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Nem sabão nem soda cáustica

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“Ainda que te laves com soda, e uses muito sabão, a mancha da tua maldade permanece diante de mim” – Jeremias 2.22 – Almeida Século 21.

Nem soda nem sabão podiam lavar as iniquidades de Judá, no tempo de Jeremias. “Soda e sabão”, metaforicamente, têm dois significados no texto. O primeiro alude aos atos de purificação legal e ritual. O segundo, aos esforços humanos, morais ou de outra natureza, para melhorar a situação espiritual. Jeremias podia estar se referindo a um ou ao outro. Ou aos dois. Eram inúteis para purificar os pecados da sua nação.

Há os que tentam negar a sujeira. “O homem é bom, a sociedade é que o corrompe”, como se a sociedade não fosse composta de homens. “O problema básico do homem é educação”, como se pessoas educadas não fossem pecadoras e algumas, muito cruéis. Esta expressão é um racismo cultural, que estigmatiza as pessoas sem instrução como bandidas. Outros acham que mais dinheiro para os pobres resolveria o problema da sujeira. Racismo econômico! E os pecadores de colarinho branco e mansões alvas? Muitas maneiras há de negar a sujeira. O problema é que ela está diante dos nossos olhos. O cego não a vê, mas sente o mau cheiro. O mundo está sujo. O pecado suja. A maldade emporcalha. Lembro-me de Chesterton, zombando dos pregadores liberais de sua época em Londres (eles têm alunos, hoje, no Brasil), que afirmavam a santidade absoluta de Deus, que não podiam ver, mas negavam a maldade humana que estava patente diante dos seus olhos na rua. Que o mundo está com manchas enormes de maldade é gritante a quem vê televisão, lê jornais, acessa Internet e tem olhos abertos, na rua.

Muita gente hoje tenta lavar seus pecados com sabão e detergente. Talvez até use soda cáustica. O sabão da religiosidade, a soda da bondade social, o detergente do ativismo religioso, todas essas coisas são usadas, umas em maior e outras em menor grau, para remover a sujeira espiritual. Um trabalho inútil.

Banho é bom. Roupa limpa, sem manchas de sujeira ou de suor, também é bom. Mas o que limpa a maldade espiritual é a graça de Deus. “Pela graça sois salvos”, dizem-nos Efésios 2.5 e 8. A pessoa não crente precisa saber disto. É bom ser bom. É bom ter uma vida repleta de boas obras. Mas este tipo de sabão não nos lava de nossos pecados. Muitas vezes é o próprio crente, que, em pecado, tenta se lavar racionalizando a questão ou culpando os demais que vêou culpando os demais que v, tenta se lavar racionalizando a questismo religioso, todas essas coisas s respeito a Deus. nem sua sujeira. Chamar os outros de cruéis e de perseguidores ou de pessoas sem misericórdia não faz alguém limpo.

Diz 1João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. A graça de Deus se manifestou de forma extraordinária na morte vicária de Cristo. Quando cremos nele somos purificados. Um hino do Cantor Cristão diz: “O sangue de Jesus me lavou, me lavou” (estribilho do hino 85). Somos purificados pelo sangue de Cristo, não pelas obras nem pelo ativismo.

Nem sabão nem soda cáustica. Mas sim a graça de Deus que se vê de modo absoluto na cruz do Calvário. O sangue de Jesus limpa!

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