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Isaltino

AMOR, O QUE É ISTO?

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Não existe maior amor do que este: de alguém dar a própria vida por causa dos seus amigos” (João 15.13, King James, em português).

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

A maior característica do amor é sua dadivosidade. Quem ama dá. João 3.16 deixa isso claro: Deus amou e deu o que tinha de mais importante. No texto de João 15.13 Jesus dimensiona a grandeza de seu amor em dar sua vida pelos seus amigos.

Um cínico definiu amor como “a capacidade de gostarmos de nós mesmos e elegermos pessoas para nos satisfazerem”. Talvez tal pessoa ame assim. Mas o verdadeiro amor é dadivoso. É pródigo em dar-se.

Para os gregos, o amor estava associado à estética, à beleza e à contemplação. Consequentemente, o amor lhes era sentimento. Culturalmente somos filhos dos gregos, por isso muitos de nós associamos amor a devaneios, suspiros e sensações. Amar é sentir algo por alguém. Muito do que se chama de amor, em nosso meio, são apenas sentimentos. Inclusive há um livro com este título: “Amor, sentimento a ser aprendido”. Até mesmo em nossa espiritualidade associamos nosso amor a Deus pelo que sentimos. Se temos boas emoções, estamos amando a Deus. Isso é problemático. Porque, para alguns, basta sentir emoções no culto.Continue a ler »AMOR, O QUE É ISTO?

CARTAS NA MESA

“Quando Abrão tinha noventa e nove anos, o Deus Eterno apareceu a ele e disse: – Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo e seja obediente a mim em tudo. Eu farei a minha aliança com você e lhe darei muitos descendentes (…). Naquele mesmo dia Abraão fez como Deus havia mandado. Ele circuncidou o seu filho Ismael e todos os outros homens da sua casa, incluindo os escravos nascidos na sua casa e os que tinham sido comprados de estrangeiros” (Gênesis 17.1-2, 23).

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Neste texto, o Deus Eterno reafirma e sela sua aliança com Abrão. O relato é majestoso: “Eu sou El Shadday“. Literalmente, “o Deus que é suficiente”, com a idéia de que ele tem poder para fazer as coisas acontecerem. É um título antigo para Deus, usado mais em Gênesis e Jó, e poucas vezes em outros lugares da Bíblia. Normalmente associa o poder de Deus com a fraqueza humana. Passaram-se dezesseis anos entre os capítulos 16 e 17. Havia dezesseis anos que Deus não se revelava a Abrão, e se  haviam se passado vinte e quatro anos desde que ele fez a promessa de 12.1, quando chamou o patriarca. Usando este episódio de Abrão, há gente prometendo “resultados” em uma semana de reuniões e contribuições na igreja. Mas foram dezesseis anos de silêncio. E hoje há gente que tem revelações de cinco em cinco minutos. Abrão deve se sentir inferiorizado com essas pessoas…

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A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS, DESDE QUE…

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 1 de maio de 2011

A Bíblia é a Palavra de Deus, desde que:

  1. Não nos fale da criação. O mundo simplesmente aconteceu, e a evolução é um fato. Subordinando a Bíblia a esta teoria, tudo bem.
  2. Não nos fale de pecado e depravação da raça humana. Isso é medieval. As pessoas são boas. Precisam apenas desenvolver o seu potencial. O único pecado é a falta de amor.
  3. Não nos fale de igreja. Igreja já era. Podemos ser crentes sem os outros. O importante é a sinceridade. Vez por outra podemos ir à igreja, havendo tempo. A Bíblia não pode pedir compromisso.  Seguir a Jesus é questão íntima.Continue a ler »A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS, DESDE QUE…

Provérbios – Uma introdução ao livro

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

Não há enredo. São pensamentos acumulados em séculos de cultura hebraica. Atribuído a Salomão (971-931 a.C.), e concluído por Ezequias (715-686 a.C.), cf. Pv 25. Mais de 250 anos de observação, análise e reflexão, além da orientação do E. Santo. Veremos alguns de seus temas nele. Hoje, uma visão geral.

 

1. UMA OBSERVAÇÃO PRIMÁRIA – A finalidade do livro: 1.2-6. Atente à expressão conhecer a sabedoria. “Sabedoria” é a palavra hokhmâ, cujo sentido é “ter orientação para viver bem”. Não é especulação ou sentimento. É prática. Os sábios, hâkhamyn, eram muito respeitados em Israel. Ligados à corte, organizavam e ensinavam ao povo a sabedoria prática e o conhecimento (Ec 12.9). Ensinavam a viver bem. A Bíblia ensina como viver bem, neste mundo. O fiel deve ser sábio.

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USADOS, ABUSADOS E DESCARTADOS, NÃO ESMOREÇAM!

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“Então, ela invocou o nome do SENHOR, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê? Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi; está entre Cades e Berede” (Gênesis 16.13-14).

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pobre Agar! Apenas um objeto nas mãos de Sarai e Abrão. Sarai dispôs dela como se fosse uma coisa.  Deu-a a Abrão para que o marido a engravidasse. A escrava era apenas uma coisa, como um animal.   Os filhos dos escravos não eram seus, mas do dono. Como os filhotes de gatos e cachorros que os humanos, donos da fêmea animal, dispõem como querem. Sarai a deu a Abraão para ela, Sarai, ter um filho.

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É O CORDEIRO, NÃO O COELHO!

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 24.4.11

A sociedade secularizou o natal. Tirou o foco de Jesus para Papai Noel e da paz de Deus aos homens por meio de Jesus em fraternidade. O aspecto vertical foi substituído pelo horizontal.

Sucedeu o mesmo com a páscoa. A páscoa judaica (sua instituição está em Úxodo 12) era uma profecia da obra de Jesus. Mas Jesus foi transformado em coelhinho, que ainda por cima bota ovos de chocolate. E negar isso é desmancha-prazeres! A ceia de Jesus com os discípulos, formatando a igreja como corpo e família, cede lugar a uma ceia com a família sanguínea. É a adaptação do evangelho pela sociedade secular, e a privatização da fé pelas pessoas.

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AFINAL DE CONTAS, O QUE É JESUS?

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 17 de abril de 2011

Segundo Erich Fromm, o sucesso de Jesus Cristo na história é que ele é a idealização do homem. Projetamos nele o que gostaríamos de ser. Sua historicidade não conta. Sua figura é a projeção de nossas carências subjetivas. Fosse ele Zé das Couves, o impacto seria o mesmo. Porque ele não é tanto uma figura histórica. É a projeção de um anseio psicológico coletivo. Soa absurdo?

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Estudo bíblico em João 11.39 – “Tirai a pedra”.

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Ele já decidiu o que vai fazer. Desde que ouviu a notícia. Assenta coisas no coração antes que a crise esteja grande ou que estejamos num beco sem saída. Ele já tomou a decisão. Cada passo seu confirma isso. Deixou acontecer, mas tem um propósito. Assim chegamos a este momento, que impressiona e esclarece. Aprendemos algumas coisas desta sua ordem.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “Uma oração respondida e não crida” – Atos 12.1-15

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Examinamos este texto quando, estudando biografias, analisamos Rode, a menina que aparece na história. Hoje analisamos a oração da igreja. Ela pediu, recebeu a resposta e não acreditou que Deus respondera sua oração. Estranho? Vejamos o caso, e vejamo-nos aqui, neste episódio.

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A PALAVRA DESIMPEDIDA

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 10.4.11

 

“Enquanto Jeremias estava ainda preso no pátio da guarda, a palavra de Iaweh lhe foi dirigida uma segunda vez” (Jr 33.1). Os homens prenderam Jeremias para calarem a palavra de Deus que vinha por ele. O Senhor foi ao cárcere lhe falar.

Este fato nos ensina que a Palavra de Deus não pode ser calada. A mídia tenta, ironizando e depreciando a Bíblia. Regimes ateus e de religiões que temem o evangelho tentam. Satanás tenta. Mas a Palavra de Deus não morre. Sempre triunfa. O comunismo não a impediu. O ateísmo não a impede. O Islã não a impedirá. Deus nunca se cala. Vemos também que não se impede um servo de Deus de ter comunhão com ele. Prenderam Jeremias para ele não receber mais a palavra de Deus. Deus  foi lhe falar na prisão. Deus sempre está com seus servos. Não se detém Deus.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A oração de um demônio” – Marcos 1.23-26

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

“Oração de um demônio?”, perguntará alguém. “Demônios não oram!”. Se orar é falar com Deus Pai ou falar com Jesus, este orou. Além de orar, fez uma bonita afirmação teológica. E tinha convicção do que falava. Isto vai encaminhar nosso raciocínio. “A oração de um demônio” vai nos ajudar a entender o que oração não é, e como deve ser. Analisemos o texto.

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O CULTO AO NADA

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 3.4.11

 

Neste semestre estou a ler a Bíblia na versão chamada Bíblia de Jerusalém. Gostei de Jeremias 18.15, assim traduzido : “Meu povo, contudo, esqueceu-se de mim! Eles oferecem incenso ao Nada…”. Judá estava cultuando o Nada, porque adorava a ídolos e todo culto que não seja ao Deus revelado nas Escrituras é culto ao Nada. Disse Paulo: “… o ídolo nada é no mundo…” (1Co 8.4).  Há quem adora ao Nada porque adora deuses que fez para si.

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A ARTE DE CULPAR OS OUTROS

“Aí Sarai disse a Abrão: – Por sua culpa Agar está me desprezando. Eu mesma a entreguei nos seus braços; e, agora que sabe que está grávida, ela fica me tratando com desprezo. Que o Deus Eterno julgue quem é culpado, se é você ou se sou eu!” (Gênesis 16.5).

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Depois de culpar a Deus (como vimos na meditação anterior, baseada em Gênesis 16.5), Sarai, a mulher que não soube esperar o tempo de Deus, arranja mais uma pessoa para nela colocar a culpa de seus problemas, o marido, Abrão. Aliás, muita gente ainda gosta de culpar seu cônjuge…

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A DECAPITAÇÃO DA IGREJA

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 27.3.11

 

Qual a sua reação se visse uma cabeça sem corpo, flutuando no ar? Ficaria extasiado ou correria? Bem, eu sairia correndo. Mas há gente querendo a cabeça sem corpo. São os que querem Cristo, mas não a igreja.

Não existe, no Novo Testamento, a possibilidade de ficar com Cristo e sem a igreja. Quem recebeu a Cristo foi tornado igreja. A conversão é individual, mas não individualista. É corporativa: “Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros” (1Co 12.7). A Bíblia diz para não abandonarmos a igreja local: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10.25).

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“A oração depois de um dia agitado” – Marcos 1.32-35

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado à Igreja Batista Central de Macapá, 23.3.11

 

INTRODUÇÃO

Que fazemos após um dia agitado? Ouvimos música? Vemos televisão? Tomamos um comprimido para relaxar? Jesus teve um dia cheio de atividades, que entraram pela noite (Mc 1.32-33). Ao invés de dormir até tarde, acordou muito cedo e foi orar (Mc 1.35). Ele tinha uma incrível capacidade de trabalho (Mt 9.35). Além da saúde física do único homem sem pecado, era uma capacitação espiritual. Vamos aprender de Jesus, o melhor modelo.

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“A oração no meio da mais profunda dor” – Lamentações 1.20-22

Estudo bíblico apresentado na Igreja Batista Central de Macapá, 16.3.11

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

O livro mais chocante e doloroso da Bíblia. A Septuaginta diz que Jeremias viu as ruínas de Jerusalém, sentou-se e compôs esta lamentação. É um choro pela cidade amada. O livro é chamado de “O muro de Lamentações da Bíblia”. É lido todos os anos pelos judeus, na comemoração da destruição de Jerusalém. A primeira oração do livro é só uma frase, no fim do versículo 11. Esta é a segunda, um pouco maior. É uma oração no meio da mais profunda dor.

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PERDÃO PROFÉTICO OU PREGAÇÃO DO EVANGELHO?

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 20.3.11

 

Uma pessoa que têm o hábito de ser do contra disse que ao invés de enviarmos missionários para a África, devíamos pedir perdão aos africanos por causa da escravidão.

Tô fora! Nunca tive escravos. Sou branco, de cabelos e olhos claros, mas é acidente genético.  A mãe de meu pai, Vó Isaltina, era mulata.  Meus ancestrais maternos e paternos trabalharam como se fossem escravos, aqui no Brasil. Os paternos Gomes Coelho, portugueses, se acabaram no cabo da enxada. Os maternos Werdan Suhett, suíços, vieram a convite de D. Pedro, que queria evitar a “mulatização” do país. Foram iludidos e se acabaram no cabo da enxada. Nunca tive escravos. Nem meus ancestrais, portugueses e suíços.  Por que pedir perdão por algo que eles nunca fizeram?

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A ARTE DE SABER ESPERAR

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“Um dia Sarai disse a Abrão: – Já que o Deus Eterno não me deixa ter filhos, tenha relações com a minha escrava; talvez assim, por meio dela, eu possa ter filhos…” (Gênesis 16.2).

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Sarai e Abrão tinham recebido uma promessa da parte de Deus. Para que ela se cumprisse, eles deveriam ter um filho. Sarai era estéril e o tempo avançava. Um filho, só por milagre. Mas ela não conseguiu esperar e fez aquilo que muita gente ainda faz em nosso tempo: decidiu ajudar Deus. Decidiu “fazer o milagre”.  Não sem antes culpar Deus: “Já que o Deus Eterno não me deixa ter filhos…“. Quando um crente começa a culpar Deus vai se envolver em enrascadas, sem dúvida alguma. A racionalização culpabilizante é indício de que a vida espiritual vai mal. E que mais problemas surgirão.

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A CARTA AOS EFÉSIOS

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Esta carta é chamada de “a rainha das epístolas”. É considerada como sendo o melhor tratado sobre a Igreja. Nos dois manuscritos gregos mais antigos, chamados de Álefe e de Beith não constam o nome de Éfeso. Marcião considerava-a como a “epístola a Laodicéia”. Neste caso seria ela o documento mencionado em Colossenses 4.16. Parece que a carta foi uma circular, que Paulo encaminhou às igrejas. Uma  cópia que nos ficou guardou o nome de Éfeso. Mas os dois manuscritos citados o têm em branco. Em favor desta teoria, vem o fato de que Paulo fundara a igreja de Éfeso (At 19.1) e a pastoreou por três anos (At 20.31). Na epístola, aparentemente, ele desconhece a igreja:  1.15. Obviamente, se carta não foi endereçada especificamente a Éfeso,  isto não diminui a sua autenticidade nem o seu valor. Aumenta-o, pelo contrário. Mostra que foi algo que Paulo queria que todas as igrejas lessem. Tem grande valor, portanto.

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O DESMANCHE DAS INSTITUIÇÕES E A IDOLATRIA DOS LÍDERES

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da IB Central de Macapá, 6 de março de 2011

 

 

Fui ler O segundo mundo, de Parag Khana, no trecho sobre a Líbia, para tentar entender o que sucede naquele país. O autor é muito culto e claro. Tanto que consegui entender tudo o que ele escreve. Fiquei tão fascinado com o livro que o li todo.

Ele fala da cultura política da América Latina, de ter instituições fracas para que líderes sobressaiam. Ele associa as instituições fracas com ditadores “pais dos pobres”. Os latino-americanos sempre esperam socorro de líderes messiânicos. Desprezam instituições e endeusam líderes. Então, entendi algo que se passa no cenário evangélico: por que há um desmanche das instituições. Por que tantos líderes criticam as convenções estaduais e a Brasileira? Porque não lhes convêm instituições fortes. Elas atrapalham obreiros personalistas, que querem dominar a igreja, e não servi-la. E muitos tentam desmontar a igreja local. Porque quando ela se firma é uma instituição forte.

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A SOMBRA DA CRUZ DESCE SOBRE ABRAÃO

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“A noite caiu, e veio a escuridão. De repente apareceu um braseiro, que soltava fumaça, e uma tocha de fogo. E o braseiro e a tocha passaram pelo meio dos animais partido” (Gênesis 15.17)

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

A situação que o velho patriarca vive é um momento de aflição para ele. O Eterno o chamou para celebrarem um pacto (berith, “compromisso”): “O Eterno respondeu: – Traga para mim uma vaca, uma cabra e uma ovelha, todas de três anos, e também uma rolinha e um pombo”. Ele se prontifica. Faz como lhe foi ordenado: “Abrão levou esses animais para o Deus Eterno, cortou-os pelo meio e colocou as metades uma em frente à outra, em duas fileiras; porém as aves ele não cortou. Então os urubus começaram a descer sobre os animais mortos, mas Abrão os enxotava” (vv. 10-11). Esta é a razão da aflição.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A maior de todas as orações” – João 17 – 3ª. parte (vv. 20-26)

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

É bom quando oram por nós! É bom saber que na nossa dificuldade alguém intercedeu por nós. Um dia Jesus orou por nós: João 17.20. Somos produto do trabalho lançado pelos apóstolos. Cremos na sua palavra e na história que deixaram para a posteridade, a mais bela de todas as histórias, a de Jesus. Mas ele orou por nós. Por mim e por você.  Que pediu?

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MULHER FILÉ, MULHER MELANCIA, MULHER PEQUI´¦

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da IB Central de Macapá, 27.2.11

 

 

Ouvia o noticiário, enquanto me arrumava para sair. Ouvi que a “Mulher filé” fora assaltada e agredida. Ignorava esta. Sabia da Mulher melancia, e de outra cuja fruta não guardei. Deve haver mulher pequi (desculpem-me, goianos, mas o cheiro deve ser de doer).

 

Que pobreza! Mas é um quadro de nossa época. O valor da mulher é medido pelo volume de certas partes de seu corpo. E algumas se tornaram ridículas. A tentativa de algumas de terem os lábios de Angelina Jolie produziu mulheres deformadas.

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NÃO SOMOS ÓRFÃOS

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Isaltino Gomes Coelho Filho

 

 

“Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós” (João 14.18).

 

Platão disse, sobre Sócrates, que ao morrer deixou ele os discípulos órfãos. Jesus vai para a morte, mas faz questão de dizer que não deixará os seus nesta condição. Não se trata da parousia, sua segunda vinda. Ele voltaria para aqueles discípulos, e não em um futuro remoto. Trata-se, como alguém definiu, de uma enfania, sua manifestação nos discípulos, vindo para morar neles. Seria sua volta pelo Espírito Santo. No dia de Pentecostes, Jesus voltou para sua igreja, na pessoa do Espírito Santo. É confortador para a igreja saber que Jesus não é um vulto distante na história, tanto na passada como na por vir. É um vulto presente. O Senhor da igreja está com a igreja: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

 

Alguns “teólogos” que perderam a fé ou que se perderam em seu raciocínio, gostam muito do jogo de palavras, de brincar com elas. Parece que trocaram a teologia pela poesia, que é agradável (quando é boa), mas é distinta. No jogo de palavras, um deles disse que quando a igreja se reúne é para celebrar a ausência de Deus. O culto é apenas para evocar saudades. O Pai está distante, e o Filho se foi. Morreu e acabou. Cristãos que têm uma experiência profunda com Deus sabem que o culto celebra uma presença, a de Jesus. Ele está com a igreja todos os dias, até o fim do mundo. Sabem que o Espírito não é uma evocação saudosa ou o sentimento comunitário da igreja, mas uma pessoa viva e real.

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ATÉ O BÚBADO SABIA

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Pr. João Falcão Sobrinho

 

 

O grupo de evangelismo de certa igreja estava na praça da cidade com toda a sua aparelhagem de som realizando um evento ao ar livre. Linda iniciativa! Um grupo de jovens, porém, começou o culto com uma série de “louvores” sem qualquer significado para os transeuntes não crentes. Um casal saiu para distribuir folhetos e encontrou, sentado num banco, as pernas cruzadas, um senhor de meia idade, visivelmente bêbado, mas não tão bêbado que não pudesse ter um agudo senso de observação. Erguendo o braço que segurava o folheto recebido do casal na direção do grupo de cantores, o bêbado falou. Sem o saber, disse algo que os nossos evangelistas, músicos e cantores deveriam conhecer com toda sobriedade. Disse o bêbado:

– Aquelas moças ficam ali cantando músicas sem pé nem cabeça, que a gente não entende. Por que não cantam “Foi na cruz?”. Aquela sim, era música que tocava o coração da gente.Continue a ler »ATÉ O BÚBADO SABIA

RUBI OU ESMERALDA

A Igreja Batista Central de Macapá completa jubileu de rubi (ou esmeralda). Surgiu como congregação em 1969, com cultos realizados pela irmã Ibéria Galvão em sua casa, na Mendonça Furtado, esquina com a Manoel Eudóxio Pereira, onde ainda está. Seu nome era Congregação Batista Luz do Evangelho.

Mais tarde, foi adotada pelos batistas bíblicos, com o nome de Congregação Batista Bíblica de Macapá, da PIB Bíblica de Vitória da Conquista, BA. Em 21.2.1971 foi organizada como PIB Bíblica de Macapá, pelo Pr. Gerson Rocha, com 15 membros, e filiada a Convenção Batista Bíblica da Bahia. A Central foi organizada por uma igreja da Bahia!

O Pr. Eurico Rabelo orientou a igreja a se transferir para a então Convenção Batista do Pará e Amapá, para ter assistência pastoral. Assim a Central foi adotada como congregação da IB Memorial de Macapá, em 1984. Poderia ter sido aceita diretamente na Convenção, mas seguiu este caminho. Mas é igreja desde 1971, embora o nome original fosse PIB Bíblica de Macapá. São 40 anos de existência.

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ORAÇÕES DA BÍBLIA – “A maior de todas as orações” – João 17 -2ª. parte (vv. 9-19)

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CULTO DE ESTUDO BÍBLICO E ORAÇÃO – 16.2.11

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Continuamos a estudar a mais profunda oração de Jesus. Na primeira parte vimos alguns temas da oração: o amor de Deus, sua glória, a união entre as pessoas da trindade, e o que é vida eterna (vv. 1-8). Hoje vemos a visão que Jesus tinha dos seus discípulos, que eram a igreja iniciante. Depois, no último estudo, como ele pensava em sua igreja no futuro, ou seja, em nós. Nosso texto hoje é do versículo 9 ao 19. A análise de algumas expressões nos esclarecerá seu pensamento.

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Motivações Ocultas dos Liderados

Dr Marcelo Quirino

Psicólogo Clínico

www.marceloquirino.com

 

Muitos líderes se perdem entre os conflitos que emergem no seio de suas equipes. Encontram-se perdidos, impacientes e confusos ante a determinados conflitos de liderados que não se explicam, nem se resolvem.

 

O líder pensa: já estabeleci funções, limitei papéis, admoestei, orei, fiz de tudo para com quase todos e essa problemática não se resolve. Sempre há conflitos que se repetem entre a mesma pessoa ou grupo.

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