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outubro 2009

Síndrome de Raquel

“Assim diz o SENHOR: Ouviu-se um clamor em Ramá, lamentação e choro amargo: É Raquel chorando por seus filhos; e não se deixa consolar, porque já não existem” – Jeremias 31.15 (Almeida Século 21).

Síndrome é um conjunto de sintomas que caracterizam uma doença, física ou psicológica.  Usa-se, figuradamente, como sinônimo de características de uma situação ou momento. Dito isto, vamos ao texto. Raquel é Jerusalém. Jeremias vê a cidade como uma mulher chorando a morte dos filhos. Jerusalém chorando a morte de seus filhos e dos que iriam para o cativeiro. A cidade-mulher não quereria consolo. Os filhos não existiam mais.

É neste sentido que uso a palavra síndrome. Há pessoas que não querem consolo. Parecem sofrer de vitimismo. Já lidei com tantas ovelhas assim! Por mais que se mostre na Bíblia que Deus está no controle, por mais terno e amigo que se seja, por mais que se ore, a pessoa faz questão de cultivar sua dor. Quer ser vista como uma coitadinha, como uma sofredora. Quer piedade e não conforto. O sofrimento é uma necessidade para essas pessoas porque então todos ficam com peninha, não a censuram, não a criticam. A dor é uma proteção para elas.

Síndrome de Raquel é aquela atitude do crente que gosta de chorar miséria e alardear a necessidade de compaixão. É a atitude do crente que espera que todos se compadeçam dele. Crentes assim, além de evidentemente doentes, são um problema para o pastor. Alugam-no. São vampiros emocionais. Sugam toda a energia do pastor, sempre esperando atenção especial, mais que qualquer outro. Tive uma ovelha que era um vampiro emocional. Todos os dias eu devia lhe dedicar uma hora do meu tempo. Eu era o melhor pastor do mundo. Mas um dia precisei atender um irmão que perdera a esposa e logo depois perdera a mãe. Não pude dispensar atenção ao vampiro. Foi um deus-nos-acuda. Passei a ser o pior pastor do mundo. Aliás, muitos membros de igreja são assim. Quando o pastor se recusa a ser manipulado ou usado por elas, torna-se uma pessoa horrorosa.Continue a ler »Síndrome de Raquel

“Profeta, não dê palha ao povo!”

“O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale fielmente a minha palavra. Que tem a palha em comum com o trigo?, diz o SENHOR.” – Jeremias 23.28 (Almeida Século 21).

No meu tempo de aluno do Seminário do Sul, quando os alunos do primeiro ano iam pregar seu sermão de prova, os veteranos se alvoroçavam. Os calouros eram por eles chamados de “palhudos” e exortados a não pregarem palha. Na sala de aula de Homilética, um pequeno salão de cultos, com púlpito e tudo, aparecia o texto de Úxodo 5.7: “Não deis palha ao povo”. Era uma brincadeira que servia de laços de união. Eram tempos bons, também. Ninguém queria ser chamado de “palhudo”, que denotava o pregador fraco, relaxado. Os candidatos a pastores queriam pregar bem.

Deus não gosta de pregadores palhudos. Não do pregador fraco, mas de outro tipo de palhudo. Não é a palha de Úxodo que o incomoda, mas a palha da qual ele falou a Jeremias, os devaneios humanos.  Ao profeta, ele compara os sonhos com a palha e sua Palavra com o trigo. Havia gente pregando seus sonhos, tantos os oníricos como os devaneios, como se fossem Palavra de Deus. Como hoje: há gente trocando a Palavra de Deus, a Bíblia, sua revelação verbalizada e proposicional, pelos sonhos humanos. São púlpitos que têm vergonha de ecoar a Bíblia, porque a acham ultrapassada, e ecoam o coração humano.  E deixam de ser apaixonados pela Palavra e por Jesus, o fio de prumo para interpretar a Palavra, e se dizem apaixonados por Tillich, Nietzsche, Marx e outros confusos e fracassados. Sonhos humanos são palha, por mais bem intencionados que sejam. A Palavra é o trigo.Continue a ler »“Profeta, não dê palha ao povo!”

“Eu senti no meu coração!” E daí?

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“O coração é enganoso e incurável, mais que todas as coisas; quem pode conhecê-lo?” –

Jeremias 17.9 (Almeida Século 21).

No cenário evangélico contemporâneo, a maior vertente hermenêutica é o “sentismo”, junto com seu irmão, o “pensismo” ou o seu primo, o “achismo”. Para uma boa parte dos crentes, as posições espirituais são tomadas desta maneira: “Eu sinto em eu coração”, ou “Eu penso assim, ó”. Ou, ainda, “Eu acho assim, ó”.  É lamentável, profundamente lamentável, que a maior parte dos evangélicos despreze a autoridade das Escrituras e estabeleça seus sentimentos como padrão de conduta. Descrendo da Bíblia, desprezando o Espírito Santo que a inspirou, e crendo num espírito santo (com letras minúsculas) do tamanho delas, que elas confundem com seus sentimentos, procuram afirmar seus pensamentos como sendo os pensamentos de Deus. Elas acham que por crerem em Deus, o que elas pensam foi posto por Deus na mente delas. O neopentecostalismo, com sua anarquia espiritual e desmoralização da Bíblia, é responsável por isto. Eleva palavras de pecadores, que por serem pastores, acham que são divinos, e não podem ser contestados. Eles se consideram uma nova revelação. Como o herege Morris Cerulo, que declarou, certa vez; “Vocês não estão olhando para Morris Cerullo; estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus Cristo”. Blasfemo!

Jeremias seria estigmatizado por esta turma festiva de evangélicos que elevam seus pensamentos pecaminosos à categoria de revelação divina. A turma festiva o chamaria de “tradicional, carnal, sem poder, sem o Espírito Santo”. É o ônus de crer na Bíblia.Continue a ler »“Eu senti no meu coração!” E daí?

Um estudo em Tiago

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ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL – SECÇÃO MINAS GERAIS

UM ESTUDO EM TIAGO

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, outubro de 2009

INTRODUÇÃO

Vou começar do bastante óbvio. Não é que eu despreze a inteligência de vocês, mas farei assim para compor o quadro organizadamente, indo do já sabido para o que podemos discutir. Tiago é a primeira das chamadas “epístolas universais” ou “católicas” (“católico”, todos sabemos,  significa “universal”). São um total de sete: Tiago, 1ª e 2ª Pedro, 1ª, 2a, e 3ª João, e Judas. Receberam o nome de “universal” porque as de Paulo foram cartas para comunidades localizadas ou pessoas específicas. Eram particulares, embora devessem ser passadas para outras igrejas lerem, como vemos em Colossenses 4.16.  E Hebreus, é fácil de ver pelo seu conteúdo, é mais um tratado teológico que uma carta. Alguns estudiosos do Novo Testamento dizem que Hebreus é, pela sua forma literária e estrutura de argumentação, um sermão. Na realidade, é uma peça literária muito bem estruturada. Se o livro de Hebreus foi um sermão, quem o pregou tinha fôlego, tinha um auditório paciente, e uma inteligência excepcional.

Mas mesmo que seja considerada como uma epístola, Hebreus é também uma mensagem localizada e tem público destinatário restrito: foi escrita para cristãos que tinham sido judeus.  Seus valores teológicos são universais, mas há aspectos bem específicos que não podem ser generalizados. Estas cartas católicas foram endereçadas a todos os cristãos, em todos os lugares. Por isto que são universais. Esta universalidade se entende também em termos de épocas, não apenas de geografia. São para hoje, também.

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Advertência contra o humanismo

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“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz daquilo que é mortal a sua força e afasta do SENHOR o seu coração” – Jeremias 17.5 (Almeida Século 21).

Ameaçado de juízo divino por causa de seus pecados, Judá buscou solucionar o problema. Era bem fácil: arrependimento e postura correta diante de Deus. Isto eliminaria o juízo que viria pela Babilônia. Mas Judá tinha suas soluções: buscava alianças políticas ora com a Assíria, que destruíra Israel, ora com o Egito. Em vez de confiar em Deus, confiava nos homens. Por isso a palavra dura em Jeremias 17.5: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz daquilo que é mortal a sua força e afasta do SENHOR o seu coração”.

Abstraída do contexto e aplicada em seu sentido geral, como esta palavra é atual! A igreja contemporânea é tão humanista! Não é humana, é humanista mesmo. O humanismo é a doutrina filosófica que exalta o homem, que o vê como capaz, que exclui a necessidade de forças espirituais para ajudá-lo. Ele se basta. Como nossas igrejas confiam em planos, modelos eclesiológicos, modelos litúrgicos e líderes humanos! Como idolatramos pastores, gurus, bispos e “apóstolos”! Como os batistas confiamos em nossas instituições, juntas (a maior parte falindo), associações, comissões e GTs! Todos os nossos problemas, cremos, podem ser resolvidos por um Grupo de Trabalho! Nunca vi um chamado ao jejum e à oração por parte de toda a denominação para resolver nossos problemas administrativos (juntas, colégios e seminários semifalidos). Mas sempre temos planos. Que parecem não dar certo.

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Não há santos intercessores

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“O SENHOR, porém, me disse: Ainda que Moisés e Samuel intercedessem diante de mim, eu não mostraria favor a este povo. Manda-os embora da minha presença! Que eles saiam!” – Jeremias 15.1 (Almeida Século 21)

Iahweh estava tão desgostoso com Judá que mesmo que Moisés e Samuel intercedessem pela nação ele a destruiria. Em Ezequiel 14.14, o desgosto continua e mesmo que Noé, Daniel e Jó intercedessem nada conseguiriam.

Há duas lições daqui. A primeira é que não há transferência de santidade. O caráter de Noé, Moisés, Samuel, Jó e Daniel não beneficiaria os pecadores. Podemos orar intercessoriamente por alguém, para que Deus aja naquela vida, envie alguém para testemunhar, cure, mas nunca podemos salvar alguém com nossas orações. Nem nós nem os santos finados. Ninguém tem sobra de mérito espiritual para passar a outro. Vez por outra, em algum aeroporto, alguém com excesso de bagagem me pede para embarcar com material seu. Nego-me porque não sei quem é a pessoa nem o que ela transporta. Já vi gente fazer isto e se dar mal. Mas se com bagagem é possível, com Deus não há transferência de aparente crédito espiritual.

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Por que os picaretas se dão bem?

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“Por que o caminho dos ímpios prospera?” – Jeremias 12.1 (Almeida Século 21).

Pergunta inquietante. Jeremias não foi o único a fazê-la. Asafe também a fez (Sl 73). E também Habacuque (Hc 1.1-3). E milhões de pessoas, ao longo da história. Por que uma pessoa teme a Deus e as coisas dão erradas para ela, e um pilantra lesa todo mundo, não liga a mínima para Deus, e tudo sai bem para ele? Por que o mundo parece uma corrida de ratos, em que só os ratos se dão bem? Eu mesmo fiz estas perguntas, e mais de uma vez.

Um missionário sério se priva de muitas coisas da vida, vai para um lugar difícil para servir a Deus, passa necessidades, não tem recursos sequer para tocar a obra de Deus. Um falso obreiro ilude as pessoas, monta um império econômico, procede sem escrúpulos, mas como monta um esquema publicitário, é saudado como “servo abençoado”. O missionário sério passa a ser visto como homem sem fé, e que deve ter feito alguma coisa errada, para Deus não abençoar seu trabalho. Um crente se nega a adulterar documentos numa empresa e acaba sendo demitido por isso. Um empresário crente quer cumprir a lei, e vive encalacrado, endividado até a raiz dos cabelos. Outro falsifica notas, suborna pessoas, é desonesto, e enriquece.

Vale mesmo a pena ser decente? Vale a pena fazer as coisas certas?Continue a ler »Por que os picaretas se dão bem?

Pregadores da autoajuda e do triunfalismo

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“E curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz! Mas não há paz” – Jeremias 8.11 (Almeida Século 21)

A situação era terrível. Judá estava vivendo em pecado, caminhando para o desastre como o falecido Israel caminhara. Jeremias vê sua nação perdida na iniquidade, é chamado por Deus para adverti-la, mas não lhe davam ouvidos. Isto mostra que o pecado endurece o coração das pessoas a tal ponto que o petrifica. Elas passam a amar o erro.

E apareceram falsos profetas, com mensagens opostas as de Jeremias. Ele falava de juízo, eles falavam de vitória. Ele anunciava a necessidade de arrependimento, e eles anunciavam que bastava a vida religiosa festiva. Jeremias anunciava a tribulação trazida por Deus para sacudir o povo, mas eles  ofereciam shalom, que é mais que “paz”. É integralidade, a totalidade do bem estar, na plena posse das bênçãos de Deus. Jeremias era o profeta “durão”. Eles eram “os caras”.Continue a ler »Pregadores da autoajuda e do triunfalismo

Compromisso básico na adoração

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Preparado especialmente pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, para um encontro com músicos e interessados na música sacra, na PIB do Rio de Janeiro, dia 17.10.9

Foi Sócrates quem disse: “Se queres conversar comigo, define tuas palavras”. E dizia meu mestre, Dr. Purim, nos tempos áureos do Seminário do Sul: “Bem, bem, vamos definir os termos”. Evitarei, no entanto, as definições de dicionários. Elas manifestam, como citação, pobreza de conteúdo. Mas definirei do que falaremos.

Por compromisso, entendo um envolvimento responsável, que leva a firmar posições duradouras. Até aqui, tudo tranquilo. Por adoração não me refiro a entretenimento espiritual ou a um momento de cânticos. Adoração e louvor têm sido dimensionados em alguns segmentos como cantar corinhos e tocar instrumentos em alto volume, em ambiente agitado, enquanto algumas pessoas se exibem, e outras as coadjuvam, embevecidas. Mas o que queremos dizer com “adoração”?

UMA DEFINIÇÃO DE ADORAÇÃO

Cito uma observação de Bruce Shelley, respeitado teólogo americano, a quem tive o privilégio de receber em minha, casa em Brasília. Começo por este comentário:

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Não é louvor que Deus quer

“Pois quando tirei vossos pais da terra do Egito, não lhes falei nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas ordenei-lhe isto: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordenar, para que vos corra tudo bem” – Jeremias 7.22-23 (Almeida Século 21).

Temos uma enorme capacidade de adaptar a Palavra de Deus às nossas conveniências e convicções culturais. Ao invés de nos regermos pela Palavra, com muita facilidade subordinamos a Palavra a nós. Quem ouve (se consegue prestar atenção e consegue entender) os sermõezinhos dos grupos de louvor, antes de cada corinho, pode pensar que o que Deus mais espera de nós é que cantemos nos cultos.

O que Deus mais espera de nós não é culto, mas obediência. Isto fica bem claro no texto de Jeremias 7.22-23. Os contemporâneos do profeta pensavam que culto era mais importante que obediência a Deus. No versículo 24, Deus diz que pensando e agindo assim “andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração perverso. Andaram para trás, e não para diante”. Ou seja, fizeram o que lhes agradava, que não era, necessariamente, o que agradava a Deus.Continue a ler »Não é louvor que Deus quer

“Me engana que eu gosto!”

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“Os profetas profetizam falsidade, os sacerdotes dominam com autoridade própria, e o meu povo gosta disso. Mas o que fareis quando isso chegar ao fim?” – Jeremias 5.31 – Almeida Século 21.

Para Deus, “uma coisa espantosa e horrível” (Jr 5.30). Mas para o povo de Deus algo muito agradável. Os profetas profetizavam falsamente, e os sacerdotes, sem a autoridade de deus, usavam sua própria autoridade, para dominarem o povo. E este gostava da situação.

Qual era a profecia falsa dos profetas do tempo de Jeremias? Se ler o livro, você vai ver que era de um só tipo: eles anunciavam apenas coisas boas, nunca o juízo. E acusavam Jeremias de ser um homem duro em sua pregação. Deles, Deus disse que curavam superficialmente a ferida do povo, anunciando coisas boas (Jr 6.14). Mas, sem se preocupar em ter ibope, Jeremias disse deles que “agem com falsidade, desde o profeta até o sacerdote” (6.13). Jeremias era um homem desagradável. Falava de pecado, de juízo e chamava o povo ao arrependimento. Fosse pastor evangélico hoje, Jeremias seria um “dinossauro, um jurássico”, daqueles que anunciam coisas do passado. Os falsos profetas teriam um vasto fã clube, porque os pecadores não gostam de ser advertidos, mas adulados.Continue a ler »“Me engana que eu gosto!”

Nem sabão nem soda cáustica

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“Ainda que te laves com soda, e uses muito sabão, a mancha da tua maldade permanece diante de mim” – Jeremias 2.22 – Almeida Século 21.

Nem soda nem sabão podiam lavar as iniquidades de Judá, no tempo de Jeremias. “Soda e sabão”, metaforicamente, têm dois significados no texto. O primeiro alude aos atos de purificação legal e ritual. O segundo, aos esforços humanos, morais ou de outra natureza, para melhorar a situação espiritual. Jeremias podia estar se referindo a um ou ao outro. Ou aos dois. Eram inúteis para purificar os pecados da sua nação.Continue a ler »Nem sabão nem soda cáustica

Teólogos sem Deus

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“Os doutores da lei não me conheceram” – Jeremias 2.8 (Almeida Século 21)

Triste declaração da parte do Senhor: “Os doutores da lei não me conheceram”.  Havia em Jerusalém um grupo de teólogos que desconhecia a Deus e que empurrou Judá para a destruição. Esta é uma das maiores desgraças que pode acontecer também à igreja: homens que não conhecem a Deus liderando-a, e formando opinião de outros líderes. É a ruína da igreja. Teólogos sem Deus! Infelizmente os há! Conhecem algumas coisas sobre Deus, mas não conhecem a Deus.

O verbo traduzido por “conheceram” é declinação do hebraico yadha, cujo significado não é o conhecimento cognitivo ou informativo, mas experiencial e relacional. É o verbo usado para descrever a conjunção carnal entre marido e mulher. Como nas antigas traduções “E Adão conheceu a sua mulher”. Este é o maior tipo de conhecimento que se pode ter de uma pessoa, na cultura bíblica, a ponto dos dois serem uma só carne. Conhecem-se a ponto de se identificar e de fundir numa só pessoa.Continue a ler »Teólogos sem Deus

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