Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 20.1.2013
Já declarei minha frustração com o fato de que a cruz foi posta de lado no louvor e na pregação atuais. No visual, alguns a trocaram pela estrela de Davi. Nos cânticos, foi substituída por expressões vazias, como “voar nas asas do Espírito”. Há um cântico que fala do rio que salva. É a salvação aquática, não pela cruz. Muitos púlpitos pregam o trono do cristão na terra (riquezas, saúde plena, vida sem problemas), não o chamado de Jesus para tomar a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).
A cruz é ofensiva ao pecador. Ela declara que nossos esforços nada valem para a salvação e que nossa virtude não nos justifica diante de Deus. A cruz diz o que somos sem meias palavras. Ela declara que somos pecadores e que precisamos do perdão que vem dela. Há hoje muito falatório com o nome do Espírito Santo, mas será que o Espírito leva a afastar-se da cruz e a perder o fascínio por ela? O Espírito apaga a cruz na vida da igreja? Sem a cruz a igreja não existe. Nossa redenção efetuou-se nela: “E eles cantavam um cântico novo: Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação” (Ap 5.9). Somos o povo formado pelo sangue vertido na cruz.
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