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O Escorpião

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          “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam. Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus.” (Romanos 15.1-7)

Dois homens estavam atravessando o rio quando um deles avistou um escorpião que estava se afogando e sendo arrastado pela correnteza. Logo ele entrou no rio e com a sua mão segurou o escorpião tirando-o da água. Quando estava voltando o escorpião o atacou e o picou. Devido à dor o homem o largou, e o escorpião caiu novamente no rio e voltou a ser arrastado pela correnteza. Aquele homem rapidamente correu à margem do rio e apanhando um galho salvou novamente o escorpião. O seu amigo que observara toda aquela cena correu em direção a ele e disse: -“Viu que animal ingrato? Feriu a própria mão que o salvou. Por que você voltou e salvou este animal ingrato? Que morresse, seria menos um no mundo”.

O que salvara o escorpião olhou para o seu amigo e respondeu: “O escorpião agiu seguindo a sua natureza, eu, conforme a minha”.

Essa parábola nos faz refletir sobre como aceitamos as pessoas que estão à nossa volta. Paulo ensina sobre aceitar o próximo com seus defeitos e fraquezas, ensina sobre a nossa responsabilidade na edificação dos que nos cercam, daqueles que estão vivendo conosco “de fé em fé, de glória em glória.”. Muitas vezes somos ligeiros em apontar defeitos e erros dos outros, mas não oramos por eles. Somos ligeiros em estender o dedo na direção do pecador falho, mas nos demoramos a estender a mão em seu socorro e auxílio.

Com certeza todos nós temos muitas falhas e pecados diante de Deus, mas ainda assim, ele continua disposto a nos estender a sua mão como nos diz o profeta Isaias: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida”. Paulo nos desafia a ter para com os outros o mesmo sentimento que Cristo tem por nós. Como na parábola acima, devemos agir segundo a nossa natureza e esta natureza é Cristo.

Que o Senhor Jesus seja a natureza (a essência) de sua vida.

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