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novembro 2006

A Fraqueza Que Se Torna Força

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A Fraqueza Que Se Torna Força

            No livro Das profundezas – preces, com orações de Kierkegaard, há uma intitulada “A fraqueza verdadeira”. Assim se expressa o filósofo dinamarquês:

“Pai celeste! No mundo cá de fora, um é forte, outro é fraco. O forte – quem sabe – envaidece-se com a sua força; o débil suspira e, ai de mim, torna-se invejoso. Mas aqui, bem no interior da tua Igreja, todos somos fracos: aqui, perante tua presença – tu és o poderoso, só tu és o forte”.

 

Gosto de Kierkegaard. Crítico severo da cultura européia, ele via a Europa a caminho da bancarrota. Mas também foi duro com o cristianismo de sua época, principalmente sua Igreja, a Luterana. Ele a chamava de “igreja de domingo”. Muita forma e pouca vida. Para ele, a questão mais importante não era saber se o cristianismo era verdadeiro, mas se era verdadeiro para a pessoa. Se a pessoa o vivia. Hoje se procura uma igreja pelo que ela oferece, pelos atrativos (ela é um entretenimento), se há um programa de relações sociais para os filhos, se o estacionamento é amplo, etc. Não se ela chama a engajar-se com Cristo para viver o evangelho. Um cristianismo meramente social, de compromissos mundanos e conveniências: “o que é melhor para mim?”. O cristianismo de hoje não é melhor. Talvez pior.

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Destruindo Reputações

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Destruindo Reputações

 

       A empresa Folha da Manhã, que edita o jornal “Folha de S. Paulo”, terá que pagar R$ 250.000,00 a cada proprietário da extinta Escola Base, uma escola infantil. Eles foram denunciados pelo jornal, em 1994, de abusos sexuais contra as crianças. Segundo a notícia, “a escola acabou depredada e saqueada, e os apontados sofreram o que sua defesa chamou de ‘um verdadeiro linchamento moral’”. Icushiro Shimada, o proprietário, teve um infarto. Sua esposa, Maria Aparecida Shimada, vive à base de tranqüilizantes. O motorista da escola, que conduzia as crianças, Maurício Alvarenga, teve o casamento terminado. Os três entraram com pedido de danos morais, após se provar a falsidade da denúncia. A morosidade da justiça fez com que se passassem doze anos até a decisão favorável às vítimas da calúnia. O “Folha de S. Paulo” tem a reputação, justa, de ser um jornal sério. Foi um erro que deveria ser assumido imediatamente com pedido público de desculpas e atos de reparação.

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A Filosofia Do Boteco Pé Sujo

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A Filosofia Do Boteco Pé Sujo

 

            No livro Livre-se dos “corvos” – cuidado com os “sugadores de energia”, Luiz Marins tem um capítulo sobre manter a serenidade.  Ele ficou preso em um táxi, num engarrafamento em S. Paulo. Um caminhão quebrara numa das marginais e o trânsito ficou mais caótico que o habitual. Ele estava atrasado para um compromisso, o táxi não tinha ar-condicionado. O motorista comia biscoitos de polvilho, mastigando ruidosamente, deixando farelos pelo carro. E ligou o rádio em alto volume, competindo com o som externo, numa emissora que tocava rap e pagode (ninguém merece!).

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Cultos Biblicamente Relevantes

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Cultos Biblicamente Relevantes
 
Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para ser um capítulo do livro da Convenção Batista Brasileira, de 2007.
 
 

O que significa, exatamente, cultos biblicamente relevantes?

Não estamos falando apenas de cultos relevantes, mas “biblicamente relevantes”. O “biblicamente” faz diferença. A relevância de muitos cultos tem sido buscada no seu significado para as pessoas. Vivemos numa época antropocêntrica em que o homem passa a ser o referencial e o fio de prumo de quase tudo.  Até mesmo o culto é medido pelo impacto que causou nas pessoas, se lhes foi agradável e se elas se sentiram bem. Tudo é planejado para que as pessoas queiram voltar. Estas coisas são boas, mas não são o cerne do culto. Sua relevância não pode se medir por como as pessoas se sentiram. Pessoas de coração duro, sem desejo de compromisso com Deus, querendo apenas promessas, podem se sentir bem em um culto que apazigúe seus corações. Mas talvez estejam precisando ser incomodadas! Se uma pessoa está longe de Deus ou em desacordo com sua vontade e se sente bem em um culto, este pode ter sido significativo para ela. Até mesmo relevante porque a fez sentir-se bem, confirmando seu estilo de vida. Mas foi biblicamente relevante?

 

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Que tal destruir alguns humanos hoje?

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Que tal destruir alguns humanos hoje? 

            Este é o título de um game anunciado num portal da Internet. Para relaxar, após um dia estressante, uma partidinha, em que um simpático alienígena mata alguns humanos. Nada de violento. Apenas para relaxar…

            A questão é controvertida, esgrimindo as partes litigantes dados a seu bel-prazer, mas fala-se muito da influência de jogos violentos no comportamento de jovens. Um ponto parece-me claro: violência como entretenimento não é muito sadio. E não produz pessoas pacíficas. Dizer que funciona como uma catarse soa-me simplista. Acho curioso que alguns digam que conviver com a pobreza causa violência. E que conviver com a violência não causa violência.

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