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novembro 2011

EBD: UM ENSINO PARA IMPACTAR VIDAS

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para os professores da EBD da Igreja Batista Central de Macapá, 25.11.11

 

 

 

INTRODUÇÃO

Esta palestra não ensinará alguém a ser um bom professor de EBD. Talvez não acrescente muito aos participantes, porque, na sua maior parte, são professores experientes e crentes maduros. Mas nos relembrará algumas verdades que, eventualmente, tenham ficado esmaecidas. E relembradas, debatidas e ponderadas, podem nos devolver um rumo que pode ter ficado perdido. É sempre bom relembrarmos verdades espirituais, mesmo que singelas. Muitas vezes ficamos tão familiarizados com elas que deixamos de ver seu brilho.

 

No livro O mundo de Sofia, o doutrinador de menina Sofia diz que a criança é  o verdadeiro filósofo, porque ainda não perdeu a capacidade de se encantar. Os adultos se acostumaram com as verdades, com o mundo, perderam esta capacidade de se encantar. As coisas se tornaram rotina. O doutrinador lhe escreve: “Podemos dizer que um filósofo permanece a vida toda tão receptivo e sensível às coisas como um bebê. E agora você precisa se decidir, querida Sofia: você é uma criança que ainda não se ´˜acostumou´ com o mundo? Ou você é uma filósofa capaz de jurar que isto nunca vai lhe acontecer?”[i].Continue a ler »EBD: UM ENSINO PARA IMPACTAR VIDAS

ANJOS – UM BREVE ESTUDO BÍBLICO

  • por

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, para a Igreja Batista Central de Macapá, AP

 

INTRODUÇÃO

O que é um “anjo”? Nos gibis de Maurício de Souza, é um ente com cabelos loiros encaracolados, olhos azuis, um par de asas nas costas e uma auréola sobre a cabeça.  Quando criança, criado na Igreja Católica, eu colecionava estampas de santos em meu catecismo. Havia um cartão especial que me impressionava: uma criança ia atravessar uma ponte e um anjo a protegia. Como sempre, o anjo era loiro e tinha um grande par de asas.

No misticismo de hoje, os anjos são mostrados como entes que podem ser manipulados. Há um anjo para cada dia, dá-se seu nome, e como se relacionar bem com ele. No neopentecostalismo não é diferente. “Gloria Copeland e Charles Capps sugerem que pode haver entre 40.000 e 72.000 anjos designados para cada crente, apenas esperando para servir-nos”[1]. Em certo lugar, um missionário recebera uma legião de anjos da parte de Deus, e os  alugava aos crentes, que pagavam mensalidades de um carnê pelo “aluguel”.

O que é um anjo? Alguém alado, alguém a serviço dos cristãos, alguém que vem nos visitar e dar revelações? O que a Bíblia diz?Continue a ler »ANJOS – UM BREVE ESTUDO BÍBLICO

LEMBRANDO DO EMANUEL

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral da Igreja Batista Central de Macapá, 27.11.11

              Completando 40 anos de consagração ao ministério pastoral, relembro fatos e pessoas que me marcaram. No segundo ano de meu ministério  preguei na Fazenda do Estado, região de Marília. Ia lá uma vez por mês. Em 15.10.72, converteu-se um rapaz, um pouco mais velho que eu: Emanuel. No mês seguinte esteve no culto, mas sumiu nos dois seguintes. Pensei que houvesse desistido. Reapareceu no quarto mês. Fora a outra cidade, “vender umas vaquinhas”,  rever a família e lhe falar de Jesus. Queria que seus familiares se convertessem.

 

Querendo firmá-lo na fé, perguntei-lhe se ele queria uma Bíblia, pois nossa igreja, a PIB de Marília, dava uma de presente aos convertidos. No melhor jeito caipira, ele me respondeu: “Quero não, senhor”. Fiquei meio decepcionado, mas ele me disse: “Eu vou comprar a minha Bíblia. Quero a melhor e a mais bonita. Quando eu comprei meu cavalo eu quis o mais bonito. Vou comprar a Bíblia mais bonita;  ela vale mais que um cavalo”.Continue a ler »LEMBRANDO DO EMANUEL

IGREJAS EM BUSCA DE RELEVÂNCIA

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado a 12ª.  Assembléia da COBAP, Convenção Batista Amapaense, na Terceira Igreja Batista de Santana, em 19.11.11.

 

INTRODUÇÃO

Igrejas em busca de relevância se tornou uma preocupação na mente de tanta gente que dá vontade de perguntar: como elas sobreviveram até hoje, num mundo tão competitivo, sendo irrelevantes? Numa sociedade secularizada e massificada por valores contrários aos das igrejas, como elas ainda existem, crescem e ainda preocupam tanta gente que se sente incomodada com elas? Parece que igreja é o negócio mais irrelevante do mundo e que alguns descobriram agora como torná-la relevantes, funcionais e interessantes.Continue a ler »IGREJAS EM BUSCA DE RELEVÂNCIA

A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

A QUESTÃO PRELIMINAR

A questão preliminar na prática do aconselhamento pastoral é esta: O que queremos, exatamente, com o ministério de aconselhamento pastoral? Bancar o psicólogo, aparentar ar professoral, ser importante, dominar as pessoas, impor nosso ponto de vista? Na década dos oitentas, o charme nas igrejas não era o louvor, mas era o aconselhamento. Na ocasião, eu trabalhava na Faculdade Teológica Batista de Brasília e observei quantas pessoas vinham fazer Aconselhamento Pastoral, porque queriam desenvolver o ministério de aconselhamento nas igrejas. Observei duas características comuns em muitos dos interessados: (1) Eram pessoas dominadoras; (2) Eram pessoas com pontos de vista muito fortes e que lutavam, por eles. É curioso como o temperamento das pessoas as impele para certas funções nas igrejas. Pessoas apaixonadas pela evangelização, não incomumente, são pessoas agressivas. Alguns gurus evangélicos e pessoas que se atribuem títulos pomposos são pessoas com enormes carências emocionais. Elas buscam compensação nas atividades eclesiásticas.  O conselheiro precisa se sondar: o que o motiva é amor às pessoas, consciência de missão, ou desejo de controle?Continue a ler »A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL

APRENDENDO A LIDAR COM AS PESSOAS

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Hoje se ouve muito falar de “confrontação”, no aconselhamento pastoral. Em linhas gerais, é uma técnica de aconselhamento que se pauta pela repreensão bíblica. O termo “confrontação”, com toda a sua carga negativa, deixa isso bem claro. O maior representante desta teoria, entre os evangélicos, é Jay Adams. Foi uma reação às técnicas modernas de não interferência do conselheiro nas decisões do aconselhando, e à assimilação das técnicas de psicologia secular pelos conselheiros pastorais. A linha a seguir era a de enfatizar o valor das Escrituras no aconselhamento pastoral, e não as idéias tolerantes e aceitadoras do pecado, o que me parece válido.

 

Adams também resgata o valor da igreja, nesta teoria de aconselhamento. Se a pessoa aconselhada é membro de uma igreja, está debaixo de sua autoridade e a igreja pode repreendê-la. Somando as duas coisas, a autoridade das Escrituras e a autoridade da igreja, muitos adeptos desta teoria defenderam a repreensão pública das pessoas em pecado. O texto de 1Timóteo 5.20 foi muito usado: “Aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor”.

Continue a ler »APRENDENDO A LIDAR COM AS PESSOAS

AINDA RESTA UMA ESPERANÇA

  • por

 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 20.11.1

Tomava o café da manhã. Liguei a televisão para receber as más notícias. Eis que veio uma propaganda: “Ainda resta uma esperança”. Presumi, pelo título, que fosse de um programa religioso. Era de um filme de ação. Aparecia um sujeito empunhando uma arma com firmeza e aquele ar de Charles Bronson. Típico de nossa cultura: a esperança está nos homens, nas armas, na violência.

O filme apela à violência como resposta ao anseio de vingança. Tratar o mal com o mal. A violência é a manifestação mais forte do pecado. Após a Queda, há o assassinato de Abel por Caim. Depois, Lameque compôs uma canção de ódio (Gn 4.23-24). A violência já era motivo de orgulho. Por fim, o desgosto de Deus: “a terra está cheia da violência dos homens” (Gn 6.13).Continue a ler »AINDA RESTA UMA ESPERANÇA

O PERFIL E ATRIBUTOS DO CONSELHEIRO BÍBLICO

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

INTRODUÇÃO –  UMA QUESTÃO PRELIMINAR

Não basta dizer-se vocacionado para o ministério pastoral ou para o ministério do aconselhamento para ser bem sucedido nestas atividades. Ser vocacionado não é uma garantia de que as coisas darão certas. Prova disso é o grande número de ministérios que dá errado e de igrejas com problemas muitas vezes causados por pastores. E, da mesma forma, de conselheiros que não conseguem ajudar as pessoas. Há algo mais além da chamada e da boa vontade em fazer a obra.

 

Ter consciência da chamada da parte de Deus e manter uma vida de comunhão com ele ajudam muito ao obreiro. Mas ter o preparo necessário também ajuda muito. Ninguém negará que Pedro foi chamado e usado por Cristo. Mas a sombra projetada pelo ministério de Paulo foi maior que a projetada por Pedro. Inteligência e preparo postos a serviço de Cristo é uma bênção.  O conselheiro bíblico precisa ser bem preparado. Tanto na área de estudo sobre o assunto e sobre a Palavra de Deus, como na área do preparo emocional. O emocional e o espiritual devem caminhar juntos, principalmente na vida de quem cumpre a tarefa de ajudar o povo de Deus. Por isso, é sempre oportuno lembrar, o primeiro dever do obreiro cristão é cuidar de si mesmo. É triste a palavra da sunamita em Cânticos 1.6: “Puseram-me por guarda de vinhas, mas a minha vinha não guardei”. Guarde a sua vinha! Seja uma pessoa que busca a maturidade espiritual e emocional. Invista em si mesmo.Continue a ler »O PERFIL E ATRIBUTOS DO CONSELHEIRO BÍBLICO

ACONSELHAMENTO PASTORAL OU ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO?

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

 

1. QUESTÃO PRELIMINAR

Esta é a primeira questão que desejo considerar: o que estudaremos será aconselhamento pastoral ou aconselhamento bíblico? Muitos pastores têm se travestido de psicólogos e, nesta disciplina, muitos seminários têm se preocupado mais com aconselhamento psicológico que pastoral. Freud, Adler, Mortimer, Jung, Erickson e outros têm tomado o espaço da Bíblia. Pessoalmente, vi um professor da disciplina ironizar a Bíblia, quando depreciava seu ensino para formação do caráter e para resolução dos problemas emocionais das pessoas. Para ele, a área espiritual nada tinha a ver com a emocional e psicológica. A Bíblia podia ser usada para outras coisas, mas para o aconselhamento, ele, particularmente, “usava a ciência”. E segundo ele, este era o erro de muitos pastores “fundamentalistas”, o de prenderem-se à Bíblia e aos princípios e valores cristãos. Só a “ciência” podia ajudar as pessoas. Contraditoriamente, este professor era pastor, e aos domingos pregava sobre a autoridade e a suficiência das Escrituras, do púlpito que ocupava. Parece que tanto a autoridade quanto a suficiência eram parciais. Ou sua teologia era esquizofrênica.Continue a ler »ACONSELHAMENTO PASTORAL OU ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO?

NA TERRA DOS BOIS, O CORDEIRO TRIUNFA

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 13.11.11

 

Voltei a Parintins, após catorze anos.  Fui pregar nos 15 anos da 2ª. Igreja, pastoreada pelo Pr. Antonio. Templo grande, com ar condicionado, frequências ao redor de 300 pessoas. Reencontrei o Elmer, filho do Pr. Lessa, o homem que implantou o evangelho na ilha, há mais de meio século. Hoje é o Pr. Elmer, da PIB.  A família Lessa foi perseguida e até atentado de morte sofreu. A PIB de Parintins se aproxima dos 1.000 membros.  O Colégio Batista vai bem, e não está endividado.

Quando o Pr. Elmer era adolescente fizemos uma viagem louca à aldeia saterê na reserva Vila Nova. Os rios transbordavam e a água batia na copa das árvores. Ele, eu, o Brilhante (hoje pastor) e o Dr. Joel Afonso (PIB de Manaus) para tratar dos índios. Fui como Presidente da Convenção Batista do Amazonas. Fora lançado o NT em saterê e agora se lançavam Gênesis e Úxodo. Recebemos a Igreja Saterê, com 40 membros, no seio da Convenção. No ano seguinte, presidi a assembléia convencional, em Parintins. A Igreja estava com 120 membros e seu exuberante coral se apresentou, cantando em saterê.Continue a ler »NA TERRA DOS BOIS, O CORDEIRO TRIUNFA

PÉS COMO OS DA CORÇA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 6 de novembro de 2011

 

Estudava os profetas menores com os alunos do Centro de Formação Pastoral. Chegamos a Habacuque, um desconhecido em nossas igrejas. Analisamos o pano de fundo e a estrutura do livro. Depois, sua teologia. No final, o profeta descreve um quadro grave de fome (3.17). Mesmo assim, ele exultaria no Senhor (3. 18). Eis a razão: “Ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos”.Continue a ler »PÉS COMO OS DA CORÇA

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