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PRAZO DE VALIDADE VENCIDO

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 16.6.13

Uma vez senti-me enjoado com um pão comprado em supermercado. Depois que olhei o saquinho, vi o prazo de validade vencido. Desde então examino o prazo de tudo que compro. Falaram-me de um mercado que substitui as etiquetas do produto, quando o prazo vence. Assim, passei a examinar o produto. Um dia desses ia comprar castanha do Pará e vi que o prazo não vencera. Mas o produto apresentava sinais de deterioração. Não basta ver o prazo. É preciso ver o produto.

Vez por outra fazemos uma faxina nos produtos e medicamentos lá em casa, observando o prazo de validade. Levamos isto a sério. Se o prazo venceu, jogamos fora. Não importa o preço do produto. Principalmente remédios. Uma vez foi um pacote de chá quebra-pedra. Eu o comprara há dois anos. O prazo vencera. Foi para o lixo. Perdera a validade, perdera o efeito.

Há gente com prazo de espiritualidade vencido. Há muito tempo que não lê a Bíblia, assim a leitura de meses atrás perdeu o valor. Não pode alimentá-lo. A Bíblia deve ser lida todos os dias. Leitura de quatro, cinco dias ou um mês atrás, perdeu muito do efeito. Há gente com oração vencida. Não ora há muito tempo. Até nas orações públicas, a mente vagueia e assim perde a comunhão com o Senhor. Oração e leitura da Bíblia vencidas produzem a enfermidade chamada raquitismo espiritual.

O amor do Senhor nunca é vencido: “O amor do Senhor Deus não se acaba, e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as manhãs” (Lm 3.22-23). O amor divino não tem prazo de validade. Por que nossas manifestações de amor e de gratidão teriam prazo? Devem ser renovadas todas as manhãs!

Há gente com prazo de dedicação a Deus vencido: “Fiz isso, fiz aquilo, trabalhei muito”. E o que faz hoje? Há dizimistas com prazo vencido. Contribuíram uma vez, não sei quando, e se esqueceram de que o cuidado divino se renova a cada manhã e que Deus não tem prazo de validade para conosco. Suas bênçãos não cessam. A resposta de muitos de nós é que tem prazo vencido.

Há gente cujo prazo de validade de frequência aos cultos venceu. Numa igreja em que fui pastor, uma senhora, no meu quarto mês de pastorado, veio ao culto, sentou-se junto a outra e perguntou: “Quem é esse homem?”. Informada de que eu era o pastor da igreja, perguntou: “A igreja já tem pastor?”. Eu fora convidado oito meses atrás. E presumo que o processo de convite tomara algum tempo. Prazo de validade de frequência aos cultos deixa desinformado. Espiritualmente frio. Desligado da vida cristã. “Não abandonemos, com alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões” (Hb 10.25).

Você está dentro do prazo, funcionando? Cuidado, não se descuide! Com prazo de validade espiritual vencido, você pode adoecer espiritualmente. Isso não é bom. O Inimigo se aproveitará disso.

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