A ÉTICA RELACIONAL DOS PROFETAS
Palestra preparada pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a FATECH (Faculdade de Teologia e Ciências Humanas, de Macapá), e apresentada em 2.12.12, na 8ª. Semana Teológica “Religião e política na crise da civilização contemporânea”
Ontem falei sobre a ética pessoal dos profetas. Se alguém esperava um discurso político, frustrou-se. E hoje deve continuar frustrado. Mas creio que minha trilha é correta. Lembro-me de uma citação atribuída a Mark Twain: “Muita gente fala em mudar o mundo, mas ninguém quer mudar-se a si mesmo”. Primeiro os profetas e a igreja, que deve ser uma comunidade profética ao mundo, devem colocar sua vida em ordem. Depois terão condições de chamar o mundo à mudança. Ética começa com os que a apregoam. Eis uma oportuna citação de Tozer: “A noção popular de que a primeira obrigação da igreja é disseminar o evangelho até os confins da terra é falsa. A sua primeira obrigação é ser espiritualmente digna de disseminá-lo” [1]. Quero usar esta citação no contexto profético. Se a igreja quer falar de ética ao mundo deve lembrar que a ética deve começar em seus domínios. Por isso vou falar de ética relacional, hoje. Os profetas sabiam se relacionar. Nao eram apenas emissores de acusações aos outros. Sabiam como deviam viver, e é disso que quero tratar disto hoje.