Jejum De Televisao
Estive em Vitória, ES. Falei à Faculdade Teológica Unida, e preguei na Igreja Presbiteriana de Itaparica, do amigo Rev. Glalter. No sábado, falei aos professores da EBD da igreja, na casa de um irmão, palavra que terminou com um churrasco. Foi bom, embora eu prefira massa. Mas deixemos de “neomênias”.
Glalter me falou de uma experiência curiosa que sua família vivia naqueles dias. Ele desafiara a si, a esposa, e principalmente as filhas, a um jejum de televisão, por uma semana. Uma semana sem o que Stanislaw Ponte Preta chamava de “máquina de fazer doido”, e o Dr. Dewey Mulholland, com quem trabalhei em Brasília, de “ídolo do lar”.
Durante o período, ele leu histórias para as meninas e a família conversou mais entre si, cultivando a comunhão doméstica. Ele notou que as filhas voltaram a desenvolver a criatividade, com as brincadeiras e atividades desempenhadas. Com a televisão estavam passivas, vendo as imagens dos desenhos e dos programas. Segundo ele, houve um crescimento para todos da casa.
Vez por outra alguém me pergunta como consigo manter as atividades na igreja, viajar, escrever e, principalmente, ler. Pergunto se já notaram quanto tempo perdem com televisão. É altamente tomadora de tempo e pouco recompensadora. Ler um livro e curtir a família são melhor uso do nosso tempo.
Seria fantástico se todos nós fizéssemos um jejum de televisão! O tempo seria mais bem aproveitado para ler um bom livro devocional, ler a Bíblia, nos dedicarmos à reflexão espiritual, e a ouvir os familiares! Nossa vida pessoal seria grandemente enriquecida. Não creio que novelas, mesas redondas de futebol, programas de auditório e noticiários redundantes, de bela plasticidade visual (que nos enchem de informações desnecessárias e ocultam o fundamental), nos enriqueçam. O curioso é que sempre que comento isto com alguém, nunca encontro uma pessoa que reconheça perder seu tempo com televisão. Sempre topo com quem gosta do Canal Futura, de algum programa educativo, do canal que transmite educação, etc. Devo ter muita sorte porque só encontro quem usa bem a televisão. Ou ninguém tem coragem de dizer que, mesmerizado por suas imagens, perde tempo com ela?
A televisão imobiliza, fixa a pessoa num sofá (a mesma pessoa que não consegue ficar uma hora num culto) e, digo sem receio, a imbeciliza. Stanislaw Ponte Preta dizia que “Quem vê a programação noturna da televisão não imagina que a diurna é pior”.
Talvez você não tenha vigor suficiente para um jejum de televisão por uma semana. Mas, que tal “pular algumas refeições televisivas”? Que tal ler um bom livro, que enriquecerá e até mesmo poderá mudar sua vida para sempre? Que tal a família conversar, ou dedicar mais tempo ao seu cônjuge? Há casais que ficam emburrados (alguns até brigam) por causa de televisão. Querem ver programas diferentes no mesmo horário. Úta pobreza!
Jejum de televisão! Gostaria de ver esta idéia pegar. É o tipo de jejum que, ao invés de enfraquecer, robustece seu participante. Moral, espiritual e culturalmente.
Você topa o desafio?
Isaltino Gomes Coelho Filho