IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ
Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
INTRODUÇÃO
Para nos situarmos bem em nosso estudo, voltemos ao esboço da carta aos filipenses:
1) Destinatários e saudação – 1.1-2
2) Ação de graças e confiança de Paulo – 1.3-8
3) A oração apostólica – 1.9-11
4) Desejo e alegria de Paulo – 1.12-26
5) Exortação e exemplo – 1.17 a 2.18
6) Planos para futuro – 2.19-30
7) A grande digressão – 3.1-21
8 ) Encorajamento, apreciações e cumprimentos – 4.1-20
9) Despedidas- 4.21-23
Após a saudação, Paulo mostra sua alegria, em forma de ação de graças. É bem diferente da carta aos gálatas, que começou com repreensão (Gl 1.6). Era uma igreja ativa, missionária, de bom testemunho e liberal no sustento. Em Corinto havia mau testemunho e a mesquinharia. A igreja de Filipos a igreja é totalmente positiva. Há igrejas como as da Galácia, cheias de problemas doutrinários. Há igrejas como a de Corinto, cheia de problemas doutrinários, brigas e mau testemunho. Mas há como a de Filipos, boa, amorosa e que dá alegria a quem convive com ela. Que igreja estamos construindo?
COMENTÁRIO TEXTUAL
Vv. 3-4 – Lembrar-se da igreja fazia Paulo dar graças a Deus. Sempre orava por ela. Uma função pastoral é a sacerdotal: interceder pela igreja. Conforme Hebreus 13.17 há igrejas que fazem pastores gemer. Filipos fazia Paulo se alegrar (v. 4). A Central de Macapá às vezes me preocupa. Mas me alegra. É uma igreja muito boa. Um pastor sempre deve amar a igreja que pastoreia, mas mesmo amadas, há igrejas turronas, difíceis e com donos ou famílias donas. A Central é uma igreja boa.
V. 5 – O motivo da alegria: a cooperação da igreja no evangelho. Não era igreja inativa. Cooperava de duas maneiras: bom testemunho (2.15-16) e liberalidade financeira (4.15-16). Isto “desde o primeiro dia” (a conversão deles, o surgimento da igreja) “até agora”. Era constante, sem altos e baixos. “Cooperação” é o grego koinonia. Significa “compartilhamento de fé de forma fraterna”. Não é peso. É algo que se faz com alegria. A igreja de Filipos era compartilhadora, amiga, fraterna.
V. 6 – Deus “começou a boa obra” e ele mesmo “aperfeiçoará”. Havia um processo de aperfeiçoamento na igreja. Muitos crentes começam a carreira cristã, mas não se aperfeiçoam. Ficam no mesmo estágio. Não crescem. Uma igreja de bom testemunho e liberal é composta de crentes que estão em aperfeiçoamento. A estagnação espiritual impede o testemunho e liberalidade.
V. 7 – “Vos retenho no meu coração” (VR). “Retenho” é um verbo que dá a idéia de “prender”. Ele estava preso (1.13-14) e prendera a igreja, mas no seu coração. Isto porque ela lhe era solidária nas prisões dele e no testemunho pelo evangelho, que era seu ministério. A igreja se solidarizara com ele. Ela se identificara com seu ministério e ele a prendera em seu coração. E ele não sentia afeto apenas por alguns. “Todos vós”. Era uma igreja “fechada” com o pastor, em seus propósitos e ideais.
V. 8 – “Tenho saudades”. Que bonito! Feliz é o obreiro que pode lembrar, sem amarguras, da igreja que pastoreou. Feliz é a igreja da qual um pastor sente saudades.
CONCLUSÃO
Uma boa igreja é aquela que desperta saudades em quem viveu nela. Uma boa igreja é solidária aos obreiros do passado, aos missionários e aos que enfrentam lutas. Esta é a igreja por quem os pastores oram com alegria, sabendo que Deus está trabalhando nela. É a nossa igreja? Deus está trabalhando em sua vida, aperfeiçoando você?