QUANDO A IGREJA É AFETADA PELO QUE HÁ DE PIOR NA CULTURA DO MUNDO
Isaltino Gomes Coelho Filho
Fui com a esposa à costureira, num ateliê ladeado por duas igrejas evangélicas, e outra em frente. Da BR 040 até a quadra onde resido, a distância é de 2,3 km. Há treze igrejas evangélicas. Porque uma fechou. Após minha quadra há uma área de preservação ambiental. Na quadra seguinte, mais seis igrejas. Sem retórica: há mais igrejas que bares.
A proliferação de igrejas deveria ser saudável. Mas preocupa, pois boa parte delas não tem conteúdo. A placa “igreja” pode abrigar um grupo longe do conceito bíblico de igreja. Pode ser apenas um lugar onde pessoas se reúnem e cantam cânticos de auto-ajuda, fazem catarse, ouvem um discurso estimulante, mas sem alusão ao conteúdo do Novo Testamento, sem menção a Jesus. Às vezes paro na porta e observo o que se canta, prega e faz. Faixas de propaganda (a competição é feroz!) anunciam semana de posse, recuperação de bens, vitória sobre o Devorador, felicidade, prosperidade, cura, saúde, etc. Uma anunciava a semana para recuperar um amor perdido. É a teologia da dor de cotovelo. Outra dizia para levar peças de roupas, que seriam ungidas. Neste frenesi, uma anunciava “óleo ungido”. Como se unge óleo?
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