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dezembro 2007

33 D.C. – O Ano que Transformou o Mundo

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33 D.C. – O Ano Que Transformou O Mundo

 

            33 d.C. – o ano que transformou o mundo, de Colin Duriez, é um livro enriquecedor. O autor narra a história de dois homens: um judeu e um romano. O romano é Tibério. O judeu é Jesus. O romano não me interessa a não ser por ampliar horizontes. Meu foco é o judeu.

 

Nos últimos anos tenho me dedicado mais a ler, estudar e refletir sobre a pessoa de Jesus. Pus outros temas em segundo plano.  Tenho sido enriquecido com isto. Além de crer nele como meu Salvador pessoal, Senhor da história, o Deus encarnado, Jesus me fascina e intriga. Novos aspectos, novas luzes, novas discussões têm surgido envolvendo seu nome. Boa parte é bobagem pura, de grupos esotéricos de conteúdo ralo e pobre e de forças que agem nos bastidores tentando desmoralizá-lo. Isto apenas prova algo: a pessoa histórica de Jesus de Nazaré, que teve uma vida pública de apenas três anos, numa região obscura, num país inexpressivo, numa época atrasada, marcou o mundo para sempre. Quem se depara com sua figura tem que responder isto: “Quem foi este sujeito?”. 

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Finquemos Pé No Novo Testamento

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Finquemos Pé No Novo Testamento

Domingo passado lecionei para as classes de jovens, adultos e de Teologia Sistemática. Foi um panorama do quarto evangelho, que estudaremos no trimestre. A revista foi escrita por “este que vos fala”, e um cdrom com sugestões didáticas foi entregue a cada professor.

 

Comentei que a transformação da água em vinho não foi o primeiro milagre de Jesus. Assim dizem Mateus, Marcos e Lucas. Para Marcos e Lucas foi um endemoninhado (Mc 1.23 e Lc 4.33). Mateus registra um leproso (Mt 8.1), mas pode ter sido o endemoninhado, pois antes dele Jesus efetuara muitos milagres (Mt 4.23).

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O Evangelho de João

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O Evangelho De João

 

Aula inaugural da EBD da Igreja Batista do Cambuí  – dezembro de 2007

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

 

INTRODUÇÃO

            O quarto evangelho é o “não sinótico”, ou seja, o único que não tem a ótica comum a Mateus, Marcos e Lucas, que tentam fazer uma cronologia, enquanto ele, João, faz teologia. É o evangelho dos discursos. É de fácil leitura, bom para evangelizar, e faz uma defesa muito forte da divindade de Jesus. É um dos documentos mais profundos sobre a pessoa de Jesus. Vale a pena refletir sobre ele.

 

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Tô Nem Aí!

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Tô Nem Aí!

Delane Souza

Diacono na PIB de Vitória, ES

 

Refrão de uma música que faz sucesso. Forma sincopada de “Não estou nem aí”. Significa que não dou importância, na ligo a mínima, desprezo, faço pouco caso, sou indiferente. Reflete o comportamento de boa parte da humanidade, o que é lamentável! Porém, mais lamentável ainda é que exista na igreja de Jesus Cristo, onde não deveria encontrar guarida, pois contraria Seus ensinamentos e ordenanças. Quando? Quando a Bíblia diz:

“Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hb 3.20), e eu tô nem aí! Converso, a boca é minha,  ninguém tem nada com isso, uso o celular, brinco com jogo eletrônico, escrevo bilhetes, passo torpedos e cometo outras irreverências;

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O Livro De Números

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O Livro De Números

 

 

Núcleo De Estudos Bíblicos No Taquaral, Campinas

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

1. TÍTULO – Comecemos com a leitura de 1.1 para descobrir o título do livro. Em hebraico é Bemidbar (“No deserto”), expressão encontrada no versículo 1. Outros preferem Wayedaber Iahweh (“falou o Senhor”), tirado das primeiras palavras.  A Septuaginta, que já sabemos ter sido o Antigo Testamento traduzido para o grego, legou-nos o termo  Arithmoi. A Vulgata, a Bíblia latina traduziu por Numeri, de onde nos veio “Números”. Isto se deveu aos censos registrados nos capítulos 1-3 e 26.  Alguns outros o chamam de “Livro das Peregrinações” ou “Livro das Murmurações”. O primeiro título ainda tem sentido, mas o segundo colocaria a ênfase do livro nos pecados humanos e não na graça de Deus. Isto nunca é uma boa prática, chamar mais a atenção para as falhas do que para o poder de Deus. Seria a mesma coisa que chamar o livro de Salmos de “Os pecados humanos” ou “As crises humanas”. O livro não é a seqüência de Levítico, como se poderia pensar, embora venha logo após ele. Êxodo é continuação de Gênesis, mas aqui a seqüência se interrompe.  O último versículo do livro é 36.13, que mostra onde estes eventos narrados no livro se passaram. Ele cobre um período de 38 anos, como podemos ver comparando 1.1 com 33.38 (“segundo ano” e “quadragésimo ano”). Ele nara eventos que correm paralelos a Êxodo e Levítico.

 

2. AUTORIA – A autoria é atribuída a Moisés (Nm 33.2). Vejamos também Jo 3.14; 1Co 10.1-13; Hb 3.16,17; 10.28. São momentos históricos do livro atribuídos a Moisés.

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O Livro De Úxodo

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O Livro De Êxodo

 

 

Núcleo De Estudos Bíblicos No Taquaral, Campinas

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

 1. TÍTULO –  O  título hebraico original é We'elleh Shemôth que são as primeiras palavras do livro “Ora, estes são os nomes de”.  O livro começa com um “vav” conetivo (a nossa conjunção “e”), mostrando que é a continuidade de Gênesis. Êxodo é derivado da palavra grega que significa Saída. Este nome veio da Septuaginta, passou para a Vulgata, em latim, Exodus e deu Êxodo, em português. O livro relata a redenção dos descendentes de Abraão da sua escravidão no Egito, e, em muitos sentidos, de forma tipológica, figura a nossa redenção por Jesus Cristo. Este livro fala da libertação que resulta na nova relação com Deus, expressa em obediência, adoração, comunhão e serviço. Ensina também que a redenção é primordial e essencial para que tenhamos comunhão com o Deus Santo e que um povo remido não pode ter comunhão com ele se não viver em santificação, e na garantia da redenção.

 

 

 

2. TEMA – Deus redime seu povo e estabelece seu pacto. Por isso o livro é chamado de "o coração do Pentateuco". O ponto central é 3.18, que dá base à “teologia da história”. É o momento em que Deus entra na história do seu povo. Em Êxodo, Deus não apenas fala. Ele age. É o Deus que age. Ele redime Israel para si e vem habitar no seu meio, numa nuvem de glória. Deus ensinou a Israel as suas justas exigências através dos mandamentos, convencendo, assim, o próprio povo de Israel do seu estado pecaminoso. Deus providenciou também uma maneira de restaurar a comunhão com Seu povo, através do ministério sacerdotal do Senhor Jesus.

 

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O Tizé e o Timão

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O Tizé e o Timão

 

            Quando eu era criança, meu pai teve um bar na Rua Ônix, em Rocha Miranda, subúrbio carioca.  Ele deu uma de cartola e criou um time de futebol, o Rio Ônix Futebol Clube. O time jogava aos domingos de manhã e eu, nos meus 10 anos, ia atrás. Várias vezes o time jogou onde ficam hoje as indústrias de Acari, na antiga Fazenda Botafogo. Ainda me lembro de passar na porta de uma casa e ver uma menina muito bonita, de cabelos cacheados. Vi uma foto de Meacir como menina, já casado com ela, e me impressionei com a semelhança. Seria ela a menina?  Pergunto isto porque era pela sua rua que passávamos. Mas voltemos ao Rio Ônix.

 

            Num jogo, meu pai forçou a escalação de meu tio Antonio José, que chamávamos de Tizé (aférese e apócope de tio José). Quando acabou, o Jarbas, craque do time, disse a meu pai: “Isaltino, não leva a mal, não. Teu cunhado é muito ruim. Ele bate na orelha da bola”. Do Tizé ao Timão, o Corinthians. Um dia desses vi lances do jogo Vasco e Corinthians. Que horror! Como se dizia quando eu era criança: “Que perebada!”. Menos pereba, o Vasco venceu. Mas foi triste. Como disse Jarbas: “Bateram na orelha da bola”.

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Pondo o Foco no Lugar Certo

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Pondo o Foco no Lugar Certo

 

Num de seus livros, Helmuth Thielicke conta de uma viagem aos Estados Unidos e sua ida ao edifício das Nações Unidas. Havendo lá uma capela, quis vê-la. O guia o corrigiu: “Ah, é a Sala de Meditações que quereis dizer!”. Thielicke o seguiu, pensando no nome singular: Sala de Meditações, não Sala de Orações. Orar não é meditar. Ao meditar, a pessoa fala consigo. Ao orar, fala com Deus. Aliás, isto explica as constantes crises do mundo. O homem fala demais consigo e pouco com Deus.

 

Ele viu a Sala de Meditações. Pintada de branco, com algumas cadeiras. Perguntou ao guia se alguém ia meditar ali. A resposta foi “não”. Tielicke olhou para o lugar onde deveria haver um altar (para nós o púlpito). Procurou uma cruz, uma Bíblia. Nada! Onde deveria estar o altar, o holofote punha seu foco sobre o vazio. Não sobre um altar, uma cruz ou uma Bíblia. Sobre o nada. E diz o teólogo luterano: “Os holofotes não sabiam em que direção dirigir seus raios de luz, e aos homens responsáveis convidados a esta sala, não se mostrava a quem dirigir seus pensamentos. Era um templo da mais horrível solidão, o campo de ruínas vazias de uma fé desaparecida há muito”.

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