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agosto 2013

O NOVO TEÓLOGO DA VEJA

  • por

Isaltino Gomes Coelho Filho

                Assino a “Veja” há anos. Gosto de lê-la e sua chegada em casa (em Macapá, três ou quatro dias após surgir nas bancas – se o entregador não erra o endereço) é bem saudada. Junto com outras publicações, ela defende um Estado soberano, democrático, de leis e ordem, que alguns que pensam em democracia como a imposição de suas idéias rejeitam (os que sabem o que é melhor para o povo – na melhor aristocracia platônica, mas de esquerda). São os que querem a democratização da imprensa (controlada pela máquina partidária) e que falam em monopólio da informação, esquecidos que monopólio alude a um, e que havendo muitos poderia, na pior das hipóteses, se chamar oligopólio. Nem a língua portuguesa o pessoal saber usar.  Bem, há quem goste de “muito pouco”, ao invés de “pouquíssimo (se algo é pouco não é muito).

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O Peso do Nome

O Peso do Nome

 

            Fui a Brasília, como preletor na Ordem dos Pastores, a falar sobre Exegese e Pregação. Foi muito bom, pois lá deixei muitos amigos e tenho muitos parentes. Eu e Meacir. E Brasília, a cidade vestida de verde, é uma festa.

            Fiquei no domingo. À noite preguei na Memorial, e de manhã fui à igreja pastoreada por meu irmão. Fui ouvi-lo. Isaías é um bom pastor. Sério, organizado, bom administrador, pregador bíblico sem invenções. Homem de Deus. Participava do culto que ele dirigia. Um irmão, ao reger um hino, me reconheceu. E me apresentou à igreja (que me conhece, pois já preguei lá). E disse: “O Pr. Isaías é irmão dele”.

            Isaías tem a capacidade de trabalho dos Gomes Coelho e o humor dos Werdan (temos mães diferentes, mas ambas são Werdan): “Puxa, pela primeira vez eu ia dizer que ele é que é meu irmão! Estou na minha igreja, ele me ouvindo, e eu é que sou irmão dele?”. Não sou um figurão.  É que comecei bem antes do mano. Sou 17 anos mais velho e comecei a dirigir igreja com 19 anos. Então sou mais conhecido. Mas ele é mais pastor que eu. Um excelente pastor.

            Lembrei duma aula do Pr. Reis, falando sobre homens famosos pais de filhos medíocres. Disse que homens famosos não tinham filhos famosos. Clóvis, seu filho, era nosso colega, e o Pr. Reis (que saudades!) disse: “Ainda bem que não sou famoso, o que dá esperança para o Clóvis!”. Humildade dele! Era famoso, personalidade fascinante, erudito e simples.  Eu disse que Domingos da Guia teve Ademir da Guia como filho. Ele disse: “Exceção!”. Citei outro caso de jogador de futebol. O Pr. Reis, que tinha excelente humor, disse: “Isaltino, você quer ser pastor ou comentarista de futebol?”.

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CONVOCANDO HOMENS VISÍVEIS

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 11.8.13

                Começo por um livro que li,   de Jeanne Ray. Eis o enredo: Algumas mulheres tomam três remédios: Premacore, Ostafoss e Singsall, além de aplicarem Botox. São medicamentos para as mulheres em certa faixa etária, passando pelas complicações do envelhecimento. Com isso, tornam-se invisíveis. Isto se chama realismo fantástico. A autora mostra que elas já eram invisíveis para a família. Os filhos de uma só notaram a invisibilidade da mãe meses depois. Alguns maridos nem notaram. Jeanne mostra a depreciação da mulher como pessoa. Ela é útil para satisfazer o marido e ser doméstica de filhos adolescentes grosseiros que mal a notam. O livro é genial. Quem sabe ler (não apenas ver palavras, mas decodificar textos) sente o impacto do que é ser mulher numa cultura que glorifica o homem, a estética feminina e dá todo poder aos jovens. Provocativo!

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“Lições das heroínas da fé” – Hebreus 11.11 e 31

IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ

ESTUDO BÍBLICO EM HEBREUS – 27º. estudo

“Lições das heroínas da fé” – Hebreus 11.11 e 31

 

INTRODUÇÃO

A lista dos heróis da fé, em Hebreus 11, é cronológica. Quase todos os vultos são homens. Duas mulheres: Sara e Raabe. A esposa de Abraão e uma prostituta. Expressivo. Deus não é dos bonzinhos. Seu amor é para os mauzinhos, também. Com Raabe há um contraste: os do povo de Deus, que murmuraram, pereceram. Ela, que não era, viveu. Lição: há gente fora do povo de Deus recebendo bênção. Há gente, no meio do povo de Deus, sofrendo as consequências de uma vida sem fé. Dia 14 preguei sobre “Lições do pai da fé” (Hb 11.8-10). Hoje falo sobre “Lições das heroínas da fé”. Vejamos as lições.

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PENSEI…

  • por

PENSEI…

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 4.8.13

Voltei a Manaus, mais uma vez no ano. Fui honrado com o convite para ser o orador da 26ª. Assembleia da AICEB, uma denominação de pouco mais de 300 igrejas, de linha batista. Alguns de seus líderes foram meus alunos em Brasília e Manaus, e no mestrado, em Belém. Nunca me deram trabalho, como professor ou como administrador, o que pesa a seu favor.

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O JOGO DE CENA DA VISITA DO PAPA

O JOGO DE CENA DA VISITA DO PAPA

Isaltino Gomes Coelho Filho

Segundo Morris West, ao se iniciar o processo de canonização de um santo, há um personagem chamado O advogado do diabo (título de um de seus livros) incumbido de levantar todos os defeitos e aspectos negativos do candidato à santidade, para evitar que se santifique alguém indevidamente. Numa cultura de “babação de ovo”, em que todo mundo quer ser simpático e ninguém quer ser politicamente incorreto, eu assumo esse papel, no tocante à vinda do Papa Francisco. Sem receio: jogo de cena e que não terá desdobramentos práticos. A Igreja Católica não se reerguerá no Brasil pelo fato de ele ter vindo. Não se reerguerá em lugar algum do mundo por causa dele.

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