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Isaltino

ESTUDO BÍBLICO EM FILIPENSES – TEXTO: 1.9-11 (1ª. parte)

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IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho – 11 de janeiro de 2012
 

INTRODUÇÃO

A terceira e mais curta seção da carta.  Paulo ora  pela igreja. É bom verificarmos seu pedido, pois expressa o desejo apostólico para a comunidade cristã. Por certo que nos ajudará, também. Eis a estrutura da sua oração, reproduzindo as expressões que ele emprega (conforme a Versão Revisada, IBB):

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O ÚLTIMO SÁBADO E O PRIMEIRO DOMINGO DE LUCAS

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 15.1.12

 

Neste semestre estou a ler a Bíblia, novamente, na Linguagem de Hoje. Nestes dias concluí Lucas. Notei como ele mostra Jesus em conflito com a liderança judaica e com os grandes temas do judaísmo. Ele se atrita com os fariseus e exibe absoluto desinteresse pela guarda do sábado. Mais de uma vez Lucas o mostra transgredindo o sábado, bezerro de ouro do judaísmo e de seitas cristãs.  O templo, o sábado e as festas judaicas não o atraíam.

A última menção de Lucas ao sábado é em 23.56: “E no sábado elas descansaram, conforme a Lei manda”. No versículo seguinte, surge outro dia: “No domingo bem cedo…” (24.1). É quando o mundo vai mudar. Jesus ressuscitou. E segue: “Naquele mesmo dia…” (24.13). E outra aparição dominical de Jesus (“Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu…”- 24.36). O último sábado de Lucas é um dia de tristeza. O domingo é o dia de alegria. Desde então, o domingo é o dia do Senhor, guardado pela igreja. Ela se reunia neste dia para celebrar a ceia (At 20.7) e separava as ofertas (1Co 16.2). “O Didaqué”, obra cristã datada do primeiro século, espécie de catecismo da igreja primitiva, exorta os cristãos a se reunirem no domingo (Didaqué 14.1). Não é verdade que Constantino mudou o dia de culto e forçou as igrejas a aceitá-lo. Tal afirmação é ignorância histórica e má fé. Ao adotar o cristianismo, Constantino oficializou na esfera civil o que os cristãos haviam feito na esfera religiosa. O domingo é marca cristã.Continue a ler »O ÚLTIMO SÁBADO E O PRIMEIRO DOMINGO DE LUCAS

ESTUDO BÍBLICO EM FILIPENSES – TEXTO: 1.3-8

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IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
INTRODUÇÃO

Para nos situarmos bem em nosso estudo, voltemos ao esboço da carta aos filipenses:

1) Destinatários e saudação – 1.1-2

2) Ação de graças e confiança de Paulo – 1.3-8

3) A oração apostólica – 1.9-11

4) Desejo e alegria de Paulo – 1.12-26

5) Exortação e exemplo – 1.17 a 2.18

6) Planos para futuro – 2.19-30

7) A grande digressão – 3.1-21

8 ) Encorajamento, apreciações e cumprimentos – 4.1-20

9) Despedidas- 4.21-23

Após a saudação, Paulo mostra sua alegria, em forma de ação de graças. É bem diferente da carta aos gálatas, que começou com repreensão (Gl 1.6). Era uma igreja ativa, missionária, de bom testemunho e liberal no sustento. Em Corinto havia mau testemunho e a mesquinharia. A igreja de Filipos a igreja é totalmente positiva. Há igrejas como as da Galácia, cheias de problemas doutrinários. Há igrejas como a de Corinto, cheia de problemas doutrinários, brigas e mau testemunho. Mas há como a de Filipos, boa, amorosa e que dá alegria a quem convive com ela. Que igreja estamos construindo?Continue a ler »ESTUDO BÍBLICO EM FILIPENSES – TEXTO: 1.3-8

ME INCLUA FORA DESSA, CARA PÁLIDA!

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 8 de janeiro de 2012

 

Um colunista escreveu um artigo intitulado “A cracolândia somos nós” (Folha, 6.1.12), focando os viciados em crack, em S. Paulo. Não declarou que somos culpados pela existência deles, e sim que eles são responsabilidade de todos. Mas o título é pouco lúcido. Um chamariz, mas infeliz. Eu não sou a cracolândia.

Por ser pastor, chamar-me-ão de reacionário, direitista (até porque não recito chavões esquerdistas que eu adorava quando adolescente). Mas alguns comentários de leitores, mesmo atribuindo ao jornalista o que ele não disse, são úteis. Um deles, Calango Doido (pitoresco!), disse: “Cracolândia somos nós uma pinóia. Inclua-me fora desta. Nunca colaborei com o tráfico e meus filhos foram muito bem criados para que eu também leve esta alcunha. Se você se sente culpado em algo, então diga que a Cracolândia é você, eu não tenho nada a ver com aquela tranqueira”. Outro escreveu: “Eu pago 40% do PIB em impostos para ter saúde, educação, segurança e NÃO TENHO NADA DISSO. Agora segundo o pensamento do Sr. ******, sempre temos responsabilidade em todas as mazelas espalhadas por ai . Outro dia veio dizer que motoboy psicopata é CULPA de todos”. Um terceiro disse: “Esse papo de novo que todo cidadão é culpado pelas mazelas da sociedade já é demais. Drogados não foram obrigados a entrar nessa vida. Se existem culpados nessa história, é certamente o poder público que deixou a situação chegar nessa proporção, e os próprios viciados que alimentam o tráfico”. Não sou o único reacionário deste país. Ou o único a não ceder ao sociologismo bocó…Continue a ler »ME INCLUA FORA DESSA, CARA PÁLIDA!

NÃO PERCA SEU BARCO

Pr. João Falcão Sobrinho

            Da janela do apartamento em que me hospedava em Macapá, eu podia ver o imenso Amazonas descendo pachorrento, sem pressa, para depositar no oceano a imensurável riqueza dos nutrientes que trazia desde suas nascentes no mundo amazônico. Eu estava em Macapá a fim de participar das celebrações do quadragésimo aniversário de ministério do Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho, promovidas pela Igreja Batista Central de Macapá, que ele pastoreia. Um dos espetáculos mais belos que já pude ver em meus 81 anos de vida, assisti ali daquela janela: o nascer do sol como se o astro-rei estivesse saindo de dentro do grande rio, tingindo de rubro a imensidão de suas águas.

 

Podia ver também os barcos ancorados no cais e observar o temperamento calmo dos macapenses, como se a lerdeza do rio lhes impregnasse a própria alma. Tudo lá é feito devagar, com calma, não adianta se apressar porque o barco só pode zarpar quando o rio está cheio. Ali ancorado estava um barco de bom tamanho, cujo destino era Afuá, após três horas e meia de navegação. Aos poucos, o barco foi sendo tomado por centenas de passageiros com suas bagagens, redes e esperanças. Em dado momento, um tripulante tirou as amarras do barco e, com uma vara, afastou a proa da beira do cais, enquanto a prancha de acesso era removida e a porteira era fechada. Nesse exato momento, surge na avenida uma motocicleta em alta velocidade. Era um mototaxi com um passageiro na garupa. O homem gritava e gesticulava, evidentemente pedindo para que esperassem por ele. A moto chegou junto ao barco e, enquanto o passageiro tirava e devolvia o capacete e pagava a corrida, o barco já estava fora do alcance do seu embarque. O homem recolocou o capacete e voltou a montar na garupa da motocicleta visivelmente transtornado. Perdeu o último barco para Afuá. Por curiosa ironia, o nome do barco era FÉ EM DEUS. Eu vi um homem no cais em Macapá perder o barco que tinha por nome “Fé em Deus”.Continue a ler »NÃO PERCA SEU BARCO

QUE PRESENTE VOCÚ RECEBERÁ?

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 24.12.11

                No livro Crescendo na fé com Billy Graham, Grady Wilson escreveu o capítulo “Uma lágrima corajosa”. Ele conta que foi com Billy Graham à Coréia, em 1951, e lá foram a um hospital cirúrgico para visitar enfermos. Um soldado fora ferido nas costas e estava deitado de bruços. Billy deitou-se de costas no chão, para poder falar-lhe, e perguntou ao rapaz se ele queria que Billy orasse por ele. O soldado aquiesceu, e Billy Graham orou por ele.  Finda a oração, o rapaz disse: “Obrigado e feliz natal, senhor Graham”, e chorou. Uma lágrima caiu na bochecha do evangelista. Do lado de fora, Graham disse a Grady Wilson: “Esta lágrima é o melhor presente de natal que eu ganhei”.

Neste natal haverá gente em hospitais, em velórios, no desemprego, na orfandade ou viuvez recente. Pais não darão presentes a seus filhos por falta de recursos (Papai Noel não se dá bem com pobres). Pessoas passarão o natal na fila do SUS. Nas grandes cidades alguns o passarão dormindo nas calçadas ou revirando lixo em busca de algo para comer. Chocante? Deprimente demais para constar de uma pastoral no dia do natal? Bem, somos cristãos, não somos? É justo pensarmos no nosso bem-estar e conforto, raiando ao desperdício, enquanto pessoas sofrem?Continue a ler »QUE PRESENTE VOCÚ RECEBERÁ?

COMEMORE O NATAL CORRETAMENTE

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, dia 18.12.11

              Eu era seminarista e trabalhava na Baixada Fluminense, com a PIB de Edson Passos. Tomei o ônibus para ir para minha igreja, o famoso Mauá-Mesquita. O cobrador, vendo-me com a Bíblia, disse: “Garotão, neste natal vou encher a cara!”. Respondi: “O azar é seu!”.

Para muita gente o natal é pretexto para beber até cair. Ou comer até passar mal. Os quebradores de dietas (por que as fazem?) dizem: “É festa, vou quebrar a dieta”. Para muitos, natal é mera ocasião de rever parentes, trocar presentes, comer e beber. Um evento social.Continue a ler »COMEMORE O NATAL CORRETAMENTE

DESEJANDO SER UM OBREIRO MELHOR

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para um encontro com os pastores em Imperatriz, MA, e apresentado dia 12.12.11

 

“Você conhece alguém que faz bem o seu trabalho? Saiba que ele é melhor do que a maioria e merece estar na companhia de reis” (Pv 22.29, NTLH).

A Bíblia faz este elogio a quem é competente no seu ofício. Fazer bem um trabalho é questão de capricho pessoal e de amor ao trabalho. Só preguiçosos e inconsequentes se desincumbem de sua tarefa de qualquer maneira. Quem é incumbido de uma tarefa e é negligente no fazê-la mostra que não tem noção de responsabilidade. E se a tarefa a ser desempenhada é no reino de Deus, a questão avulta de importância. Eu era seminarista, e no culto do café da manhã, no refeitório do seminário, num domingo, o também seminarista Ivo Seitz leu Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente”. Isto foi há mais de quarenta anos, mas o impacto permanece comigo até hoje. Guardei isto: a obra de Deus não pode ser feita de qualquer maneira.Continue a ler »DESEJANDO SER UM OBREIRO MELHOR

A QUESTÃO DA UNÇÃO COM ÓLEO: OUTRA VISÃO

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

            “O Jornal Batista” publicou artigo do honrado Pr. Tarcisio, da PIB de Divinópolis, sob o tema acima.  Ele é um dos obreiros de mais futuro em nossa denominação. Preguei em sua ex-igreja,  quando ele era pastor em Feira de Santana, BA. Em seu ministério atual, fiz duas séries de pregações. Vi sua firmeza pastoral. Um senhor obreiro!

Em 1986, a JUERP lançou meu livro, Tiago, nosso contemporâneo. Teve três edições em português e uma em espanhol, em Cuba, de confecção artesanal, distribuída a pastores e seminaristas. Agora, aprofundei-me nos estudos e refiz o livro, como parte do Comentário Bíblico King James, da Abba Press, do qual sou o redator. Será outra edição, mais volumosa.

Naquela obra subscrevi a posição do Pr. Tarcísio, mas mudei minha visão. E a exponho, mesmo sabendo que virão críticas. Mas um dos votos que fiz a Deus foi que não hesitaria em mudar de posição quando convencido. Outro foi que não esconderia minha posição.Continue a ler »A QUESTÃO DA UNÇÃO COM ÓLEO: OUTRA VISÃO

A ALEGRIA DE FAZER MISSÕES

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 11.12.11

              Missões me comovem.

Sempre admirei os missionários que gastam suas vidas nos campos, pregando a Jesus. Chamo-os de “elite das tropas de Deus”. Com alegria leciono para os obreiros de missões estaduais, duas noites por mês, aqui em Macapá. Com alegria vou ao Vale do Jari para lecionar ao grupo que estuda Teologia comigo. É como Deus me usa para fazer missões. No serviço a eles, e  pregando pela Amazônia. Não posso ser um deles, sirvo-os.

Mas “O Jornal Batista”, de 4.12.11 , me “lavou a alma”, com o relato do trabalho dos batistas brasileiros na Itália! Tiro o chapéu para o Pr. Fabiano Nicodemo, nosso obreiro lá. Ele efetuou batismos numa praia de Cesena. Entre eles, o ex-padre Luca de Pero, que por isso foi excomungado pela Igreja Católica e abandonado pela família. Com o ex-padre foram batizados três líderes de sua ex-paróquia!Continue a ler »A ALEGRIA DE FAZER MISSÕES

CULTOS NA CASA DO TRAFICANTE

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 4.12.11

              No boletim da PIB de Vila Formosa, de Sampa, vi a notícia, tirada da Internet, que  Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, fazia cultos em sua casa. Ele disse: “Não vou para o inferno. Leio a Bíblia sempre, e faço cultos em minha casa, chamo pastores”.

 

Não sei o que pregaram em sua casa. Tampouco que textos bíblicos lhe deram para ler. Sobre bênção? Prosperidade? Não sei, mas o evangelho é que não. O evangelho chama ao arrependimento e mudança de vida (Mt 3.2, 4.17 e At 2.38). Mas, para muita gente, se cantou algum corinho, falou alguma coisa sobre Deus, fez alguma oração, se pregou o evangelho. O que pregaram na casa do Nem para ele dizer que vai para o céu porque faz cultos e chama pastores? Desde quando pastor ou culto salvam alguém? O problema é que muita igreja não fala de salvação, nem de céu ou inferno, apenas de prosperidade, saúde e vida feliz. Pregam bênçãos e não Jesus Cristo, o Salvador. Elas são o mel, não o sal de terra. Adoçam a boca do mundo, para atrair clientes.Continue a ler »CULTOS NA CASA DO TRAFICANTE

APOIO E PRESENÇA DE DIÁCONOS EM CAMPOS MISSIONÁRIOS

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Preparado para o 1º. Encontro dos Diáconos da Região Norte, em Belém do Pará, dia 12.11.11

 

INTRODUÇÃO – ONDE SE LEVANTA A TESE A DISCUTIR

Eis-nos diante de uma das mais sensatas questões que já vi, em debates sobre o diaconato. Eu mesmo nunca desenvolvera o assunto anteriormente, mas já o notara em meus estudos bíblicos. Quando escrevi o livro “Atos – de Jerusalém a Roma”, isto se me fez mais agudo, porque foi algo que me saltou aos olhos. Fiquei com a ideia na cabeça. Armazenei-a, para um dia fazer o download mental e desenvolvê-la. Agora me designam este tema.  E de quebra, tive três dias inteiros para refletir sobre ele, em Parintins, onde fui realizar pregações. Em Macapá, as múltipas atividades me desviariam do assunto. Na cidade dos bois Garantido e Caprichoso, pude refletir mais sobre o tema. E, longe de casa, com saudades da minha boa igreja e de minha excelente esposa, o remédio foi aplicar-me a este trabalho para não sentir saudades.Continue a ler »APOIO E PRESENÇA DE DIÁCONOS EM CAMPOS MISSIONÁRIOS

EBD: UM ENSINO PARA IMPACTAR VIDAS

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para os professores da EBD da Igreja Batista Central de Macapá, 25.11.11

 

 

 

INTRODUÇÃO

Esta palestra não ensinará alguém a ser um bom professor de EBD. Talvez não acrescente muito aos participantes, porque, na sua maior parte, são professores experientes e crentes maduros. Mas nos relembrará algumas verdades que, eventualmente, tenham ficado esmaecidas. E relembradas, debatidas e ponderadas, podem nos devolver um rumo que pode ter ficado perdido. É sempre bom relembrarmos verdades espirituais, mesmo que singelas. Muitas vezes ficamos tão familiarizados com elas que deixamos de ver seu brilho.

 

No livro O mundo de Sofia, o doutrinador de menina Sofia diz que a criança é  o verdadeiro filósofo, porque ainda não perdeu a capacidade de se encantar. Os adultos se acostumaram com as verdades, com o mundo, perderam esta capacidade de se encantar. As coisas se tornaram rotina. O doutrinador lhe escreve: “Podemos dizer que um filósofo permanece a vida toda tão receptivo e sensível às coisas como um bebê. E agora você precisa se decidir, querida Sofia: você é uma criança que ainda não se ´˜acostumou´ com o mundo? Ou você é uma filósofa capaz de jurar que isto nunca vai lhe acontecer?”[i].Continue a ler »EBD: UM ENSINO PARA IMPACTAR VIDAS

ANJOS – UM BREVE ESTUDO BÍBLICO

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Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, para a Igreja Batista Central de Macapá, AP

 

INTRODUÇÃO

O que é um “anjo”? Nos gibis de Maurício de Souza, é um ente com cabelos loiros encaracolados, olhos azuis, um par de asas nas costas e uma auréola sobre a cabeça.  Quando criança, criado na Igreja Católica, eu colecionava estampas de santos em meu catecismo. Havia um cartão especial que me impressionava: uma criança ia atravessar uma ponte e um anjo a protegia. Como sempre, o anjo era loiro e tinha um grande par de asas.

No misticismo de hoje, os anjos são mostrados como entes que podem ser manipulados. Há um anjo para cada dia, dá-se seu nome, e como se relacionar bem com ele. No neopentecostalismo não é diferente. “Gloria Copeland e Charles Capps sugerem que pode haver entre 40.000 e 72.000 anjos designados para cada crente, apenas esperando para servir-nos”[1]. Em certo lugar, um missionário recebera uma legião de anjos da parte de Deus, e os  alugava aos crentes, que pagavam mensalidades de um carnê pelo “aluguel”.

O que é um anjo? Alguém alado, alguém a serviço dos cristãos, alguém que vem nos visitar e dar revelações? O que a Bíblia diz?Continue a ler »ANJOS – UM BREVE ESTUDO BÍBLICO

LEMBRANDO DO EMANUEL

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral da Igreja Batista Central de Macapá, 27.11.11

              Completando 40 anos de consagração ao ministério pastoral, relembro fatos e pessoas que me marcaram. No segundo ano de meu ministério  preguei na Fazenda do Estado, região de Marília. Ia lá uma vez por mês. Em 15.10.72, converteu-se um rapaz, um pouco mais velho que eu: Emanuel. No mês seguinte esteve no culto, mas sumiu nos dois seguintes. Pensei que houvesse desistido. Reapareceu no quarto mês. Fora a outra cidade, “vender umas vaquinhas”,  rever a família e lhe falar de Jesus. Queria que seus familiares se convertessem.

 

Querendo firmá-lo na fé, perguntei-lhe se ele queria uma Bíblia, pois nossa igreja, a PIB de Marília, dava uma de presente aos convertidos. No melhor jeito caipira, ele me respondeu: “Quero não, senhor”. Fiquei meio decepcionado, mas ele me disse: “Eu vou comprar a minha Bíblia. Quero a melhor e a mais bonita. Quando eu comprei meu cavalo eu quis o mais bonito. Vou comprar a Bíblia mais bonita;  ela vale mais que um cavalo”.Continue a ler »LEMBRANDO DO EMANUEL

IGREJAS EM BUSCA DE RELEVÂNCIA

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado a 12ª.  Assembléia da COBAP, Convenção Batista Amapaense, na Terceira Igreja Batista de Santana, em 19.11.11.

 

INTRODUÇÃO

Igrejas em busca de relevância se tornou uma preocupação na mente de tanta gente que dá vontade de perguntar: como elas sobreviveram até hoje, num mundo tão competitivo, sendo irrelevantes? Numa sociedade secularizada e massificada por valores contrários aos das igrejas, como elas ainda existem, crescem e ainda preocupam tanta gente que se sente incomodada com elas? Parece que igreja é o negócio mais irrelevante do mundo e que alguns descobriram agora como torná-la relevantes, funcionais e interessantes.Continue a ler »IGREJAS EM BUSCA DE RELEVÂNCIA

A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

A QUESTÃO PRELIMINAR

A questão preliminar na prática do aconselhamento pastoral é esta: O que queremos, exatamente, com o ministério de aconselhamento pastoral? Bancar o psicólogo, aparentar ar professoral, ser importante, dominar as pessoas, impor nosso ponto de vista? Na década dos oitentas, o charme nas igrejas não era o louvor, mas era o aconselhamento. Na ocasião, eu trabalhava na Faculdade Teológica Batista de Brasília e observei quantas pessoas vinham fazer Aconselhamento Pastoral, porque queriam desenvolver o ministério de aconselhamento nas igrejas. Observei duas características comuns em muitos dos interessados: (1) Eram pessoas dominadoras; (2) Eram pessoas com pontos de vista muito fortes e que lutavam, por eles. É curioso como o temperamento das pessoas as impele para certas funções nas igrejas. Pessoas apaixonadas pela evangelização, não incomumente, são pessoas agressivas. Alguns gurus evangélicos e pessoas que se atribuem títulos pomposos são pessoas com enormes carências emocionais. Elas buscam compensação nas atividades eclesiásticas.  O conselheiro precisa se sondar: o que o motiva é amor às pessoas, consciência de missão, ou desejo de controle?Continue a ler »A PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO PASTORAL

APRENDENDO A LIDAR COM AS PESSOAS

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Hoje se ouve muito falar de “confrontação”, no aconselhamento pastoral. Em linhas gerais, é uma técnica de aconselhamento que se pauta pela repreensão bíblica. O termo “confrontação”, com toda a sua carga negativa, deixa isso bem claro. O maior representante desta teoria, entre os evangélicos, é Jay Adams. Foi uma reação às técnicas modernas de não interferência do conselheiro nas decisões do aconselhando, e à assimilação das técnicas de psicologia secular pelos conselheiros pastorais. A linha a seguir era a de enfatizar o valor das Escrituras no aconselhamento pastoral, e não as idéias tolerantes e aceitadoras do pecado, o que me parece válido.

 

Adams também resgata o valor da igreja, nesta teoria de aconselhamento. Se a pessoa aconselhada é membro de uma igreja, está debaixo de sua autoridade e a igreja pode repreendê-la. Somando as duas coisas, a autoridade das Escrituras e a autoridade da igreja, muitos adeptos desta teoria defenderam a repreensão pública das pessoas em pecado. O texto de 1Timóteo 5.20 foi muito usado: “Aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor”.

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AINDA RESTA UMA ESPERANÇA

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 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 20.11.1

Tomava o café da manhã. Liguei a televisão para receber as más notícias. Eis que veio uma propaganda: “Ainda resta uma esperança”. Presumi, pelo título, que fosse de um programa religioso. Era de um filme de ação. Aparecia um sujeito empunhando uma arma com firmeza e aquele ar de Charles Bronson. Típico de nossa cultura: a esperança está nos homens, nas armas, na violência.

O filme apela à violência como resposta ao anseio de vingança. Tratar o mal com o mal. A violência é a manifestação mais forte do pecado. Após a Queda, há o assassinato de Abel por Caim. Depois, Lameque compôs uma canção de ódio (Gn 4.23-24). A violência já era motivo de orgulho. Por fim, o desgosto de Deus: “a terra está cheia da violência dos homens” (Gn 6.13).Continue a ler »AINDA RESTA UMA ESPERANÇA

O PERFIL E ATRIBUTOS DO CONSELHEIRO BÍBLICO

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

INTRODUÇÃO –  UMA QUESTÃO PRELIMINAR

Não basta dizer-se vocacionado para o ministério pastoral ou para o ministério do aconselhamento para ser bem sucedido nestas atividades. Ser vocacionado não é uma garantia de que as coisas darão certas. Prova disso é o grande número de ministérios que dá errado e de igrejas com problemas muitas vezes causados por pastores. E, da mesma forma, de conselheiros que não conseguem ajudar as pessoas. Há algo mais além da chamada e da boa vontade em fazer a obra.

 

Ter consciência da chamada da parte de Deus e manter uma vida de comunhão com ele ajudam muito ao obreiro. Mas ter o preparo necessário também ajuda muito. Ninguém negará que Pedro foi chamado e usado por Cristo. Mas a sombra projetada pelo ministério de Paulo foi maior que a projetada por Pedro. Inteligência e preparo postos a serviço de Cristo é uma bênção.  O conselheiro bíblico precisa ser bem preparado. Tanto na área de estudo sobre o assunto e sobre a Palavra de Deus, como na área do preparo emocional. O emocional e o espiritual devem caminhar juntos, principalmente na vida de quem cumpre a tarefa de ajudar o povo de Deus. Por isso, é sempre oportuno lembrar, o primeiro dever do obreiro cristão é cuidar de si mesmo. É triste a palavra da sunamita em Cânticos 1.6: “Puseram-me por guarda de vinhas, mas a minha vinha não guardei”. Guarde a sua vinha! Seja uma pessoa que busca a maturidade espiritual e emocional. Invista em si mesmo.Continue a ler »O PERFIL E ATRIBUTOS DO CONSELHEIRO BÍBLICO

ACONSELHAMENTO PASTORAL OU ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO?

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Apresentado aos alunos do Centro de Formação Pastoral do Amapá

 

 

1. QUESTÃO PRELIMINAR

Esta é a primeira questão que desejo considerar: o que estudaremos será aconselhamento pastoral ou aconselhamento bíblico? Muitos pastores têm se travestido de psicólogos e, nesta disciplina, muitos seminários têm se preocupado mais com aconselhamento psicológico que pastoral. Freud, Adler, Mortimer, Jung, Erickson e outros têm tomado o espaço da Bíblia. Pessoalmente, vi um professor da disciplina ironizar a Bíblia, quando depreciava seu ensino para formação do caráter e para resolução dos problemas emocionais das pessoas. Para ele, a área espiritual nada tinha a ver com a emocional e psicológica. A Bíblia podia ser usada para outras coisas, mas para o aconselhamento, ele, particularmente, “usava a ciência”. E segundo ele, este era o erro de muitos pastores “fundamentalistas”, o de prenderem-se à Bíblia e aos princípios e valores cristãos. Só a “ciência” podia ajudar as pessoas. Contraditoriamente, este professor era pastor, e aos domingos pregava sobre a autoridade e a suficiência das Escrituras, do púlpito que ocupava. Parece que tanto a autoridade quanto a suficiência eram parciais. Ou sua teologia era esquizofrênica.Continue a ler »ACONSELHAMENTO PASTORAL OU ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO?

NA TERRA DOS BOIS, O CORDEIRO TRIUNFA

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Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 13.11.11

 

Voltei a Parintins, após catorze anos.  Fui pregar nos 15 anos da 2ª. Igreja, pastoreada pelo Pr. Antonio. Templo grande, com ar condicionado, frequências ao redor de 300 pessoas. Reencontrei o Elmer, filho do Pr. Lessa, o homem que implantou o evangelho na ilha, há mais de meio século. Hoje é o Pr. Elmer, da PIB.  A família Lessa foi perseguida e até atentado de morte sofreu. A PIB de Parintins se aproxima dos 1.000 membros.  O Colégio Batista vai bem, e não está endividado.

Quando o Pr. Elmer era adolescente fizemos uma viagem louca à aldeia saterê na reserva Vila Nova. Os rios transbordavam e a água batia na copa das árvores. Ele, eu, o Brilhante (hoje pastor) e o Dr. Joel Afonso (PIB de Manaus) para tratar dos índios. Fui como Presidente da Convenção Batista do Amazonas. Fora lançado o NT em saterê e agora se lançavam Gênesis e Úxodo. Recebemos a Igreja Saterê, com 40 membros, no seio da Convenção. No ano seguinte, presidi a assembléia convencional, em Parintins. A Igreja estava com 120 membros e seu exuberante coral se apresentou, cantando em saterê.Continue a ler »NA TERRA DOS BOIS, O CORDEIRO TRIUNFA

PÉS COMO OS DA CORÇA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 6 de novembro de 2011

 

Estudava os profetas menores com os alunos do Centro de Formação Pastoral. Chegamos a Habacuque, um desconhecido em nossas igrejas. Analisamos o pano de fundo e a estrutura do livro. Depois, sua teologia. No final, o profeta descreve um quadro grave de fome (3.17). Mesmo assim, ele exultaria no Senhor (3. 18). Eis a razão: “Ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos”.Continue a ler »PÉS COMO OS DA CORÇA

O ENCANTO DA BÍBLIA

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 30 de outubro de 2011

 

Graças a Deus, conclui mais uma leitura da Bíblia. Vali-me  da “Bíblia de Jerusalém”, pois leio cada vez numa versão diferente. Esperava terminar em julho, mas me detive nas notas de rodapé. Além disso, como ela é volumosa por ter os apócrifos (não os li) não a levei nas viagens.

Deixei a cereja do bolo para o final, o Apocalipse. É meu livro preferido. Não sou futurista nem vejo nele batalhas horrorosas e sangrentas, num futuro. Mas ele me consola. Mostra a Igreja perseguida, mas fiel. Hostilizada a ponto de quase ser aniquilada, mas triunfante. O livro não se centra nas desgraças, e sim no triunfo final de Jesus. O cristianismo que ele mostra não é  festivo, ôba-ôba, mas piedoso e fiel. Sério.Continue a ler »O ENCANTO DA BÍBLIA

A MATEMÁTICA DO PERDÃO

 

Isaltino Gomes Coelho Filho

Publicado originalmente na revista “Você. Publicada no site com a autorização da revista.

“Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou: – Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? – Não! – respondeu Jesus. – Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete”  (Mateus 18.21-22, NTLH).

 

Jesus havia acabado de falar, há pouco, aos seus discípulos, sobre a maneira deles se relacionarem. Se um irmão errasse contra o outro, este deveria procurá-lo e acertar os ponteiros com ele (v. 15). Se o errado ouvisse, a pessoa certa teria ganhado o irmão. Que bom! É melhor ganhar alguém que perder a amizade da pessoa! Mas se o errado não quisesse ouvi-lo, ele deveria levar duas ou três outras pessoas, agora já como testemunhas (v. 16). Se ela não ouvisse os irmãos, uma espécie de comissão, então que o assunto fosse à igreja (v. 17). Isto é importante. Precisamos resgatar a autoridade da igreja. Ela não é apenas um lugar aonde vamos nem uma instituição que deve fazer nossa vontade e atender aos nossos caprichos. Ela é a manifestação da presença de Jesus neste mundo, e tem autoridade sobre seus membros. Se a pessoa errada não quisesse ouvir a igreja, então esta o deveria considerar como um não irmão. Como se fosse “um pagão ou cobrador de impostos” (LH). Estas eram duas classes de pessoas que não tinham boa imagem espiritual. Quem recusa se corrigir acaba criando uma imagem espiritual ruim para si.

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UM PAR DE ÓCULOS

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 23.10.11

 

Uma de minhas ovelhas estreou óculos novos. Disse que estava vendo bem, e, como trabalha com digitação,  agora erraria menos. Comentei que seria bom se houvessem óculos morais, para nos ajudar a errar menos. Logo me veio à mente que temos óculos morais: a Bíblia. Ela, além de ser a auto-revelação de Deus, tem o poder de nos orientar na vida, em todas as questões. A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira diz que ela é “o fiel padrão pelo qual devem ser aferidas a doutrina e a conduta dos homens”.Continue a ler »UM PAR DE ÓCULOS

O QUE NOS ACONTECE QUANDO MORREMOS?

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, estudo preparado para a Igreja Batista Central de Macapá

 

INTRODUÇÃO

O que nos acontece quando morremos?  O materialista dirá que não acontece nada. Tudo se acabou. Para alguns, voltamos em uma segunda oportunidade, uma terceira, quantas forem necessárias.  Este mundo é uma espécie de penitenciária, um IAPEN espiritual, onde pagamos os erros de vidas passadas, embora não nos lembremos deles. Para outros mais, ficamos em uma espera, dormindo, até que um dia acordaremos, no juízo final. E outros, ainda, pensam que ficamos num lugar de onde orações e cerimônias religiosas do lado de cá, feitas por outras pessoas, nos tirarão. Mais recentemente, começou a se veicular a idéia de que continuamos vagando por aí, até cumprimos nossa missão. Isto foi mostrado em dois filmes, Ghost  e Sexto sentido. Neste, um psicanalista é morto, mas não sabe que morreu. Contracena com ele um garoto que lhe diz: “I see dead people all the time” (“Eu vejo gente morta, sempre”). Só depois que ajuda o menino a se firmar, desempenhando um papel numa peça de Shakespeare, é que o psicanalista entende que morreu, e pode ir embora, de vez. Esta é uma tendência de romantizar a morte e enaltecer a vida humana mostrando seu sentido como sendo o cumprimento de uma missão. Quem cumpre sua missão aqui na terra pode morrer em paz. É uma  afirmação do existencialismo, que afirma que o sentido da vida é aquele que lhe damos. No entanto, Eclesiastes 12.13 define bem o sentido da vida: “De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados.”. Há um sentido na vida: viver com Deus. Não nascemos para vencer nem para sermos felizes. Nascemos para viver com Deus. Quando vivemos com ele, vencemos e somos felizes. Vitória e felicidade são subprodutos da vida partilhada com Deus. As circunstâncias se tornam pouco relevantes. O problema é que a humanidade quer viver sem Deus. E também quer explicar a morte sem ele.

Há quem diga que a morte não existe e tudo é ilusão. Tudo é maya. Mas todas as pessoas, em todas as épocas, foram iludidas?  A morte é real. Há um grande esforço da cultura secular em banir o sofrimento e a morte de nossas preocupações, negando-a ou romantizando-a. No fundo, é o medo da morte que nos faz revesti-la de aspecto romântico. Mas a morte é feia e triste.

Querer saber o que nos acontece após a morte é algo natural para quem crê na sobrevivência da alma. O materialista nada tem a especular aqui. Sua vida é pobre e se limita à sobrevivência física. Morrendo ele, tudo se acabou. Mas os que pensam em vida após a vida têm esta curiosidade. O que nos sucede, quando morremos?Continue a ler »O QUE NOS ACONTECE QUANDO MORREMOS?

UM PERIGO NAS PROJEÇÕES LUMINOSAS

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 16.10.11

              Muitas igrejas sinalizam as partes do culto com imagens luminosas. Principalmente no tópico sobre adoração ou na hora dos corinhos. Geralmente são imagens de cenários. Alguém de braços abertos diante do mar, ou dum rio, ou, ainda, do pôr-do-sol. Os itens do culto são marcados por fotos de ambiente externo. Normalmente, a foto é de uma pessoa só, ou de uma família. Como a de uma família esbelta, vestida de branco, calças arregaçadas, andando pela praia, de mãos dadas. Esta ilustra a comunhão ou o momento de intercessão. Não sei se irão orar a Iemanjá. Até “O Jornal Batista” adotou esta prática de ilustrar seus artigos com imagens de cenários externos à igreja. Principalmente de uma pessoa diante da natureza.

Preocupa-me a mensagem passada com estas projeções. Tira-se o foco do local de reunião e se projeta para um lugar paradisíaco, como se a igreja fosse “um porre”. Seria bom estar lá fora. Associa-se o culto com o ambiente externo, e foca-se a pessoa. Há três perigos nisto.  Continue a ler »UM PERIGO NAS PROJEÇÕES LUMINOSAS

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