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Artigos

O NOVO TEÓLOGO DA VEJA

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Isaltino Gomes Coelho Filho

                Assino a “Veja” há anos. Gosto de lê-la e sua chegada em casa (em Macapá, três ou quatro dias após surgir nas bancas – se o entregador não erra o endereço) é bem saudada. Junto com outras publicações, ela defende um Estado soberano, democrático, de leis e ordem, que alguns que pensam em democracia como a imposição de suas idéias rejeitam (os que sabem o que é melhor para o povo – na melhor aristocracia platônica, mas de esquerda). São os que querem a democratização da imprensa (controlada pela máquina partidária) e que falam em monopólio da informação, esquecidos que monopólio alude a um, e que havendo muitos poderia, na pior das hipóteses, se chamar oligopólio. Nem a língua portuguesa o pessoal saber usar.  Bem, há quem goste de “muito pouco”, ao invés de “pouquíssimo (se algo é pouco não é muito).

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O JOGO DE CENA DA VISITA DO PAPA

O JOGO DE CENA DA VISITA DO PAPA

Isaltino Gomes Coelho Filho

Segundo Morris West, ao se iniciar o processo de canonização de um santo, há um personagem chamado O advogado do diabo (título de um de seus livros) incumbido de levantar todos os defeitos e aspectos negativos do candidato à santidade, para evitar que se santifique alguém indevidamente. Numa cultura de “babação de ovo”, em que todo mundo quer ser simpático e ninguém quer ser politicamente incorreto, eu assumo esse papel, no tocante à vinda do Papa Francisco. Sem receio: jogo de cena e que não terá desdobramentos práticos. A Igreja Católica não se reerguerá no Brasil pelo fato de ele ter vindo. Não se reerguerá em lugar algum do mundo por causa dele.

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OS SETE PECADOS CAPITAIS – 2 – IRA

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OS SETE PECADOS CAPITAIS – 2

 

A IRA

 

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

            Mira y López classificou a ira como “o gigante rubro”. Junto com o medo, o amor e o dever ela forma os Quatro gigantes da alma, título de sua obra clássica. Se o orgulho, que é o culto a si mesmo, encabeça a lista dos pecados, caminhando pari passu à ambição (“Sereis como Deus”), a ira é, cronologicamente, na Bíblia, o segundo pecado: “Caim ficou furioso” (Gn 4.5), e “Então, o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste?” (Gn 4.6). A ira está presente desde os albores da humanidade. E sempre com maus resultados.

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OS SETE PECADOS CAPITAIS

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1 – SOBERBA

 

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Os sete pecados capitais são tão antigos como a humanidade. Foram formalizados com este título no século VI, pelo Papa Gregório Magno, que se baseou nas cartas paulinas. Ele os definiu como sendo sete: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas foi a Suma Teológica de Tomás de Aquino que os estabeleceu definitivamente na teologia católica. Ninguém precisa me acusar de católico ou de ecumenista por abordar este assunto. Não estou defendendo a teologia católica e não me interesso por Gregório. É triste ter que fazer defesa prévia, mas há gente que caça heresia em tudo, e assim já me defendo. Comento os pecados. Porque não são pecados católicos. São universais, encontradiços em nosso ambiente, também.  Receberam o rótulo de “capitais” por causa do latim caput, “cabeça”.  A ideia é que eles encabeçam os demais, que derivam deles. Para Aquino, o principal deles era a soberba, ou o orgulho. Afinal, a gênese do primeiro pecado foi a soberba: “sereis como Deus”.Continue a ler »OS SETE PECADOS CAPITAIS

DUAS PORTAS – DOIS CAMINHOS

 

Isaltino Gomes Coelho Filho

 Publicado originalmente na revista “Você”.

 

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela; pois a porta é estreita, e o caminho que conduz à vida, apertado, e são poucos os que a encontram” (Mateus 7.13-14).

 

Os hebreus caracterizavam a vida como sendo uma caminhada. Para eles, viver era caminhar neste mundo. Aliás, o nome “hebreu” tem a ideia de “caminhante”. O primeiro homem chamado de “hebreu” foi Abraão (Gn 14.13) porque era peregrino, um caminhante.Continue a ler »DUAS PORTAS – DOIS CAMINHOS

“Sombra e realidade” – Hebreus 10.1-10

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IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ

ESTUDO BÍBLICO EM HEBREUS – 12.6.13

“Sombra e realidade” – Hebreus 10.1-10

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho.

 

INTRODUÇÃO

A argumentação do autor parece com “o mito da caverna”, de Platão. Homens vivem acorrentados, desde o nascimento, numa caverna. Passam sua vida olhando a parede do fundo, onde sombras são projetadas pela luz de uma fogueira. Eles pensam que aquele mundo de sombras é o real. Um dia, um dos prisioneiros sai da caverna e vai ao mundo exterior. Ele viu as coisas como são, o mundo real. Na volta, diria aos amigos que aquilo é sombra de um mundo real. Eles não creriam, se zangariam e o ameaçariam. O autor de Hebreus é este homem, teologicamente falando. Ele saiu da caverna do Antigo Testamento, viu a verdade do Novo Testamento. Viu que a Lei era sombra e que Jesus é a realidade. Por isso, nada de voltar ao Antigo Testamento. Nada de Lei. Nem de reconstruir o templo de Salomão, como querem alguns. Leia Colossenses 2.17. Vejamos, então, “Sombra e realidade”.

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A LEI DA CRUZ

Isaltino Gomes Coelho Filho

Publicado primeiramente na revista “Você”.

E Jesus proclama às multidões: ´˜Se alguém deseja seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia. E caminhe após mim´” (Lucas 9.23).

“Ai, não aguento mais isso, estudar Matemática é a minha cruz!”; “Tomar esse ônibus lotado todas as manhãs, com sono, é a minha cruz!”. Uma senhora idosa se queixava, na fila do banco, que a artrose era a sua cruz. Muitos de nós já ouvimos expressões semelhantes a essas. As pessoas pensam em cruz como algo desagradável, que as incomoda e da qual elas, se pudessem, se livrariam. “Cruz” se tornou sinônimo de algo desagradável, mas não mortal. Mas, muito mais que desagradável, ela era mortal. Ser crucificado não era ser levemente incomodado, mas era morrer de morte bastante dolorosa.

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O SENTIDO DA VIDA

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Isaltino Gomes Coelho Filho

No livro Não verás país nenhum, Inácio de Loyola Brandão, um dos grandes cronistas e contistas brasileiros, imagina a cidade de São Paulo após uma guerra nuclear mundial. A maior e mais rica cidade do hemisfério sul está em péssima situação, absolutamente destroçada. Não há mais energia nem alimentos. Acabou-se, por completo, a vida vegetal. Não há mais chuvas. A vida, enfim, é terrível. Mas a última coisa que as pessoas deixaram foi seus carros. Quando não puderam mais se locomover neles, por falta de combustível ou por cessação da energia motor, e tiveram que ficar parados, recusaram-se a deixá-los. Loyola mostrou, assim, como as pessoas se apegam às máquinas e bens materiais como valor último da vida. Elas não têm coisas. As coisas as têm.

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PECADOS VIRTUAIS

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Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Para muitos, tudo que é moderno é bom e tudo que é antigo é ultrapassado. O fato de algo ser moderno torna seu uso sempre aceito, mesmo que o uso não seja adequado. Entre as modernidades está a Internet. Ela é muito útil, nas pesquisas e na comunicação. Mas é perigosa, se mal usada. Uma das questões debatidas, atualmente, são os problemas que ela traz. Em New addictions – as novas dependências, Cesare Guerreschi dedica um capítulo ao uso e abuso da rede, principalmente ao cybersex addiction. Dá-o como uma das patologias modernas.

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“FELICIDADE NÃO É SUFICIENTE PARA MIM!”

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Dona Nelya Werdan, minha mãe, me ensinou a ler aos seis anos. Dela ganhei meu primeiro livro: “Pedrinho sozinho no mundo”. Eu o tive até meus 40 anos! Mas na minha distante infância, havia poucas opções de livros infantis. Eu esperava meu pai chegar do trabalho com quatro jornais: “O dia”, “O globo” (ainda existem), “A notícia” e “Diário da noite” (que não mais existem). Neles eu lia histórias em quadrinhos: Gabby Hayes, Pafúncio, O reizinho, Os sobrinhos do Capitão (Hans e Fritz), Popeye, Mutt e Jeff, etc. Além dos livros, minha comprava-me gibis. Flecha Ligeira, Flash Gordon, Tom Mix, Hopalong Cassidy, Cavaleiro Negro, Black Diamond, Fantasma, Mandrake, estiveram na minha infância. Peguei gosto pela leitura. Quando terminei o primário tinha lido todas as obras de Monteiro Lobato, que retirava na Biblioteca da Escola Ceará, na rua D. Emília, em Inhaúma, bairro onde fui criado, no Rio de Janeiro.

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ÁFRICA, CONTINENTE AMALDIÇOADO?

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

A primeira vez que ouvi alguém dizer que a África era um continente amaldiçoado foi pela boca de um irmão, que já está na glória. Como era uma pessoa dada ao exotismo bíblico, que sempre via o que nunca alguém vira, e muito problemática, logo rejeitei a ideia. Além de estapafúrdia, a declaração vinha de uma pessoa que eu, embora tivesse apenas 15 anos, sabia não merecer crédito.

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EXPECTATIVAS

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Isaltino Gomes Coelho Filho

Fui batizado no dia em que completei 15 anos. Poucos dias depois entrei numa livraria evangélica, na Rua da Constituição, no centro do Rio (não o Amazonas em cujas margens moro, mas o de Janeiro) e comprei meu primeiro livro evangélico: “O que Deus espera de você”. Infelizmente não o tenho mais, porque o emprestei e não me devolveram (início da triste sina!) nem o encontrei mais para compra. Gostaria de relê-lo um dia, para ver como eu pensava quando tinha 15 anos. Porque o livro me marcou muito, na época.

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IGREJA, UM CASO DE AMOR

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IGREJA, UM CASO DE AMOR

Isaltino Gomes Coelho Filho

A igreja é fascinante. É o tema sobre o qual mais leio e sobre o qual mais ajunto livros. Refletir sobre ela sempre me traz novos aspectos e me faz ver sua grandeza e beleza, e como sou abençoado em fazer parte dela. Que honra ser igreja de Jesus! Escrevi um livro com um título À igreja, com carinho, que foi uma declaração de amor ao corpo de Cristo. Amo igreja!

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UMA OPINIÃO INSUSPEITA

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UMA OPINIÃO INSUSPEITA

Isaltino Gomes Coelho Filho

Civilização – ocidente x oriente, de Niall Ferguson, é um desses livros que, terminada a leitura, deixa-nos a sensação de ter feito um curso. Só a bibliografia ocupa trinta páginas. Apesar de ser severo com Max Weber e A ética protestante e o espírito do capitalismo, seu capítulo “Trabalho” (págs. 302-344) faz uma acurada análise do trabalho e sua relação com a fé cristã. Ele começa citando o boquirroto John Lennon: “O cristianismo vai deixar de existir. Vai definhar e desaparecer. Não preciso discutir isso; tenho razão, e o futuro vai mostrar que tenho razão”. Logo após, cita um membro da Academia Chinesa de Ciências Sociais, mantido no anonimato por razões óbvias: “Nos últimos 20 anos, percebemos que o cerne de nossa cultura é a religião de vocês: o cristianismo. É por isso que o Ocidente foi tão poderoso. A base moral cristã da vida social e cultural foi o que tornou possível o surgimento do capitalismo e então a transição bem-sucedida para a politica democrática. Não temos dúvida quanto a isso”. O acadêmico parece estar certo. Lennon deixou de existir e desapareceu.Continue a ler »UMA OPINIÃO INSUSPEITA

VONTADE DE DEUS E ATOS DAS PESSOAS

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VONTADE DE DEUS E ATOS DAS PESSOAS

Isaltino Gomes Coelho Filho

“Ele os ensinava, dizendo: Não está escrito: a minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Mas vós a transformastes num antro de assaltantes” (Marcos 11.17, Almeida Século 21)

“Mas”. Você conhece esta palavra. É uma conjunção adversativa. Sua função é estabelecer um contraste entre duas afirmações. Há um “mas” na palavra de Jesus que encima este artigo. Na primeira sentença, encontramos o que Deus desejava que o templo de Jerusalém fosse: uma casa que atraísse pessoas de todas as nações. Nela, as pessoas de todas as raças poderiam orar a ele. Na segunda, iniciada pela adversativa, o que os homens fizeram: transformaram-na num antro, um covil, de assaltantes. Na primeira, a vontade de Deus. Na segunda, o que os atos das pessoas produziram.Continue a ler »VONTADE DE DEUS E ATOS DAS PESSOAS

INDIVIDUALISMO E COOPERAÇÃO

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Sei que é lugar comum, mas começo por aqui: o cenário evangélico contemporâneo é uma balbúrdia. Inclusive o nosso. Várias razões podem ser aduzidas por pessoas mais gabaritadas que eu. Mas uma razão que me salta aos olhos é o excessivo individualismo de líderes, individualismo que contamina as igrejas. O sistema congregacional, nosso modelo eclesiológico, soa-me biblicamente correto, mas parece-me favorecer o personalismo. O líder se refugia em uma torre de marfim e brada sua autonomia e a de sua igreja (conceitos nos quais creio e que esposo) como uma muralha a objeções aos seus projetos.Continue a ler »INDIVIDUALISMO E COOPERAÇÃO

SUPERPASTORES E SUPERIGREJAS

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Isaltino Gomes Coelho Filho

Começarei da forma mais pedante possível: contando vantagem e como fui malcriado. Mas meus parcos (não porcos) leitores são inteligentes. Entenderão o que digo.

Estava eu cá em meu gabinete e o telefone toca. Do outro lado da linha uma voz feminina. “Pr. Isaltino? Aqui é a secretária da Igreja tal, na cidade Tal. Estou telefonando para saber se o senhor pode pregar em nossa igreja, de tanto a tanto, de tal mês” (mantenhamos nomes e datas omissos). Era a minha consagração! Que glória, eu, um pastoreco no fundão da floresta amazônica, na isolada e pobre Macapá, recebendo convite para pregar numa grande igreja de uma grande cidade, no rico Sudeste! Que honra para um velhinho perdido na mata!

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VIDA CRISTÃ OU PIROTECNIA?

Isaltino Gomes Coelho Filho

Numa revista evangélica vejo uma propaganda camuflada de ação evangelizadora: 300 cristãos indo a Israel para “atos proféticos” para efetuarem “a unção do mar da Galiléia para que o avivamento chegue a todos os habitantes de Israel e oração no monte Carmelo para queimar toda a incredulidade e sofismas sobre Jesus, o Messias”.

Presumo que o conceito de “atos proféticos” tenha seu lastro nos atos de Isaías e de Jeremias (Is 20.1-4, Jr 19.1-10, por exemplo). Nos profetas, estes atos são chamados de “profecia simbólica”. Porque a profecia pode ser oral (“Assim diz Yahweh”), visual (“Que vês, Jeremias?”), simbólica (quando um ato simboliza o que Deus fará) e factual (quando um fato histórico é profético, como a Páscoa e o episódio de Números 21.4-8 profetizam a obra de Jesus). “Atos proféticos” têm tênue semelhança com profecia simbólica. Uma leve tintura bíblica, mas não é ensino bíblico para prática.

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OLHANDO PRA FRENTE!

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OLHANDO PRA FRENTE!

Na última ida ao Rio, em férias, fui aonde nasci: Rua Pereira Pinto, 122, Tomás Coelho. Era uma vila, com seis casas. A casa em que nasci continua de pé. A casa em que morei com minha avó, Maria Werdan, foi demolida. Minha avó também se foi. Dela, que me criou, não há sequer uma foto. Só recordações. Saudades da meiga vó Maria!

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CADA UM É LIVRE PARA FAZER O QUE QUER

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Ouvi esta frase, num programa de televisão: “Cada um é livre para fazer o que quer”. Ela me fez pensar.

O homem é dotado de capacidade de pensar e tomar decisões. É responsável por seus atos. Não se pode impor a alguém uma religião ou uma ideologia, por exemplo. Pais escrupulosos não imporão uma profissão a seus filhos. Respeitarão suas habilidades e o seu pendor. Neste sentido, a frase tem certa razão. Cada um faz o que quer de sua vida, sendo por isso responsável. Neste sentido, a liberdade é plena.Continue a ler »CADA UM É LIVRE PARA FAZER O QUE QUER

SAL SEM SAL?

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Publicado originalmente na revista “Você”.

Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens” (Mt 5.13).

Quando era criança, este autor foi vítima de uma brincadeira de 1º de abril, feita por sua irmã, também criança. Ela lhe fez um cafezinho, o primeiro cafezinho que fez na vida. E deu para o irmão, que, todo prosa, o bebeu. Puxa, era o primeiro café feito pela irmã, e ela fez para ele! Mas ela o havia temperado com sal. Bebi e cuspi, imediatamente, ao primeiro gole. Que coisa horrível! Café com sal! O café, depois que ela adoçou outra xícara com açúcar, estava bom. Mas o sal estragou a primeira xícara.Continue a ler »SAL SEM SAL?

A QUEDA PARA CIMA

Isaltino Gomes Coelho Filho

Levei o livro de Diogo Mainardi, “A queda”, em uma viagem de dois dias pelo interior do Amapá. Pensei que ele me ocuparia nos momentos vagos. Mas li-o em duas horas, porque é atraente e fácil de ler. O tema é o nascimento de seu filho, Tito, que por um erro da dottoressa F, médica que estava com pressa de sair do seu trabalho, pois era sábado, nasceu com paralisia cerebral. O menino não fala, não tem gestos coordenados nem anda normalmente. Mainardi narra os 424 passos que ele conseguiu dar, uma vez, sem cair. O livro se estrutura ao redor desses 424 passos, cada um deles comentado com elementos da cultura de Veneza, onde Tito nasceu.Continue a ler »A QUEDA PARA CIMA

RECUPERANDO O QUE PERDERA

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 18.11.12

 

Como a vida é curiosa!  Um amigo meu foi visitar um irmão em Cristo, em Brasília e recebeu dele dois livros meus que estavam no espólio de um falecido senador que eu desconhecia. Um é A idade da razão, de Sartre, com meu nome carimbado, datado e localizado em Bauru (1975). O outro, de Clarice Lispector, com meu nome carimbado, datado e localizado em S. Paulo. Lembrei-me que em 1986, em Brasília, uma pessoa aparentada com um senador esteve em minha casa e me levou dois livros. Esquecera-me disso. Recuperei os livros após mais de vinte anos. Os tempos e eu mudamos. Acho Sartre um chato e A idade da razão uma obra ultrapassada. Clarice Lispector não me empolga.

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ESTÁ DIFÍCIL!

Isaltino Gomes Coelho Filho

Esta crônica é mais choradeira que outra coisa. Mas sejam pacientes. Exerçam a misericórdia comigo. Li esta notícia que reproduzo ipsis literis, do jornal “O Globo”: “A música piorou nas últimas décadas. O que parece relativo quando dito por um crítico ganhou tons científicos com um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha. Pesquisadores, através de programas de computador, analisaram 464.411 músicas populares do Ocidente lançadas entre 1955 e 2010, incluindo pop, rock, hip-hop, folk e funk. Com os resultados obtidos, avaliaram tendências com o passar dos anos. As diferentes transições entre combinações de notas diminuíram de número nas últimas décadas. A variedade de timbres na música pop também caiu significantemente desde os anos 1960. Sobre este fato, a conclusão dos pesquisadores é que os compositores tendem a se manter fiéis às mesmas qualidades de som obtidas anteriormente. O volume, porém, tem aumentado desde 1955, em uma ´˜espécie de corrida pela música mais alta´”.Continue a ler »ESTÁ DIFÍCIL!

NÃO TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS

Não toqueis em meus ungidos, não maltrateis meus profetas” (Salmo 105.15, King James).

Isaltino Gomes Coelho Filho

No meu grupo de estudos teológicos em Monte Dourado, no Vale do Rio Jari (imponente tributário do majestoso Amazonas), alguém levantou esta questão de não tocar nos ungidos do Senhor, exatamente quando estudávamos Tito, no tocante ao caráter do obreiro. Comentei que o Salmo 105.15 vem sendo usado equivocadamente, para defender a intocabilidade de obreiros que esgrimem o texto para se colocarem acima da crítica. Eles são ungidos do Senhor e nada se lhes pode fazer, mesmo quando estão em pecado.

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GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA – 19 – o ministério da Palavra

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IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ

GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA – 19

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho.

 

INTRODUÇÃO

O assunto hoje é o ministério da Palavra. Em Macapá proliferam apóstolos, bispos, “pai de multidão” e gente que não é pastor é tratada por pastor. Ao mesmo tempo, no imaginário público, pastor é um espertalhão que vive à custa do dízimo de incautos. Sim, há líderes que exploram o rebanho. Mas o ministério pastoral é bíblico. Vejamos o entendimento dos batistas sobre o ministério pastoral.

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A ESPOSA DE JESUS

Por

Pr. Darlyson Feitosa

(Oficina de Teologia e Cultura: textos artesanais para a igreja urbana. Brasília/DF. Texto 024 – 21/09/2012)

Como registra a imprensa mundial, o fragmento de papiro de um suposto evangelho apócrifo apresentado pela Dra. Karin King em Harvard e na Itália há poucos dias tem causado sensação. Apesar de estar bastante fragmentado, no papiro se lê com clareza Jesus disse a eles, ´˜Minha mulher (…)´. A questão maior aqui é a implicação de Jesus ter sido casado, com a secundária (e popular) possibilidade de Maria Madalena ser a mulher/esposa mencionada. Algumas observações:Continue a ler »A ESPOSA DE JESUS

PROCURANDO OU EVITANDO SARNA PARA SE COÇAR?

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Isaltino Gomes Coelho Filho

Preparado originalmente para a revista “Você”, e publicado com autorização da revista.

“Procurando sarna pra se coçar”. Este é um ditado que se aplica a pessoas que procuram problemas. Por algum motivo, elas têm necessidade de se envolverem em encrencas. A Bíblia nos fala de duas pessoas que passaram pelo mesmo problema, a tentação sexual. Uma a abraçou e se deu mal. A outra fugiu do problema e se deu bem. Uma procurou sarna para se coçar, e a outra evitou coceira.

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