Correntes Teológicas Contemporâneas – Um Passar De Olhos
Isaltino Gomes Coelho Filho
O cenário teológico anda razoavelmente calmo, depois de algumas décadas de “furor”, com algumas correntes de destaque. Tivemos as teologias secularizantes, de fundo existencialista, como a da morte de Deus, com expoentes como Altizer, Hamilton, Robinson, Vahanian, Van Buren e outros menos cotados. Veio a da esperança, de Moltmann, e sua quase gêmea, próxima a ela, a teologia da história, de Pannenberg.
A teologia da libertação foi a grande estrela dos últimos anos. Com ela, a teologia saiu de salas de aula e gabinetes de teólogos para a mídia secular. Parte disto se deveu ao uso de categorias marxistas de pensamento como princípio hermenêutico, ou seja, como a ótica pela qual se interpreta a Bíblia. Como o marxismo é o ópio dos intelectuais, isso a projetou muito. Além disso, ela “pegou carona” no impulso dado pelas teologias secularizantes, porque sua cristologia se tornou em “jesuologia”, tomando o homem Jesus e não o Cristo, como referencial. Centrou-se no homem para os outros, o libertador social, o reformador, mais que no Salvador. O Reino de Deus se tornou reino dos homens e a evangelização se tornou luta política. Em termos gerais, é isso.
Passamos pela teologia situacional, de Fletcher, que mereceu, acertadamente, o título de ética da situação. Era mais práxis que teologia. Chamá-la de “corrente teológica” era uma impropriedade.
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