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Isaltino

Falha humana e graça divina

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Uma palestra preparada e apresentada por Meacir Carolina Frederico, para as senhoras da Igreja Batista Nova Vida, Valparaíso de Goiás

“Um carregador de água levava ao seu rei dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta da vara a qual carregava atravessada em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura e vazava muita água, enquanto o outro era perfeito. Foi assim por muito tempo. O carregador entregando um pote cheio e outro pela metade.

O pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição e sentia-se muito triste por ser incapaz de realizar o seu trabalho.

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Selvageria no futebol e o papel das igrejas

Isaltino Gomes Coelho Filho

Outra manifestação de selvageria no futebol: torcedores do Corinthians atacaram torcedores do Vasco da Gama, o que causou a morte de um e ferimentos em outros. A notícia começa assim, em site da Internet: “As investigações da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) podem fazer com que até 22 corintianos respondam, presos, por terem participado da briga com os vascaínos. Nesta quinta-feira, pelo menos cinco haviam sido indiciados” (5.6.9). A coisa foi feia: “Segundo a delegada Margarette Barreto, no confronto de ontem foi possível encontrar barras de ferro, facas e veículos manchados com sangue em poder de torcedores que serviram de indícios para justificar suas prisões em flagrante”.

Como sempre, dão-se justificativas, fala-se de paz no futebol, e talvez alguma campanha com atraentes slogans seja lançada, e seus autores sejam elogiados pela iniciativa. Há anos que isto acontece: briga de torcidas, mortes, violência mortal. Há anos que surgem “campanhas de conscientização” (devemos ser o país mais conscientizado do mundo, tantas são as campanhas) porque tomar providências é repressão, e isto não é correto. Quando é que ações serão tomadas, no lugar do blábláblá conscientizador? As campanhas falham porque partem de um pressuposto: o homem é bom, e lhe falta educação. Informado, educado, conscientizado, ele se redime por si mesmo. Como se quem construiu as câmaras de gás nazistas não fossem engenheiros… Como se doutos pastores não tivessem saudado o nazismo, como outros saudaram o comunismo como redentores da humanidade. O problema humano não é mais ou menos educação, embora ela seja necessária. É pecado. Mas a cultura positivista da intelectualidade brasileira nos moldou com a idéia de que o progresso vem pela ciência, pelo estudo, pela educação. Religião é coisa ultrapassada. E muitas igrejas e pastores têm sido moldados pela cultura secular, e não pelo evangelho.

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O melhor é um ministro e igreja com visões de ministério ajustadas

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JAIR FERNANDES
ESPECIAL PARA O BATISTA BAIANO

Isaltino esteve em Feira de Santana no fim de março para pregar nas conferências do sétimo aniversário da Igreja Batista Nova Alvorada e também falou a pastores e líderes da região sobre liderança eclesiástica, tema desta entrevista, concedida após o culto da noite do domingo (29) e com trechos compilados, com autorização do autor, do texto base da palestra.

Em sua palestra, você apontou dois tipos de liderança a partir do quesito da autoridade. Quais seriam?

É preciso ressaltar que autoridade, aqui, não significa mando, mas reconhecimento e aceitação. O primeiro tipo é a liderança extrínseca, que vem pela força do cargo, quando uma pessoa é elevada a uma função, hierarquicamente, e as pessoas a acatam. É obedecida mas não necessariamente acatada ou reconhecida. Há gerentes que são gerentes por tempo de serviço ou relacionamento com alguém da cúpula, mas não são líderes. O trabalho é, via de regra, uma bagunça. Mantém-se por uso de disciplina, risco de demissão, etc. O segundo tipo é a liderança intrínseca.

Como funciona esse tipo de liderança intrínseca?
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O Piauí e o Mato Grosso do Sul são frios, o Canadá é um país tropical e o tomate é marrom

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Isaltino Gomes Coelho Filho

Explico o título. Decidi seguir uma hermenêutica teológica e assim analisei o mundo por ela.

Estive em Teresina por cinco dias. Falei ao Seminário de Teresina, às Ordens de Pastores das Convenções do Meio Norte e Piauiense. Choveu o tempo todo. Até fez frio. Eu vi teresinenses agasalhados. Houve algo inusitado: um rapaz foi atravessar uma enchente com sua moto, esta foi derrubada e ele morreu afogado numa das ruas de Teresina. Além de frio, o Piauí é alagadiço. Os livros e a Internet dizem que não. Mas eu experimentei. Eu tive a experiência de que o Piauí em geral e Teresina em particular são frios e alagadiços. É preciso roupa de frio para viver lá. Eu tive esta experiência. Se outros não a tiveram, paciência, mas eu tive, e minha experiência é real. Não importa o que está escrito e o que seja. Eu senti.

Em Campo Grande foi pior. Preguei na igreja do Pr. Oswaldo Bomfim, colega de turma no Seminário do Sul. Que frio! Dizem que uma das noites deu 6 graus. Acredito! Voltei para casa num vôo de 5h30 da manhã e o vento cortava meu rosto enquanto caminhava para o avião. O Mato Grosso é gélido. Estão errados os livros e os que dizem que não. Minha experiência prova que o Mato Grosso é frio e se precisa de agasalhos pesados para viver lá.

Estive no Canadá. Fazia 31 graus, com um sol seco, ardido. As pessoas se banhavam no lago Erie, porque o calor era forte. Vi que o Canadá é um país tropical, muito quente. Não adianta os livros dizerem que não. Eu tive a experiência de que o Canadá é quente e seco, com um clima ardido. Até suei lá.

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A Noiva Descabelada

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Isaltino Gomes Coelho Filho

A figura de “noiva descabelada” foi usada por um obreiro valioso, falando da necessidade da igreja se santificar. Segundo o colega, Cristo virá buscar sua noiva, mas não uma noiva descabelada.

Mas virá, sim. Ele virá, encontrará e levará consigo uma noiva descabelada. A igreja precisa muito de santidade. Creio que esta é sua maior necessidade. Mas não é a santidade que a levará para morar com Cristo. É a graça dele. Não seremos levados por causa de nossa santidade, mas por causa da graça. Fomos salvos pela graça. Seremos levados pela graça.

A igreja sempre andou descabelada. Nunca foi perfeita. O apóstolo Paulo trabalhava para apresentar a igreja como “virgem pura” a Cristo (2Co 11.2), mas nunca pensou numa igreja perfeita, sem um fio de cabelo fora do lugar. Tanto que alguns serão salvos “como que pelo fogo” (1Co 3.15). Imperfeição sempre foi a marca da igreja. Não nos equivoquemos: somos salvos, mas ainda somos pecadores e ainda pecamos. E ainda pecaremos. Nunca chegaremos à impecabilidade, porque se assim fosse, a graça seria desnecessária. A graça de Deus o faz aceitar descabelados. Não seremos salvos pela perfeição do nosso penteado, mas pela graça de Deus em Jesus Cristo. Salvação é graça e não mérito. Santidade é necessária, mas é a graça que salva. Como disse Petersen, bem humorado: “Nenhuma igreja jamais existiu em estado puro. É composta de pecadores. As pulgas acompanham o cachorro”. E Lutero: “A face da igreja é a face do pecador”.

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Uma Incursão Indevida

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Isaltino Gomes Coelho Filho

Leio livros simultaneamente. Por vezes, detenho-me mais em um que em outro. Assim lia “A maldição do Cristo genérico”, de Peterson, “As novas passagens masculinas”, de Sheey, e “Paris no século XX”, de Júlio Verne. Este é um romance de Verne, escrito no século XIX, recusado por seu editor. Meacir e eu lêramos uma ficção sobre Santos Dumont, em que uma possível amizade entre ele e Júlio Verne é relatada, e cita-se esta obra rejeitada. Por isto ela comprou o livro, leu-o, e eu, na sua esteira, também o li.

O editor de Verne considerou a obra fraca, e suas cartas dizendo isto ao escritor são transcritas no livro. Não sou um literato, mas creio que fugiu um detalhe ao editor: a visão futurâmica e as descrições de máquinas que seriam inventadas, comuns em Verne, não são o forte na obra, mas sim sua análise dos personagens. Sempre genial, o francês antecipou seu tempo. Fez uma análise psicológica de pessoas numa sociedade tecnológica, mostrando principalmente a situação do adolescente Michel, um intelectual, que gosta de literatura e poesia, numa sociedade em que estas foram banidas e se privilegiava a técnica e a mecânica.

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Crises na vida do pastor e reflexos na família

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Preparado e apresentado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, em alguns encontros de Ordens de Pastores Batistas

INTRODUÇÃO

Para iniciar esta minha palavra, apresento minhas credenciais. Tenho dois filhos, um casal. Ele é diácono e ela é crente atuante, de testemunho evangelístico. Ambos têm cursos seculares, mas fizeram disciplinas avulsas na Faculdade Teológica Batista de Campinas. Ele ainda fez uma, na Faculdade Batista de Teologia do Amazonas. Minha esposa, após 37 anos de casados, ainda anota meus sermões. Registra todos os esboços em sua Bíblia. Costumo dizer que sua Bíblia tem mais palavras de Isaltino que palavra de Deus. Ela me leva a sério.

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A saúde doutrinária e espiritual da igreja

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho e apresentado no Congresso da Ordem dos Pastores Batistas Fluminenses, 7 de maio/2009

INTRODUÇÃO

Não me deterei em doutrinas específicas, nesta palestra. Falarei da saúde doutrinária e espiritual da igreja, sem entrar em questões particulares. Minha linha é esta: como ter uma igreja saudável, tanto doutrinária como espiritualmente, de modo que ela esteja razoavelmente imune a problemas de ordem doutrinária? Como dar estabilidade doutrinária à igreja, sem ser maçante? Como desempenhar o ministério de maneira que a igreja atravesse incólume o mar das novidades doutrinárias? Sempre procurei pastorear o rebanho com um projeto de trabalho que lhe desse saúde doutrinária, de modo a não sofrer com heresias. E com um projeto de trabalho que lhe desse saúde espiritual, de modo a crescer. Pastoreei igrejas que cresceram e que viveram sem traumas doutrinários. Quero falar um pouco disto.

Fui preletor em um congresso de jovens, falando sobre o assunto que me pediram. Encerrada a palestra, secundou-me o “dirigente de louvor” (?), que de chofre declarou: “Não me interesso por doutrina, só por Jesus!”. Pedi o microfone de volta, e com respeito e calma, perguntei: “Sem doutrina, que Jesus você tem?”.Continue a ler »A saúde doutrinária e espiritual da igreja

Tem Cuidado Da Doutrina

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho e apresentado no Congresso da Ordem dos Pastores Batistas Fluminenses, 6 de maio/2009

“Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino…” – 1Timóteo 4.16

INTRODUÇÃO

O Dr. Olavo Feijó tratou da primeira parte deste versículo, ao falar da saúde pastoral. Cabe-me falar da segunda parte, que é o pastor cuidar do ensino. O título de minha palestra é “Tem cuidado da doutrina” e a aparente discrepância entre texto bíblico e título da palestra será esclarecida daqui a pouco.

O conceito hebraico que corresponde ao nosso conceito de “doutrina” é leqâh, que traz a idéia de “o que se recebeu”. Pode ser uma herança ou um ensino, ou, ainda, uma tradição. Este termo se ajunta ao hebraico torah, que, desvestido do caráter sagrado que tem no judaísmo, tem a idéia de “um corpo de ensino revelado”. O primeiro termo parece ter um significado mais afável. O segundo parece ter um significado mais sagrado, mais canônico.

No Novo Testamento, a palavra é didaskalia, que no texto de nosso encontro, em 1Timóteo 4.16, foi traduzido pela Versão Revisada e pela Século 21 como “ensino” e pela Revista e Atualizada como “doutrina”.Continue a ler »Tem Cuidado Da Doutrina

O País Doente

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Isaltino Gomes Coelho Filho

No jornal “Folha de S. Paulo”, dia 27 de abril, Ruy Castro escreveu um artigo intitulado “O país doente”. Ele alista o que o faz pensar assim. Para facilitar meus leitores, enumerarei seus itens. Se entendi bem, tudo aconteceu em um dia só.

  1. Um bebê de quatro meses foi levado pela mãe e tia a um hospital no Rio. O bebê estava com fraturas antigas e novas nos braços, pernas e clavícula, além de hematomas por espancamento. Pai e mãe espancavam o bebê porque ele chorava.

  2. Em Goiânia, uma menina de nove meses foi atacada a tesouradas pela mãe e foi salva pelo pai, que arrombou a porta do banheiro onde a mulher se trancara com o bebê. Ela iria matar a menina porque recebera “ordens de Deus para sacrificar a criança”.

  3. Horas depois, na mesma Goiânia, um PM reformado espancou a filha de um ano e um mês porque ela “se recusava a falar”. A mãe do bebê foi defendê-lo e foi espancada.

  4. Em Santana do Livramento, RS, uma mulher de 42 anos matou os dois filhos, de oito e seis anos e depois se suicidou. Estava desesperada por ter sido abandonada pelo marido, sem pensão, com a mãe doente e dois filhos para criar.

  5. Em Porto Ferreira, SP, uma mulher espancou os netos, uma menina de quatro anos e um menino de dois, com uma chave inglesa.

Depois de alistar estas violências, que sequer são a ponta do iceberg, Ruy Castro afirma, como conclusão de seu artigo: “Mais do que nunca no Brasil, a violência está também dentro de casa. Quando nem crianças e bebês sentem-se a salvo de seus pais, tios ou avós, é porque o país parece definitivamente doente”.

Nenhuma opinião, nenhuma alternativa à violência. Apenas a constatação. Evitou pelo menos nos agraciar com mais sociologismos. Eu, de meu lado, não evitarei nem me constranjo em teologizar. Sou um cristão assumido, minha cosmovisão é bíblica, procuro entender o mundo pela Bíblia e vejo nela as respostas para a humanidade. Não pretendo ensinar nada a Ruy Castro nem a outras pessoas. Mas quero expor meu ponto de vista. Numa sociedade em que todo mundo tem direito a ter opinião, expendo a minha. Tenho direito. E podem me chamar de fundamentalista (geralmente as pessoas nem sabem o que isto significa) ou “mente fechada”. Mas deixo bem claro: minha opinião vem da Palavra de Deus. E prefiro ser um fundamentalista da Bíblia a um fundamentalista segundo o mundo. Porque há fundamentalistas mundanos. E são terrivelmente patrulhadores. Mas, conscientemente, dou-lhes munição: o que a Bíblia diz?

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Às Mães, Com Carinho

O segundo domingo de maio é reservado para comemoração do dia das mães. Tradicionalmente, nesta data, recordamos desta bênção divina, que é a mãe. Infelizmente, a data se tornou mais um motivo comercial, com forte apelo emocional. Mas é uma data a ser vista com muito carinho. É verdade que não precisamos de um dia especial para nos lembrarmos que temos mãe, mas é, com justiça, um dia especial, reservado para aquela que marca a vida de cada um de nós. É quando nos lembramos daquela que nos gerou, que nos amamentou, que cuidou de nós, que nos orientou na vida, dando de si para nosso bem-estar. Recordo-me de minha mãe que transmitiu um dos maiores tesouros que carrego até hoje: ela me alfabetizou, me deu meu primeiro livro, quando eu tinha 6 anos, e me comprava revistas. Até hoje guardo um almanaque do Tico-Tico, dado por ela! Dona Nelya Werdan criou em mim o amor pela leitura e pelo estudo. Tesouros maternos… Todos nós temos recordações de tesouros que nossas mães nos legaram.Continue a ler »Às Mães, Com Carinho

Eu Sou Dizimista…

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Isaltino Gomes Coelho Filho

O dízimo é uma questão discutida entre nós. É aceito pela maioria dos membros da igreja, embora nem sempre esta o pratique. É contestado por alguns. Em meus anos de membro de igreja e de ministério pastoral nunca vi uma só pessoa se opor a ele porque queria dar mais. Os oponentes o são para dar menos ou não dar nada. Queda-me a impressão que os combatentes do dízimo se sentem incomodados em dar seu dinheirinho para a igreja.

Não tenho interesse em debater a questão. Sou dizimista. Prazerosamente. Sinto-me realizado quando vou à frente devolver meu dízimo (dízimo não se dá nem se paga; devolve-se). E não quero converter alguém ao “dizimismo”. A recusa em praticá-lo será acertada com Deus. Mas alistarei as razões pelas quais sou dizimista. Quem não as aceita, tudo bem. Mas assim como não recebe meus argumentos, não me dê os seus. Dispenso-os. Sou feliz em ser dizimista.

Entendo que dízimo não é questão de doutrina. Discutir se é da lei ou da graça não me é relevante. Nem me abalo com a idéia de que não está expresso no Novo Testamento. O primeiro dizimista foi Abraão (Gn 14.18-20). Ele não viveu sob a Lei, que veio 430 anos depois dele (Gl 3.17-18). Dízimo não é criação da Lei. Outro argumento, em linha oposta, é que o dízimo era praticado em religiões pagãs, antes de ser incorporado à Lei. A oração também era praticada por pagãos, inclusive pelos defensores de Baal (1Rs 18.26ss). Os cânticos também eram oferecidos às falsas divindades. Em “A epopéia de Gilgamesh” (personagem de 2.700 a.C.) há orações, músicas e ofertas às pseudodivindades. Recusar-se ao dízimo, alegando que estava entre os pagãos, e gostar de cantar, de “ministrar louvor”, que também havia entre os pagãos, me soa incoerente. Continue a ler »Eu Sou Dizimista…

Promiscuidade e Poder

Bráulia Ribeiro

O governo brasileiro decidiu meter a “colher”, até na vida sexual de seus súditos, ops, digo: cidadãos. Quando se lê as cartilhas escritas pelo governo para o ensino de sexualidade nas escolas, o texto e os desenhos absurdamente explícitos excitam até aos adultos. As cartilhas tornam desnecessária aos curiosos a compra de guias sexuais como o Kama Sutra. Basta colocar as mãos numa destas cartilhas feitas para o ensino fundamental em casa, que o casal já vai ter informações novas para “apimentar” bastante sua vida sexual.Continue a ler »Promiscuidade e Poder

Cadela náufraga nada 10 km e sobrevive em ilha deserta

Isaltino Gomes Coelho Filho

A Internet traz notícias absolutamente irrelevantes, o que atende às necessidades de uma sociedade fútil, oca e medíocre como a nossa. Fiquei sabendo, por exemplo, que “Ronaldo estuda” rapar a cabeça para as finais do campeonato paulista de futebol. Puxa, “estuda”! Tal consideração deve tomar horas de excogitações. Pude imaginar Ronaldo com a mão no queixo, dizendo-se: “Rapar ou não rapar: eis questão!”.

Mas, ironias à parte, e antes que corintianos me enviem emails zangados, há histórias que enriquecem. Como esta, da cadela Sophie Tucker (o nome é em homenagem a uma comediante americana), que caiu de um iate na costa da Austrália e foi encontrada quatro meses depois, em uma ilha remota. Seus donos, o casal Jan e Dave Grifith, navegavam por mar agitado na altura de Mackay, na costa de Queensland, em novembro passado.

cadela_

Reprodução

Sophie Tucker, da raça australian cattle dog, nadou quase 10 quilômetros até chegar a uma ilha, onde foi encontrada

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O poder do toque de Jesus

Por Balnires Jr.

Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, diztoqueendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra. Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo. (Mateus 8.1-4)

Tendo encerrado o primeiro dos cinco grandes sermões de Jesus, Mateus reinicia a narrativa bíblica agora apresentando uma série de milagres.


Durante seu ministério, Jesus operou grandes milagres que têm sido confirmados tanto em escritos cristãos como nos não-cristãos e até mesmo por opositores de Jesus, embora estes atribuíssem a realização destes milagres a magias e encantamentos.

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Obrigado, Feliciano Amaral

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Ganhei do atencioso amigo Pr. Israel, de Maceió, dois CDs do cantor evangélico Feliciano Amaral. Ouvi-os várias vezes. Que edificação! Obrigado, Israel.

Fiquei encantado em ouvir Feliciano na assembléia da CBB, em Brasília. Que voz, que simplicidade, que unção! Sem estardalhaço, sem exibicionismo. Unção não se proclama nem se trombeteia. Apenas se tem. Quem tem não precisa mostrar, pois ela aparece. E não é preciso gritaria para louvar a Deus. Continue a ler »Obrigado, Feliciano Amaral

Páscoa, o que significa isto?

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Uma meditação pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Páscoa vem do hebraico pesach, “passar sobre”. Foi quando Israel, após 400 anos de escravidão no Egito, foi libertado miraculosamente por Deus, e constituído como seu povo. A páscoa era o pacto entre Deus e Israel. Deus cuidaria do povo e Israel lhe seria obediente. Sua instituição está em Úxodo 12.1-13:

Neste texto destacamos três aspectos: o cordeiro, o participante e o sangue do cordeiro. Analisamos os três separadamente, ajuntando depois suas partes, e cotejando com a pessoa de Jesus, podemos entender um pouco mais sobre o significado cristão da páscoa. A páscoa judaica era também uma profecia factual, que se cumpriu em Cristo. Continue a ler »Páscoa, o que significa isto?

UM Fenômeno Corporal E NÃO ESPIRITUAL (uma reflexão sobre o cair no espírito)

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Pr. Jurandir Marques – pas_jurandir@hotmail.com.

Textos: Efésios 4. 1-16; 1 Cor. 14.33.

É uma prática que perdeu a sua ênfase anos atrás, mas que agora volta. Nas reuniões praticadas pelo nascente grupo Templo dos Levitas, em Tangará da Serra,  MT, alguns batistas, saudosos dos encontros que reuniam centenas de irmãos, lá voltaram e encontraram uma realidade diferente. O acampamento não é mais “aquele”! Houve práticas que alguns estranharam e que outros se assustaram. Solicitaram meu ponto de vista.

Este comportamento recebe os mais variados nomes, tais como: desmaio no espírito, prostração, arrebatamento.  Segundo alguns observadores, trata-se da terceira onda. A primeira foi o surgimento do pentecostalismo clássico e a segunda o neopentecostalismo. Começou em Toronto, no Movimento da Vinha, liderada por John Wimber. Nas reuniões, além do desmaio, ocorria o que denominavam de “gargalhada santa” e havia imitação de animais como expressão de comunhão. O fato ocorreu nas décadas de 80 e 90.

Os que defendem esta prática justificam como sendo um instrumento para salvação de almas que, atraídas pela curiosidade, acabam se decidindo ao lado de Jesus.

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Acusada de desviar fortuna de igreja põe culpa no diabo

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Isaltino Gomes Coelho Filho

Eis o que veio na Internet, no dia 20 de março de 2009:

Acusada de desviar fortuna de igreja põe culpa no diabo

Uma senhora de 62 anos, em Washington, EUA, está sendo acusada de ter desviado mais de 72 mil dólares dos cofres de uma igreja onde trabalhava como auxiliar administrativa.

Mais do que o sumiço do dinheiro, o que surpreendeu aos policiais foi a confissão da mulher. Ela, que assumiu uma parte da culpa, disse que o que pesou mais no roubo foi o diabo.

A mulher justificou que ela estava abarrotada com dívidas. Com medo de perder sua casa, acabou sucumbindo às tentações do demônio. Assim, falsificou a assinatura de pastor responsável pela igreja em mais de 80 cheques. Até que foi pega”.

Não é fantástico? Ignorarei a “exatidão” da mídia: a senhora não tem nome, a igreja não é mencionada, o quando do evento não é dado. A gente acredita se quiser. Mas fiquemos com a desculpa da mulher, presumindo que ela tenha existido: Um primor de cinismo ou realidade? Diria eu: as duas coisas. E explico.

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Como você lida com as adversidades ?

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Ministros Segundo Ló ou Ministros Segundo Abraão?

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho e apresentado como aula magna do Seminário Teológico Batista Goiano, 12.3.9

“Habitou Abraão na terra de Canaã, e Ló foi armando as suas tendas até chegar a Sodoma” (Gn 13.12).

Nesta minha palavra desejo fazer uma comparação entre Abraão e Ló. Quero vê-los como dois tipos de pessoas com responsabilidades diante de Deus. Sem fazer uma exegese a fundo quero vê-los como dois tipos de ministros. Abraão foi para Canaã, terra que seria sua por desígnio divino. Sua ida já era uma antecipação das promessas de Deus. Ló foi armando as suas tendas até chegar a Sodoma, onde veio a ser administrador, o que se deduz de estar sentado à porta de Sodoma. É um idiomatismo para designar o tribunal. Ele não era um pedinte, mas administrador de Sodoma. São duas perspectivas diferentes. A de Abraão é a do homem que não se preocupa em ter o melhor, porque descansa nas promessas de Deus. A ponto de deixar que Ló escolha o melhor. A de Ló é a do homem olha o material a ponto de passar por cima do que seria o direito do tio, homem mais velho. Na cultura patriarcal, isto era imperdoável.

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O PERIGO DA JUDAIZAÇÃO DA IGREJA – Igrejas evangélicas estão adotando costumes judaicos

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Autor: Pr. Luiz César Nunes de Araújo

INTRODUÇÃO

Tem sido comum em nossos dias, algumas igrejas evangélicas adotarem práticas descritas no Antigo Testamento, comuns no judaísmo e não no cristianismo. É uma espécie de judaização da igreja. Pessoas não judias estão vivendo como se as fossem. Esta tendência iniciou-se no período da igreja primitiva quando alguns judeus convertidos orientavam que todos os demais, inclusive os gentios convertidos, observassem parte da legislação do judaísmo, a fim de se completar neles a obra da salvação. Os judeus convertidos tinham muita dificuldade em descansar na obra vicária de Jesus a sua salvação completa.

Em Atos 15 é citada a dissensão na igreja por causa da forte pressão exercida pelo grande número de convertidos judeus sobre os novos crentes, para que estes se circuncidassem a fim de serem salvos (v. 1). Tal ensino não prosperou devido a oposição de alguns apóstolos, especialmente de Tiago (v. 13). No seu julgamento os gentios convertidos não deviam ser “perturbados” (v. 19).Continue a ler »O PERIGO DA JUDAIZAÇÃO DA IGREJA – Igrejas evangélicas estão adotando costumes judaicos

Casa de Oração ou Antro de Assaltantes?

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Discurso paraninfal do Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho aos bacharelandos

em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de Campinas,

em 7 de março de 2009


Eis o texto de Mateus 21.12-13, na Almeida Século 21: “Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam; e revirou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, fazeis dela um antro de assaltantes”. Não seguirei pelos vários usos deste texto em nosso meio. Analisá-lo-ei á luz do seu contexto. Jesus citou Jeremias, 7, onde o escopo é maior que a venda de bugigangas no templo, coisa, aliás, ainda em voga em nosso meio. Há seitas neopentecostais a vender bênçãos. É lhes raso vender quinquilharias.

Ao citar Jeremias, Jesus foi além do comércio no templo. Este era um dos aspectos da questão. O pano de fundo de Jeremias vivia-se no tempo de Jesus. E no nosso. Bem disse Durkheim: “A única lição que a história nos ensina é que não aprendemos nada das lições da história”. Por isso vejamos o assunto casa de oração x antro de assaltantes.Continue a ler »Casa de Oração ou Antro de Assaltantes?

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