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fevereiro 2011

A SOMBRA DA CRUZ DESCE SOBRE ABRAÃO

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“A noite caiu, e veio a escuridão. De repente apareceu um braseiro, que soltava fumaça, e uma tocha de fogo. E o braseiro e a tocha passaram pelo meio dos animais partido” (Gênesis 15.17)

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

A situação que o velho patriarca vive é um momento de aflição para ele. O Eterno o chamou para celebrarem um pacto (berith, “compromisso”): “O Eterno respondeu: – Traga para mim uma vaca, uma cabra e uma ovelha, todas de três anos, e também uma rolinha e um pombo”. Ele se prontifica. Faz como lhe foi ordenado: “Abrão levou esses animais para o Deus Eterno, cortou-os pelo meio e colocou as metades uma em frente à outra, em duas fileiras; porém as aves ele não cortou. Então os urubus começaram a descer sobre os animais mortos, mas Abrão os enxotava” (vv. 10-11). Esta é a razão da aflição.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A maior de todas as orações” – João 17 – 3ª. parte (vv. 20-26)

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

É bom quando oram por nós! É bom saber que na nossa dificuldade alguém intercedeu por nós. Um dia Jesus orou por nós: João 17.20. Somos produto do trabalho lançado pelos apóstolos. Cremos na sua palavra e na história que deixaram para a posteridade, a mais bela de todas as histórias, a de Jesus. Mas ele orou por nós. Por mim e por você.  Que pediu?

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MULHER FILÉ, MULHER MELANCIA, MULHER PEQUI´¦

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da IB Central de Macapá, 27.2.11

 

 

Ouvia o noticiário, enquanto me arrumava para sair. Ouvi que a “Mulher filé” fora assaltada e agredida. Ignorava esta. Sabia da Mulher melancia, e de outra cuja fruta não guardei. Deve haver mulher pequi (desculpem-me, goianos, mas o cheiro deve ser de doer).

 

Que pobreza! Mas é um quadro de nossa época. O valor da mulher é medido pelo volume de certas partes de seu corpo. E algumas se tornaram ridículas. A tentativa de algumas de terem os lábios de Angelina Jolie produziu mulheres deformadas.

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NÃO SOMOS ÓRFÃOS

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Isaltino Gomes Coelho Filho

 

 

“Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós” (João 14.18).

 

Platão disse, sobre Sócrates, que ao morrer deixou ele os discípulos órfãos. Jesus vai para a morte, mas faz questão de dizer que não deixará os seus nesta condição. Não se trata da parousia, sua segunda vinda. Ele voltaria para aqueles discípulos, e não em um futuro remoto. Trata-se, como alguém definiu, de uma enfania, sua manifestação nos discípulos, vindo para morar neles. Seria sua volta pelo Espírito Santo. No dia de Pentecostes, Jesus voltou para sua igreja, na pessoa do Espírito Santo. É confortador para a igreja saber que Jesus não é um vulto distante na história, tanto na passada como na por vir. É um vulto presente. O Senhor da igreja está com a igreja: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

 

Alguns “teólogos” que perderam a fé ou que se perderam em seu raciocínio, gostam muito do jogo de palavras, de brincar com elas. Parece que trocaram a teologia pela poesia, que é agradável (quando é boa), mas é distinta. No jogo de palavras, um deles disse que quando a igreja se reúne é para celebrar a ausência de Deus. O culto é apenas para evocar saudades. O Pai está distante, e o Filho se foi. Morreu e acabou. Cristãos que têm uma experiência profunda com Deus sabem que o culto celebra uma presença, a de Jesus. Ele está com a igreja todos os dias, até o fim do mundo. Sabem que o Espírito não é uma evocação saudosa ou o sentimento comunitário da igreja, mas uma pessoa viva e real.

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ATÉ O BÚBADO SABIA

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Pr. João Falcão Sobrinho

 

 

O grupo de evangelismo de certa igreja estava na praça da cidade com toda a sua aparelhagem de som realizando um evento ao ar livre. Linda iniciativa! Um grupo de jovens, porém, começou o culto com uma série de “louvores” sem qualquer significado para os transeuntes não crentes. Um casal saiu para distribuir folhetos e encontrou, sentado num banco, as pernas cruzadas, um senhor de meia idade, visivelmente bêbado, mas não tão bêbado que não pudesse ter um agudo senso de observação. Erguendo o braço que segurava o folheto recebido do casal na direção do grupo de cantores, o bêbado falou. Sem o saber, disse algo que os nossos evangelistas, músicos e cantores deveriam conhecer com toda sobriedade. Disse o bêbado:

– Aquelas moças ficam ali cantando músicas sem pé nem cabeça, que a gente não entende. Por que não cantam “Foi na cruz?”. Aquela sim, era música que tocava o coração da gente.Continue a ler »ATÉ O BÚBADO SABIA

RUBI OU ESMERALDA

A Igreja Batista Central de Macapá completa jubileu de rubi (ou esmeralda). Surgiu como congregação em 1969, com cultos realizados pela irmã Ibéria Galvão em sua casa, na Mendonça Furtado, esquina com a Manoel Eudóxio Pereira, onde ainda está. Seu nome era Congregação Batista Luz do Evangelho.

Mais tarde, foi adotada pelos batistas bíblicos, com o nome de Congregação Batista Bíblica de Macapá, da PIB Bíblica de Vitória da Conquista, BA. Em 21.2.1971 foi organizada como PIB Bíblica de Macapá, pelo Pr. Gerson Rocha, com 15 membros, e filiada a Convenção Batista Bíblica da Bahia. A Central foi organizada por uma igreja da Bahia!

O Pr. Eurico Rabelo orientou a igreja a se transferir para a então Convenção Batista do Pará e Amapá, para ter assistência pastoral. Assim a Central foi adotada como congregação da IB Memorial de Macapá, em 1984. Poderia ter sido aceita diretamente na Convenção, mas seguiu este caminho. Mas é igreja desde 1971, embora o nome original fosse PIB Bíblica de Macapá. São 40 anos de existência.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A maior de todas as orações” – João 17 -2ª. parte (vv. 9-19)

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CULTO DE ESTUDO BÍBLICO E ORAÇÃO – 16.2.11

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Continuamos a estudar a mais profunda oração de Jesus. Na primeira parte vimos alguns temas da oração: o amor de Deus, sua glória, a união entre as pessoas da trindade, e o que é vida eterna (vv. 1-8). Hoje vemos a visão que Jesus tinha dos seus discípulos, que eram a igreja iniciante. Depois, no último estudo, como ele pensava em sua igreja no futuro, ou seja, em nós. Nosso texto hoje é do versículo 9 ao 19. A análise de algumas expressões nos esclarecerá seu pensamento.

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Motivações Ocultas dos Liderados

Dr Marcelo Quirino

Psicólogo Clínico

www.marceloquirino.com

 

Muitos líderes se perdem entre os conflitos que emergem no seio de suas equipes. Encontram-se perdidos, impacientes e confusos ante a determinados conflitos de liderados que não se explicam, nem se resolvem.

 

O líder pensa: já estabeleci funções, limitei papéis, admoestei, orei, fiz de tudo para com quase todos e essa problemática não se resolve. Sempre há conflitos que se repetem entre a mesma pessoa ou grupo.

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E AGORA, MALCO? O QUE FAZER?

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Isaltino Gomes Coelho Filho

 

“Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco” (João 18.10).

Homem curioso. Famoso não por si, mas pela orelha. Não fosse ela, ninguém saberia que ele existiu.  Nada sabemos dele, além de que era servo do sumo sacerdote, e seu nome. Malco é a forma helênica do hebraico Meleque, “rei”. A tradução de Chouraqui diz que sua orelha foi “decepada”. Parece ter havido uma pequena luta entre o grupo que veio prender Jesus, do qual ele fazia parte, e alguns discípulos. E eis sua história: na luta ele perde a orelha, Jesus a recompõe (conforme Lucas), e pronto. Só isso. Nada mais se fala dele.

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MISSÕES MUNDIAIS CHEGOU!

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 13.2.11

 

As convulsões do planeta (terremotos, vulcões, tsunamis, secas e enchentes) suscitaram perguntas sobre o fim do mundo. A pergunta é: “O fim do mundo está perto?”. Citam Lucas 21.25-26: “E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia das nações em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Os homens desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto os poderes do céu serão abalados”.

 

Prefiro “fim da história” a “fim do mundo”. Creio na restauração final de todas as coisas, com a continuação do cosmos, à luz de Romanos 8.18-21 e Apocalipse 21.1.

 

O sinal mais forte da volta de Cristo não são catástrofes, mas a evangelização mundial: “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24.14). Cristo voltará após grande evangelização mundial, com a conversão de pecadores. Isto está acontecendo. Diariamente são batizados 32.000 cristãos na África. E 20.000 na China. O evangelho está voltando às origens: deixando de ser de brancos e ricos. Está se tornando pobre, terceiro-mundista, e não ocidental. Como no início.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A maior de todas as orações” – João 17 -1ª. parte (vv. 1-8)

IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ

CULTO DE ESTUDO BÍBLICO E ORAÇÃO – 9.2.11

ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A maior de todas as orações” – João 17 -1ª. parte (vv. 1-8)

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Jesus tinha vida intensa de oração. Orava muito. Esta não foi a maior de suas orações, mas, das registradas, é a mais profunda. É chamada de “A oração sacerdotal de Jesus”. É um momento dramático. Ele sabe que chegou a hora (v. 1). É sua primeira declaração.  Estava consciente do que aconteceria. É a partir daqui que entendemos a oração. Chegou a hora da cruz. O que aprendemos desta oração de Jesus?

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A BRIGA DOS ADESIVOS

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Eu pastoreava em Manaus, quando presenciei este episódio um tanto quanto insólito. Tão insólito que preciso reafirmar que aconteceu mesmo. Morava, na ocasião, próximo à Praia da Ponta Negra, no Condomínio dos Advogados. Ia para casa. À minha frente, entre muitos, seguiam dois veículos que me chamaram a atenção. Ambos traziam adesivos evangélicos colados nos vidros traseiros. Um deles dizia: “Nenhuma maldição chegará a tua casa” e o outro, “Manaus é do Senhor Jesus”. Em determinado momento, por uma dessas circunstâncias de trânsito que não se consegue explicar, os dois quase colidiram lateralmente. O “Nenhuma maldição”, irritado, deu uma buzinada forte à qual o “Manaus é do Senhor Jesus” retrucou com outra, não menos forte nem menos longa.

 

Chegamos a um semáforo onde fomos obrigados a parar, os dois lados a lado, e eu atrás de um deles. Neste instante, o “Maldição” gritou alguma coisa (que não deve ter sido propriamente um elogio) que obteve pronta resposta do “Manaus”. Que também não deve ter sido um elogio. Acho que as mães dos dois, que nada tinham a ver com a história, a não ser tê-los gerado, receberam algumas palavras um tanto depreciativas. Pouco depois vinha um quartel, próximo a uma praça, onde “Maldição” e “Manaus” seguiram rumos diferentes, mas não sem antes trocarem gestos obscenos e seguirem sua viagem, ambos irritados.

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FOME E SEDE DE JUSTIÇA

Mateus 5.6

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Publicado originalmente na revista “Você”.

De todas as necessidades básicas do homem, beber e comer são as mais fortes. Basta dizer que, sem o atendimento a elas, morremos. Fome e sede são expressões de que estas necessidades, comer e beber, precisam ser atendidas. Jesus diz que é bem-aventurado quem tem fome e sede, mas não de água e de comida, mas de justiça. Estranho, não é? No entanto, esta bem-aventurança é de uma profundidade sem par para o nosso tempo. Mas o que significa, exatamente? Temos fome e sede de comida e de água. Mas de justiça, o que significa? Como é possível isto?

 

FOME E SEDE

É de justiça que se fala. Mas comecemos por “fome e sede”. Este é o grau de intensidade pela justiça. Ela deve ser desejada em nível de fome e sede.

A fome era um fantasma a assombrar a humanidade naqueles tempos. Ainda hoje ela é o grande inimigo do homem, mas nos tempos bíblicos foi devastadora e matou milhares de pessoas. A Bíblia relata vários casos, sendo as mais famosas as do tempo de Abraão (Gn 12.10), a que veio sobre o mundo no tempo de José (Gn 41.52) e a do tempo de Rute (Rt 1.1).  No Novo Testamento, temos o registro de uma fome mundial profetizada por Ágabo (At 11.28). A fome era conhecida do homem do Oriente antigo. Some-se a pobreza a isto. As pessoas mal tinham o que comer. Pragas de insetos, secas, guerras, a pobreza do solo na região, tudo isto contribuía para uma vida de escassez de alimentos.

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UMA ORAÇÃO SEM SENTIDO

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Isaltino Gomes Coelho Filho

“Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8-9).

 

Um corinho muito cantado em algumas igrejas diz: “Quero te ver, quero te tocar… revela-te a mim… conhecer-te eu quero mais”. Sua música é envolvente e sua letra expressa um desejo de mais profundidade espiritual. Seu conteúdo se assemelha muito com o pedido de Felipe. “Mostra-nos o Pai”, disse ele. O pedido deste discípulo manifestava um desejo sincero, como o de muitos crentes, o desejo de ter um relacionamento mais profundo com Deus. Isto é saudável. Mas o pedido não faz sentido. Ninguém pode ver o Pai, como ele disse a Moisés: “E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver a minha face e viver” (Úx 33.20). No Novo Testamento lemos: “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4.20-a). O pedido pode ser sincero, mas não faz sentido.

 

Quem queira ver a Deus deve olhar para Jesus. É nele que vemos Deus. Recebi um e-mail falando sobre as manifestações da presença de Deus. Uma mensagem bem elaborada, dizendo que Deus está na natureza, no sorriso de uma criança, num gesto de amor. Isso é panteísmo. Deus não está nas coisas. Não está na natureza, nem no sorriso de uma criança, nem num pôr-do-sol, embora estas coisas sejam bonitas. Evitemos teologizar com base no sentimentalismo. Deus está em Cristo: “Deus estava em Cristo…” (2Co 5.19). É em Cristo que vemos Deus. Dele, com muita propriedade, Paulo disse: “o qual é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). “Imagem” é o grego eikon, que tinha também o sentido de “espelho”. É uma figura muito preciosa. Quando Deus olha no espelho há um rosto nele, o de Jesus. Quando Jesus olha no espelho, há um rosto nele, o de Deus. Jesus é Deus.

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VAI ENTRAR PARA O CULTO?

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Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 13.2.11

 

Domingo passado preguei em Jeremias 7.1-6: “Vai entrar para o culto?”. O profeta recebeu ordem de pregar ao povo antes deste entrar no templo. Apresentei três divisões no sermão: 1. Vai entrar para o culto? Converta-se (v. 3); 2. Vai entrar para o culto? Livre-se da falsa religiosidade (v. 4); 3. Vai entrar para o culto? Conserte os relacionamentos sociais (vv. 5-6).

 

No último tópico falei de crentes que brigam, racham igrejas, não se submetem aos demais. Saem pisando duro, fraturam o corpo de Cristo, deixam amarguras. Depois vão adorar em outro lugar, como se nada tivessem feito. Lembram o cavalo de Átila: morre a grama onde pisam. Um colega falou-me de uma família de sua igreja que se faz ativa em todas as fraturas da igreja. Em todas as crises, nos últimos vinte anos, a família se fez presente. Mas ela se intitula de “família de adoradores”, por haver nela muitos músicos.

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BUZINAR OU OBEDECER?

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos (…) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama…” (João 14.15, 21).

 

Em Igreja, corpo vivo de Cristo, Stedman, ao narrar um momento na Peninsula Bible Church, diz: “Um jovem soldado, de farda, entra com o seu jipe no espaço ao lado do Volkswagen. No pára-choque está escrito: ´˜Se você ama a Jesus – buzine!´. Ouvem-se várias buzinas. Ele salta do carro e acena enquanto anda em direção à igreja” (p. 5). Parece que Stedman acha isso muito bonito. Entendo que deve haver algum significado nisso. Alguém que ama ao Senhor Jesus se identifica ao motorista, que também ama a Jesus. E mostra o amor buzinando. Deve ser isso.

 

O livro está defasado nas ilustrações (a primeira edição em português é de 1974). O que era alternativo hoje é padrão. Naquela época era inusitado mostrar sua fé através de buzina. Ou de outra maneira exótica. O inusitado de 1974 é rotina em 2011. As pessoas querem mostrar sua fé por atos que não envolvem, necessariamente, compromisso ou entrega da vida. Antigamente se cria que a evangelização era a maneira de levar as pessoas a serem de Jesus. Hoje se coloca uma placa na entrada da cidade: “Coxipó de Poconé de Conceição do Mato Dentro é do Senhor Jesus”. Pronto, Coxipó é de Jesus. Ou pior, ainda: aluga-se um helicóptero e joga-se óleo lá de cima, para “ungir Coxipó de Poconé de Conceição do Mato Dentro”. Agora, a cidade ficou “ungida”. Mas nada mudou. A violência continua, a prostituição não recua, o uso de drogas avança, mas declarou-se Coxipó como sendo de Jesus. Ou “ungida” para ser de Jesus. Recordo-me de uma cidade do interior de São Paulo que ostenta uma placa, em sua entrada, dizendo que ela pertence ao Senhor Jesus. E recordo-me de ter lido um relatório da Secretária de Segurança do Estado de S. Paulo em que tal cidade era a mais violenta do estado. E me recordo de 1João 5.19: “… o mundo inteiro jaz no Maligno”.

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