento em verificar se determinado obreiro ou comunidade leva a sério seu compromisso com a boa doutrina ou se é useiro e vezeiro em aceitar as novas ondas doutrinárias e práticas estranhas. Tem faltado julgamento em distinguir se uma igreja que ostenta o título de Evangélica é na verdade uma comunidade digna desse nome ou apenas aproveita a nobreza e seriedade dessa nomenclatura.

Pois é; quando surgir novidade na praça, faça como os irmãos bereanos e use o critério do VER-JULGAR-AGIR.

É por esse motivo que eu creio em pregar e ensinar (Mt 28.19,20); creio no aperfeiçoamento dos santos e na edificação do corpo de Cristo (Ef 4.12); creio em cultuar em espírito e em verdade (Jo 4.24); creio no partir do pão e nas orações (At 2.42); creio na cruz do Calvário (Gl 6.14). Creio em sermos astros no mundo retendo a palavra da vida (Fp 2.15b, 16a), “sal da terra” e “luz do mundo”.

Mas a próxima crucificação não há de ser outra vez a de Jesus Cristo, é a  minha. Ou como humildemente exclamou Paulo, “Estou crucificado com Cristo…” (Gl 2.20): sou eu crucificado, o crente crucificado. No centro de minha devoção, do meu coração, de meu culto está o Senhor Jesus Cristo, diante de Quem eu me curvo em reverência e louvor para cumprir unicamente Sua vontade.

INVERSÃO

(Ch. Singer)

Em plena noite, ó meu povo,

comunico-te a novidade:

tudo o que sabias, tudo o que estimavas,

os teus êxtases e devoções,

em plena noite, ó meu povo,

tudo explode em fragmentos:
Deus já não é Aquele que julgávamos!

Na terra, como no céu, tudo está invertido!

Julgavam-nO Senhor dos senhores,

Refugiado atrás das portas eternas,

Mas Ele chega-Se bem perto de nós na terra como um irmão.

Julgavam-nO poderoso,

Mas Ele torna-Se frágil como uma criança,

E o seu poder fica desacreditado no madeiro da cruz.

Julgavam-nO invisível,

impossível de ver sem que os olhos se nos queimassem;

mas Ele deixa-Se empurrar nos caminhos dos homens.

Julgavam-nO dominador

Acima de tudo e semelhante aos torturados de qualquer país;

Mas Ele deixa-Se esmagar pelas pancadas

E a Sua majestade é humilhada pelos cravos.

Julgavam-nO Senhor do Universo

Caminhando pelas estrelas,

Lançando os sóis no veludo desfraldado do céu;

Mas Ele fez-Se servo ajoelhado diante dos amigos

Para lhes limpar o pó da jornada.

Esperavam-nO num cavalo de guerra

com estribos de ouro e armadura de aço,

mas Ele vem montado num jumento.

Esperavam-nO aureolado de luz e com cetro real,

mas Ele está curvado e coroado de espinhos e de flores

de sangue.

Julgavam-nO recoberto de ouro,

E Ele nasce na palha já usada,

No recanto de um estábulo.

Julgavam-nO a residir em magnificentes moradas,

Atrás dos adros e dos coros,

E Ele amadurece no seio de uma mulher

E lança o primeiro grito da criança que nasce.

Deus já é Aquele que julgavam!

Vê, gente do meu povo,

é Ele o teu Deus:

o Deus-Ternura,

o Deus-Perdão,

o Deus-Homem,

Jesus Cristo.

Vê, gente do meu povo,

Tudo está invertido!

 

NOTAS

[1] TOZER, O Melhor de Tozer, p. 78.

2 GONDIM, O Evangelho da Nova Era, p. 9.

3 Cit. Por GONDIM, O Evangelho da Nova Era, p. 13.

4 Cf. At 20.17, 28.

5 Cit. MACARTHUR, p. 73.

6 Apud Thomas Cartwright, cit. por RYKEN, p. 124.

7 Bíblia Sagrada em Português Corrente (BSPC). Lisboa, Difusora Bíblica, 1993.

8 Cit. ALENCAR.

9 BARNA, p. 26.

10 BARNA, p. 39.

11 GONDIM, “Não Quero Ser Apóstolo”, p. 36.

12 GONDIM, idem, p. 37.

13 CARNEIRO, p. 85.

14 MORALEDA, p. 26.

15 BSPC

16BSPC.

17BSPC.

18 BSPC.

19 BSPC.

20 BSPC.

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