Isaltino Gomes Coelho Filho
Outra manifestação de selvageria no futebol: torcedores do Corinthians atacaram torcedores do Vasco da Gama, o que causou a morte de um e ferimentos em outros. A notícia começa assim, em site da Internet: “As investigações da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) podem fazer com que até 22 corintianos respondam, presos, por terem participado da briga com os vascaínos. Nesta quinta-feira, pelo menos cinco haviam sido indiciados” (5.6.9). A coisa foi feia: “Segundo a delegada Margarette Barreto, no confronto de ontem foi possível encontrar barras de ferro, facas e veículos manchados com sangue em poder de torcedores que serviram de indícios para justificar suas prisões em flagrante”.
Como sempre, dão-se justificativas, fala-se de paz no futebol, e talvez alguma campanha com atraentes slogans seja lançada, e seus autores sejam elogiados pela iniciativa. Há anos que isto acontece: briga de torcidas, mortes, violência mortal. Há anos que surgem “campanhas de conscientização” (devemos ser o país mais conscientizado do mundo, tantas são as campanhas) porque tomar providências é repressão, e isto não é correto. Quando é que ações serão tomadas, no lugar do blábláblá conscientizador? As campanhas falham porque partem de um pressuposto: o homem é bom, e lhe falta educação. Informado, educado, conscientizado, ele se redime por si mesmo. Como se quem construiu as câmaras de gás nazistas não fossem engenheiros… Como se doutos pastores não tivessem saudado o nazismo, como outros saudaram o comunismo como redentores da humanidade. O problema humano não é mais ou menos educação, embora ela seja necessária. É pecado. Mas a cultura positivista da intelectualidade brasileira nos moldou com a idéia de que o progresso vem pela ciência, pelo estudo, pela educação. Religião é coisa ultrapassada. E muitas igrejas e pastores têm sido moldados pela cultura secular, e não pelo evangelho.
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