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Isaltino

TEMA: A EPÍSTOLA A GAIO – RETRATOS DO CRISTIANISMO PRIMITIVO

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

“Por que 2a. e 3a. estão João no cânon?”. São tão pequenas e pessoais! (1) Todas as cartas são pessoais; (2) Elas foram aceitas pelas igrejas que reconhecerem sua inspiração e aceitaram o conteúdo; (3) O Espírito Santo assim direcionou. Elas têm ensinos ricos. Do ponto de vista cultural: dão um retrato do relacionamento dos cristãos do 1o. século.  É como devemos nos relacionar. As igrejas já estavam assoladas por heresias. A carta nos ensina como nos portarmos diante de Deus e nos relacionarmos uns com os outros. E mostra três tipos de crentes.

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NÃO SEJA POBRE!

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 26.6.11

 

Domingo passado, pedi uma caneta a uma irmã para anotar um aviso que deveria fazer  do púlpito. Ela me emprestou uma BIC. Perguntei-lhe se sabia qual era o cúmulo da pobreza. É quando a BIC acaba acender um fósforo na ponta para ver rende mais. Ela disse que já fizera isso. Outra irmã disse que o cúmulo da pobreza é juntar o resto de um sabonete ao outro. Lembrei de um colega de seminário que guardava os restos de sabonetes e pedia os restos aos colegas do dormitório. Nas férias levava para a mãe, que os dissolvia e lhe fazia novas barras. Ser pobre é fogo!

No sábado, quase 6 da manhã, vindo para a reunião de oração na igreja, vi a maior pobreza que há. Há um boteco na esquina da Pe. Júlio com a Manoel Eudóxio. Sua clientela vara a madrugada. Dobrei a Manoel Eudóxio para chegar à igreja. Havia um carro parado no meio da Pe. Júlio.  Seu condutor não conseguia ligá-lo, de tão bêbedo. Que pobreza! A pobreza emocional, existencial e espiritual é pior que a econômica. O PIB emocional, existencial e espiritual do povo é baixíssimo!

 

“Intelectuais”, entre eles o ex-presidente FHC, querem  descriminalizar as drogas. FHC alega  que já perdemos a batalha para elas. Por raciocínio análogo libere-se o crime e a corrupção. Ninguém derruba os corruptos. Não sei em que mundo essas pessoas vivem. A Veja desta semana traz reportagem sobre os efeitos devastadores do crack e do óxi. Histórias de pessoas reais que não moram no mundo conceitual dos “intelectuais”, mas no mundo histórico. Que pobreza!

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Os bens materiais: tiranos ou instrumentos?

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Há muita confusão no cenário religioso no tocante aos bens materiais.  Alguns fazem a apologia da pobreza como se esta fosse uma virtude cristã. Outros mostram as riquezas como sinal de bênção divina, e a pobreza como ação do “Devorador”, um demônio que “nasceu” há pouco. Muitas igrejas fazem da pregação sobre prosperidade o seu carro-chefe. Cristo sequer é mencionado, a não ser como sancionando a ambição das pessoas. Mas, independente da esquisitice desta doutrina, todos nós queremos bons salários, boas casas, bons carros, bom nível de vida. O desejo de crescer é justo. O problema é quando isto é a razão da vida. Sendo um livro prático, Provérbios fala sobre o assunto. Como é o relacionamento correto com os bens materiais?

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A BÚNÇÃO DA AFLIÇÃO

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

“Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim tenhais paz. Neste mundo sofrereis tribulações, mas tende fé e coragem! Eu venci o mundo” (João 16.33, King James).

Poucas coisas são tão equivocadas como o triunfalismo da pregação neopentecostal. O evangelho se torna mensagem de auto-ajuda, a cruz é substituída pelo trono e Jesus, por Lair Ribeiro. Tal pregação ignora a tensão entre o e o ainda não. Jesus Cristo inaugurou o reino de Deus, mas este ainda não se consumou. O mundo por vir, com sua transformação escatológica, teve suas bases lançadas, mas ainda não chegou. somos filhos de Deus, temos bênçãos indescritíveis para nós reservadas, mas elas ainda não se manifestaram em sua totalidade porque ainda não entramos na plena liberdade dos filhos de Deus. Satanás foi vencido, porque Jesus entrou em seus domínios e o amarrou, libertando-nos do seu poder e domínio, mas ainda não foi subjugado por completo.

Esta tensão tem sido ignorada em muitas análises da vida e teologia cristãs. E esta ignorância tem permitido o surgimento de muito exotismo doutrinário. Ainda não chegamos ao céu, vivemos num mundo que “jaz no Maligno” (1Jo 5.19), e somos a igreja militante, e não a triunfante. Como disse Kierkegaard, em uma oração: “Aqui no mundo não é lugar da tua Igreja triunfante, mas somente da Igreja militante… Se ela cisma dever triunfar neste mundo… ela desaparece, pois que se confundiu com o mundo… Estejas tu, então, com a tua Igreja militante, de modo que jamais venha a acontecer (e esta é a única maneira possível) que ela seja cancelada da face da terra por ter-se tornado Igreja triunfante” (Das profundezas, p. 84.).Continue a ler »A BÚNÇÃO DA AFLIÇÃO

OBEDIÚNCIA E CONSAGRAÇÃO IMEDIATAS

OBEDIÚNCIA E CONSAGRAÇÃO IMEDIATAS

OU

“NO MESMO DIA”

 

“Quando acabou de falar com Abraão, Deus subiu e o deixou. Naquele mesmo dia Abraão fez como Deus havia mandado. Ele circuncidou o seu filho Ismael e todos os outros homens da sua casa, incluindo os escravos nascidos na sua casa e os que tinham sido comprados de estrangeiros.  Abraão tinha noventa e nove anos quando foi circuncidado, e o seu filho Ismael tinha treze. Os dois foram circuncidados no mesmo dia. E foram circuncidados também todos os escravos de Abraão, tanto os nascidos na sua casa como os que tinham sido comprados de estrangeiros” (Gênesis 17.22-27).

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

A obediência à orientação divina era uma prática constante na vida de Abraão.  Ele recebeu do Senhor a instrução sobre a circuncisão. Era um sinal do pacto entre os dois. No mesmo dia o patriarca se circuncidou (aos 99 anos!), bem como ao filho Ismael e a todos os homens de sua casa, incluindo os escravos. Não foi no dia seguinte, mas no mesmo dia. Podemos tirar três lições aqui.

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QUE SONHO!

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  Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 19.6.11   Aquele irmão decidiu vir à igreja “assistir” o… Continue a ler »QUE SONHO!

A ira e o nariz

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Viu o título? A ira e o nariz. Parece estranho? É que no hebraico, “nariz” e “ira” são a mesma palavra: ´˜af. A idéia é que a ira é uma atitude que aparece no nariz.  Não, nada a ver com Pinóquio.  O iracundo (a pessoa que se ira com facilidade) mostra isso no nariz. Quer um exemplo? Leia Atos 9.1. Onde se lê “respirando” pode se ler “bufando”. É a tradução mais literal. Paulo tinha tanto ódio dos cristãos que bufava como boi feroz. Infelizmente há muito cristão que bufa como boi feroz. E se intitula de “ovelha”, o que é pior. O livro de Provérbios nos fala do iracundo ou, se preferir, do bufador. Vejamos alguma coisa sobre ele.

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CINCO REGRAS PARA AFASTAR SEU FILHO DA IGREJA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 12.6.2011

 

1. Valha-se dos menores pretextos, como cansaço, chuva, indisposição, para faltar aos cultos. Crie no seu filho a idéia de que frequentar reuniões não é importante.

“Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem. Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o Dia está chegando” (Hb 10.24-25).Continue a ler »CINCO REGRAS PARA AFASTAR SEU FILHO DA IGREJA

EFEITOS DA GRAÇA

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Um leitor do meu site me enviou, de Vitória (ES), um livro de presente: Irmãos, nós não somos profissionais, de John Piper. Comecei a lê-lo e aprendi muito. No capítulo “Irmãos, conduzam as pessoas ao arrependimento”, Piper fala da reação dos homens à graça. Cita Lucas 5.1-10, onde Jesus ordena aos discípulos para se afastarem um pouco da praia e lançarem a rede. Pedro diz que eles trabalharam a noite toda e nada pegaram, mas à luz da ordem de Jesus, lançaria as redes.Continue a ler »EFEITOS DA GRAÇA

Quem entrará no reino?

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Isaltino Gomes Coelho Filho

 

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” – Mateus 7.21-23.

Publicado originalmente pela revista “Você”. Publicado no site por deferência da revista.

 

 

Quando conversamos com as pessoas sobre salvação ou a vida eterna no céu, as opiniões variam, mas seguem numa mesma direção: “Aquele que faz o bem!”, ou “Quem ama o próximo!”, ou, ainda, “Quem tem uma religião!”. Em linhas gerais, é o equivalente a “todo mundo que não é mau!”.  Estas respostas podem ser sinceras, mas ignoram o que Jesus disse sobre o assunto.Continue a ler »Quem entrará no reino?

DEUS E AS RIQUEZAS

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“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24).

 

Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Publicado originalmente pela revista “Você”. Publicado no site por deferência da revista.

 

Como tudo que Jesus disse, aqui há uma profundidade extraordinária. Ele revelava muita sabedoria em suas palavras e nesta declaração nos deixa um conselho que, se observado, muito ajudará nossa vida espiritual, como também a emocional e até mesmo a vida material. Ele trata da nossa relação com os bens materiais. Eles devem ser nossos servos e devem ser usados por nós. Não podem ser nossos senhores nem nos dominar.

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Ai, que vontade de descansar!

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

O assunto de hoje é o preguiçoso. Sua figura chega a ser cômica.  Assim como a porta está presa a seus gonzos, ele está preso à sua cama (26.14). Ele sempre está cansado e dá cada desculpa para não trabalhar! Veja só a desculpa que ele dá em 22.13 e 26.13. O trabalho para ele é um animal feroz. O tema é Ai, que vontade de descansar! Vamos ver como o preguiçoso é.

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VIBRANDO COM O MENSALÃO

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 5 de junho de 2011

Domingo passado, 17h25min. O ensaio do coro era às 17h30min.  Parei na porta da igreja, para Meacir saltar. A chuva caiu no estilo Macapá: de repente e torrencial. Como dizia minha mãe: “Pra cachorro beber água em pé”. Os fluminenses gostam de provérbios, mas nunca vi cachorro beber água sentado ou deitado.Continue a ler »VIBRANDO COM O MENSALÃO

A BÚNÇÃO DA SOLIDÃO

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

“Pois chegará o momento, e realmente, a hora é esta, quando sereis espalhados cada um para sua família. Vós me deixareis sozinho. Mas Eu não estou desamparado, pois meu Pai está comigo” (João 16.32, King James).

 

Poucas coisas são tão desestruturadoras como a solidão. No filme A última esperança da Terra, Charlton Heston faz um personagem que, sem contato com outros humanos (os demais estão contaminados e ele os evita), joga xadrez consigo mesmo. E conversa com uma estátua. Para não enlouquecer. Como no filme o náufrago, em que o personagem principal conversa com um côco, a quem chama de Mr. Wilson.Continue a ler »A BÚNÇÃO DA SOLIDÃO

ALERTA À NAÇÃO BRASILEIRA

 

Uma declaração da convenção batista brasileira

 

Um dos papeis da Igreja na sociedade é ser uma consciência profética capaz de ajudar a cada ser humano (entendido como um indivíduo livre e competente diante de Deus e dos homens, vivendo em uma sociedade pluralista) a discernir valores essenciais que norteiam os relacionamentos em todas as suas dimensões.

É nesse contexto que os batistas – integrantes de uma denominação cristã que, ao longo de toda a sua história, defende a liberdade religiosa, de consciência e de expressão – se manifestam para alertar sobre os perigos que a sociedade brasileira corre diante das novas conjunturas sociais aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que estão sendo propaladas por leis que tramitam no Congresso Nacional e por ações promovidas pelo Executivo.Continue a ler »ALERTA À NAÇÃO BRASILEIRA

EU VI A CRUZ!

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EU VI A CRUZ! Era de cartolina amarela. Media cerca de dez por sete centímetros. Na parte superior estava o texto de Apocalipse 2.10: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Em baixo, um pequeno cordão. Era um marcador de livros, à venda em uma livraria evangélica. Custava R$ 2,00.

EU VI A CRUZ! Era de pedra sabão, muito bonita. Bem trabalhada, media uns vinte e cinto centímetros por quinze. Tinha uma base, também de pedra sabão, que lhe permitia ficar de pé. Estava numa feira de artesanato. Custava R$ 25,00.Continue a ler »EU VI A CRUZ!

E chega de insensatez!

INTRODUÇÃO

O assunto ainda é o insensato. Foram três estudos porque é  uma figura bem forte no livro. Ele é o oposto do sábio. Há três termos para ele, que nossas Bíblias traduzem como “insensato”. O primeiro é kêsil, o segundo é ´˜ewil e o terceiro é  nabal. Hoje comentamos o nabal. Há apenas três referências a ele no livro. É  que o termo é mais forte. Os dois anteriores falam da pessoa obstinada. Este, da pessoa grosseira em atos e palavras. E em Salmos, como veremos, a pessoa incrédula, sem Deus.Continue a ler »E chega de insensatez!

O VALOR DE UM PASTOR

  • por

Autor: Pr. Cleber Montes Moreira

  • O valor de um pastor não é medido por sua popularidade, poder de persuasão ou quantidade de pessoas que atrai, mas sim por seu caráter e fidelidade a Deus (Jo 6.66 e 67);
  • O valor de um pastor não é medido pela aprovação de homens, mas pela aprovação de Deus. O pastor é segundo o coração de Deus e não segundo o coração dos homens (Jr 3.15);
  • O valor de um pastor não é medido pelo tamanho de sua igreja, mas por suas qualidades éticas, morais e espirituais;
  • O valor de um pastor não é medido pelo volume das entradas financeiras de sua igreja, mas por sua capacidade de suprir seu rebanho com a Palavra de Deus. Há pastores que se preocupam com a lã. Há pastores que se preocupam com as ovelhas.Continue a ler »O VALOR DE UM PASTOR

Mais um pouco sobre a insensatez

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

 

INTRODUÇÃO

O assunto ainda é o insensato. Como vimos no último estudo: “Parece uma das figuras mais fortes no livro. Há três termos usados para ele, que nossas Bíblias traduzem como “insensato”. O primeiro é kêsil, o segundo é ´˜ewil e o terceiro é  nabal. Assim mudamos da sabedoria para insensatez, a não sabedoria”. Na semana passada vimos o insensato kêsil. Hoje vamos ver o insensato ´˜ewil.

 

  1. RELEMBRANDO O INSENSATO KÚSIL

Na semana passada, além de vermos os três tipos de insensato, vimos o primeiro tipo, chamado, em hebraico, de kêsil. Para relembrar, voltemos à sua definição: “É o termo mais comum, aparecendo quase cinquenta vezes. A idéia é da pessoa estúpida e obstinada, que nunca cede em seus pontos de vista. Sempre se julga certa. Em si mesmo, ele é uma pessoa sem capacidade de se concentrar em algum projeto”. É o insensato que sabe tudo e que nunca muda seus pontos de vista e quer que o mundo se amolde a ele. É a idéia de alguém arrogante, turrão.Continue a ler »Mais um pouco sobre a insensatez

STIGMATA: VOCÚ TEM?

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 22.5.11

“… Eu trago em meu corpo as marcas de Jesus” (Gl 6.17).

No dia 15 preguei neste texto, com o título “As marcas de Jesus”. O termo grego para “marcas” é stigmata, que tem dois sentidos: (1) A marca feita num escravo, a ferro, com o logo ou o nome de seu dono; (2) Cicatrizes. Comentei que havia uma diferença entre o servo e o escravo. Alguém podia se alugar como servo por um tempo, após o qual estava livre. O escravo era propriedade do dono para sempre. Paulo se apresentava como escravo. Tinha stigmata.Continue a ler »STIGMATA: VOCÚ TEM?

MODELOS E CRESCIMENTO DAS IGREJAS BATISTAS

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, preparada para o Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Secção Pará – Palestra 3

INTRODUÇÃO

Associar crescimento das igrejas com um modelo eclesiológico me parece surrealista. Só é entendível que isto suceda porque vivemos numa sociedade que valoriza a tecnologia, tem forte viés iluminista, e vê a igreja como uma organização secular, sujeita às mesmas circunstâncias das organizações seculares. É um reducionismo simplista que vem desde Giovanni Vico, e que foi reforçado pelo Iluminismo. E encampado pelo marxismo. Disse Vico: “A natureza das coisas não é mais do que virem elas a ser em determinados momentos e de determinadas maneiras. Onde quer que as mesmas circunstâncias estejam presentes, surgirão os mesmos fenômenos e não quaisquer outros (´¦) refiro-me a esta verdade incontestável: o mundo social é certamente obra do homem; e daí se segue que se podem e devem encontrar os princípios deste mundo nas modificações da própria inteligência humana”[1]. A igreja tem sido vista como obra do homem e ficou sujeita a leis programadoras, num mecanicismo histórico, típico do marxismo. Achamos que podemos programar o crescimento das igrejas, e que isto acontecerá se reproduzirmos circunstâncias e situações. Se aplicarmos as técnicas certas, os resultados surgirão, independente do lugar ou das pessoas. Podemos fazer as coisas acontecerem. Basta sabermos fazer. Tendo acontecido, basta repetir em outros lugares. Isto é um reducionismo, que empobrece o evangelho e diminui Deus. Nesta visão secularizante, basta aplicar determinadas técnicas para que um organismo social cresça. Como a igreja é vista como um organismo social deve haver técnicas certas para seu crescimento.Continue a ler »MODELOS E CRESCIMENTO DAS IGREJAS BATISTAS

AUTONOMIA E COOPERAÇÃO NAS IGREJAS BATISTAS

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, preparada para o Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Secção Pará – Palestra 2

INTRODUÇÃO

Começo por Sócrates: “Se queres conversar comigo, define tuas palavras”. E como dizia meu mestre em Filosofia, Dr. Purim, a qualquer pergunta que fizéssemos: “Bem, bem, bem vamos definir os termos!”. Definamos palavras e termos. Autonomia é a faculdade de se governar por suas próprias leis, por vontade própria. Deriva do grego autós, “próprio”, e nomós, “lei”. Cooperação é o ato de cooperar, “operar com alguém”. Não gosto de começar com definições, ainda mais de dicionários. Mas fiz assim para mostrar que os dois termos nada têm de conflitantes. Uma igreja autônoma pode muito bem ser uma igreja cooperante. E uma igreja cooperante não perde sua autonomia.Continue a ler »AUTONOMIA E COOPERAÇÃO NAS IGREJAS BATISTAS

POR QUE SOMOS BATISTAS HOJE

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, preparada para o Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Secção Pará – Palestra 1

 

INTRODUÇÃO

Esta primeira palestra brota do coração. Sou batista. Não me envergonho de sê-lo e não pretendo deixar de sê-lo. Conheci o evangelho numa igreja batista. Foi por causa do ministério de uma delas que conheci Jesus Cristo como meu Salvador. Estudei num seminário batista, sustentado por igrejas batistas, e foi nele que recebi minha base teológica, e onde me apaixonei pela Teologia. Fui consagrado por um concílio de pastores batistas, a pedido de uma igreja batista, e sempre recebi sustento de igrejas batistas. O mínimo que posso ter pelos batistas é gratidão. Não vi incompatibilidade entre uma igreja batista e a essência do evangelho. Como nunca tive sonhos de ser megastar evangélico, não  pensei em carreira solo nem escrever meu nome em gás néon, permaneci como pastor batista. Já me é um título honroso e bastante pesado, por isso nunca aspirei a ser bispo, arcebispo, apóstolo, patriarca, cardeal ou outra coisa. Sempre pedi a Deus que me concedesse sensibilidade para distinguir entre minha frustração com pessoas e com a estrutura comandada por pessoas, e a denominação como um todo, com sua doutrina, sua história e seus princípios. Subordinei minhas birras pessoais (e sou birrento) à visão do todo. Afoguei minhas ambições pessoais, com a graça de Deus. Estou em paz com minha denominação, amo-a, e se ela não me ama pelo menos me tolera.Continue a ler »POR QUE SOMOS BATISTAS HOJE

A BUSCA DE APLAUSOS DO MUNDO

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

“Se o mundo vos odeia, sabei que, antes de vós odiou a mim. Se fôsseis do mundo, ele vos amaria como se pertencêsseis a ele. Entretanto, não sois propriedade do mundo; mas Eu vos escolhi e vos libertei do mundo; por essa razão o mundo vos odeia” (João 15.18-19, King James).

 

Para evitar distorções de meu escrito, que fique bem claro que não digo que a igreja deve ser gratuitamente beligerante. Agressividade iracunda não é o mesmo que ardor evangelístico. E mau humor não significa espiritualidade ou ortodoxia. Eis o ponto: vemos hoje alguns segmentos da igreja buscando aplausos do mundo. É um tal de  igrejas amigáveis, de igrejas querendo ser relevantes (ora, se ela prega Jesus como Salvador é a instituição mais relevante do mundo) e de busca de honrarias humanas que me desnorteia. Entendo a perspectiva de muitos, de quererem respeito e reconhecimento. Assim vemos igrejas abordando temas mais sociais que espirituais, na esteira de temas da moda, querendo ser vistas pelo mundo como “relevantes”. Para o mundo, igreja é algo ocioso, que trata de uma vida que não interessa. Assim, ocupemo-nos do que interessa e dá ibope: cuidar dos pobres, falar de ecologia, ser um espaço alternativo, etc. Ao invés de salvar os pecadores, muitos querem salvar as baleias. Nada contra as baleias, por favor. Mas precisamos de cautela para não transformamos a igreja numa ONG. Muitos desses temas podem ser encampados por ONGs até dirigidas por cristãos, mas pregar o evangelho, anunciar o reino de Deus, o perdão dos pecados em Jesus, só a igreja pode fazer. E é a missão mais relevante do mundo, anunciar o reino de Deus chegado em Jesus. Isto é, se a igreja crê mesmo no reino de Deus mostrado nas Escrituras.Continue a ler »A BUSCA DE APLAUSOS DO MUNDO

ESPERANÇA E SENTIDO NA VIDA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 15.5.11

Numa de minhas idas a Cuba preguei na cidade de Cojímar, onde Ernest Hemingway escreveu O velho e o mar. A cidade está caindo aos pedaços, mostrando traços de um passado próspero. O comunismo chegou e cumpriu ali sua missão histórica: socializar miséria.  O  final do livro de Hemingway é trágico, mostrando a futilidade dos esforços do homem para se realizar.Continue a ler »ESPERANÇA E SENTIDO NA VIDA

Um pouco sobre a sabedoria

  • por

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

A questão da busca da sabedoria domina o livro.  Do estudo passado, vimos que a finalidade do livro está em 1.2-6. Vimos também que “sabedoria” é a palavra hokhmâ, cujo sentido é “ter orientação para viver bem”. Não é especulação, mas prática. É vivencial. Vimos também o que “sabedoria” não é. Hoje veremos um pouco mais sobre ela.

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NÃO É PRECISO TEMER O DRAGÃO

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 8.5.11

Um dos contos do russo Liev Tolstoi versa sobre um jovem perseguido por um tigre. Em sua fuga, ele atravessou um bosque correndo, e chegou à beira de um abismo. Para lhe escapar, pendurou-se na raiz de uma árvore junto ao abismo. No fundo do precipício, um dragão esperava sua queda. Para piorar, dois roedores, um preto e um branco, roíam a raiz onde ele se agarrava. Seu destino era mesmo o fundo do abismo. Por isso se sentia desesperado.Continue a ler »NÃO É PRECISO TEMER O DRAGÃO

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