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Isaltino

O Crescimento É De Dentro Para Fora

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O Crescimento É De Dentro Para Fora

          Eis o quarto item de nossa filosofia ministerial: O CRESCIMENTO É DE DENTRO PARA FORA. No anterior tratamos da celebração da fé. Neste, da comunicação da fé. A vida cristã não pode ser intimista (“eu e Deus”). É contagiosa: “Eu, Deus e outros”. Um convertido tem prazer em repartir o que crê.  Faz suas as palavras de Pedro e João: “Pois não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido” (At 4.20). Como disse Bernanos, “os convertidos são incômodos”.

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Até Que Outro Crime Nos Choque

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Até Que Outro Crime Nos Choque
 

            Um menino de 6 anos foi arrastado por 7 km por bandidos, no Rio de Janeiro. Ele ficou preso, pelo cinto de segurança, do lado de fora do veículo. O corpo foi quicando, durante a fuga. Ficou uma pasta de carne humana. O Sargento Navega, que encontrou o carro, disse: “Era um pedaço de carne, já sem roupa, destruído. Mas eu sabia que era uma criança. Peguei o rádio, mas não conseguia me expressar. A voz embargou”. Disse mais o militar:  “Eles tiveram oportunidade de deixar a criança com a mãe. Era só deixar o menino descer. Eles não têm Deus no coração”.

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Onde Estão Os Mortos?

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Onde Estão Os Mortos?

 

Ebenézer Soares Ferreira

Os justos, ao morrerem, vão logo para o céu. Há pessoas que procuram contestar o ensino claro das Escrituras sobre o estado desincorporado dos mortos. Baseiam-se elas em textos bíblicos que nada lhes oferecem para escorar sua doutrina do "sono da alma", que é, especialmente, esposada pelos sabatistas. Em Lucas 23.43, se lê: "Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". Para que sirva aos seus planos doutrinários, eles colocam dois pontos após a palavra hoje e, assim, fica o texto: "Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso". Deste modo, o texto fica totalmente modificado. Segundo essa leitura, um dia o crente irá para a bem-aventurança eterna. Mas não se sabe quando.

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A ênfase é na Palavra

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A Ênfase é na Palavra
 

                Eis o terceiro item de nossa filosofia ministerial: A ÊNFASE É NA PALAVRA. A Igreja do Cambuí prioriza o ensino da Bíblia. O pastor não é um guru com uma revelação nova, que substitui a Bíblia. O princípio teológico é este: todo e qualquer ensino ministrado na igreja, no púlpito, nas classes e até mesmo nos lares (se sob a égide da Igreja) deve ser analisado pela Bíblia.

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De servos apascentadores a gerentes eclesiásticos

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De servos apascentadores a gerentes eclesiásticos

A sociedade de consumo dos shoppings e do fast food se instalou no mundo sem fronteiras e faz a cabeça da humanidade, inclusive dos evangélicos. Não é incomum encontrar em nossas igrejas pessoas que esperam da igreja shows e atendimentos de boa qualidade e de resultados rápidos. É óbvio que querer o melhor daqueles que se dizem representantes do melhor é algo perfeitamente normal. É nesse cenário que a igreja evangélica brasileira se encontra e tem que fazer a sua escolha. A igreja precisa decidir entre oferecer alimento sólido e preparar uma geração de autênticos discípulos e adoradores do Senhor Jesus Cristo ou simplesmente agradar uma humanidade que se encontra perdida, à semelhança de ovelhas sem pastor. A escolha da igreja vai fazer a diferença entre a maturidade cristã e a mediocridade de uma religiosidade cristã.

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A Igreja celebra sua fé sem rigidez, mas sem artificialismo

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A Igreja celebra sua fé sem rigidez, mas sem artificialismo
 

            Este é o segundo item de nossa filosofia ministerial: A IGREJA CELEBRA SUA FÉ SEM RIGIDEZ, MAS SEM ARTIFICIALISMO. O primeiro item diz respeito à essência da igreja. O segundo diz respeito ao culto. Nos anos sessentas, as discussões nas igrejas eram por questões doutrinárias. Atualmente são sobre a forma do culto.  A maior parte dos problemas está na celebração da fé.

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A Igreja é mais uma família que uma instituição

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A Igreja é mais uma família que uma instituição
 

            Sete anos atrás, ao assumir o pastorado da Cambuí, apresentei uma proposta de filosofia ministerial, em cinco itens. Ela nortearia a vida da Igreja, expressando nossa compreensão da vida cristã. Ela está no bienário da Igreja (todo membro tem direito a um), junto com a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, os Princípios Batistas e o Pacto das Igrejas Batistas., que são elementos comuns a quase 7.000 igrejas batistas no Brasil e quase 150.000 no mundo. Como nem todos lêem o bienário, todo ano repito a proposta em forma de pastorais.

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“Eu-ísmo”

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"Eu-ísmo"

           "Eu-ísmo". Você já viu esta palavra antes? Não se preocupe. Nem eu, até o dia em que escrevi esta pastoral. Vi-a num livro de MacArthur, Ouro de tolo – discernindo a verdade numa época de erro. Está no capítulo "Controlando as escolhas – combatendo o consumismo com uma mentalidade bíblica". Gostei tanto dos argumentos que fui orientado para este artiguete. Eis o que MacArthur chama de "Eu-ísmo": "Em essência, consumismo é ‘eu-ísmo– chamando-nos a exaltar-nos a nós mesmos como árbitros de todas as nossas questões" (p. 179).

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Uma Volta ao Passado para Reencontrar o Rumo

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Uma Volta ao Passado para Reencontrar o Rumo

            Andarei em campo minado. A prisão de Estevam e Sonia Hernandez, apóstolo e bispa da Igreja Renascer, não pode ser varrida para baixo do tapete. Não finjamos que não houve nada. A Renascer pertence à ala neopentecostal do movimento evangélico. Que dista da ala pentecostal. Que dista da ala tradicional.

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O Turista Alemão Entrou Numa Fria…

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 O Turista Alemão Entrou Numa Fria…

    Veio da agência Reuters, dia 29 de dezembro:
“Um turista alemão de 21 anos que queria visitar sua namorada na cidade australiana de Sydney aterrissou a 13 mil quilômetros dali, em Sidney, Montana, depois de se confundir ao selecionar o destino em sua reserva na Internet. De camiseta e calças curtas, preparado para o verão australiano, Tobi Gutt partiu da Alemanha no sábado para uma viagem de quatro semanas.  Mas, em vez de chegar na Austrália, Gutt desceu em um continente diferente, no gelado Estado de Montana, Estados Unidos”.

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O Grande Hino Cristológico De Efésios – Parte 1

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O Grande Hino Cristológico De Efésios

Parte 1

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

           

O texto de Efésios 1.3-13 é a maior sentença gramatical da Bíblia. O ponto final aparece no versículo 13 (Bíblias antigas) ou no 14 (Bíblias novas). São 203 palavras no texto grego. Após a saudação habitual em suas cartas, Paulo prorrompe em louvor de maneira tão entusiástica que custa a parar. Encadeia os pensamentos um após o outro e fica até difícil captar o sentido do que ele está a dizer.

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Qual a Cor Certa da Roupa na Virada do Ano?

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Qual a Cor Certa da Roupa na Virada do Ano?

 

            Li, num site da Internet, um artigo sobre as cores a usar na passagem do ano para se ter sorte em 2007. Começa assim: “Uma das superstições mais comuns em todo o mundo é a roupa que você deve vestir na passagem do ano. Já que um novo ano está nascendo com mil e uma coisas para serem feitas e descobertas, nada mais natural que o clima de renovação se reflita também em suas roupas que devem ser novas. Se o dinheiro estiver curto, roupas íntimas já dão conta do recado”.

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A Desfiguração Da Fé Cristã

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A Desfiguração Da Fé Cristã 

            Muito se tem falado da desfiguração do natal. Comentei isto na pastoral última, “O padre tem razão… mas ainda há mais”. Mas esta desfiguração é apenas parte da que se faz com a fé cristã. Quem leia o Novo Testamento em busca de entendimento se surpreenderá com a distância entre seu ensino e o que se faz hoje sob manto de fé cristã.

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Natal, Ano Novo, Superman, Jesus

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Natal, Ano Novo, Superman, Jesus

 © Darlyson Feitosa – Pastor Auxiliar da SIBPP

     Na contra-capa do DVD Superman – O Retorno se lê: “É muito além de super. É soberbo”. Por conta disso aluguei o filme e assisti-o com um pouco de interesse. O interesse foi aguçado com o enredo e alguns diálogos, que passo a comentá-los.

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O Padre Tem Razão… Mas Ainda Há Mais

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O Padre Tem Razão… Mas Ainda Há Mais

            O “Correio Popular”, de Campinas, trouxe um artigo do Pe. José Trasfereti, intitulado “Jesus ou Papai Noel?”. O padre critica a substituição de Jesus por papai Noel, e lamenta a transformação da data em ocasião de lucro, sem reflexão espiritual. Suas palavras finais foram: “Portanto, neste natal, menos papai Noel e mais Jesus Cristo”.


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Um Bom Futuro

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Um Bom Futuro
 

            Neste semestre lecionei três classes de Homilética, na Faculdade Teológica de S. Paulo. Na de Campinas lecionei uma classe de Teologia do Ministério Pastoral. Trabalhei na administração de dois seminários e leciono em seminários desde os 23 anos. Tive muitas classes e muitos alunos. Como comecei cedo, fui professor de pastores que já se aposentaram. Fui professor de um pastor no seminário de Bauru e, anos depois, de seu filho, na faculdade de S. Paulo. Mas deixemos as reminiscências de lado. Quando se envelhece se olha demais para trás. E a questão não é esta.

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Anorexia Espiritual

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Anorexia Espiritual

            Um irmão em Cristo, amigo desde Manaus, hoje morando em S. Paulo, escreve-me comentando a pastoral “Lições de uma ovelhinha distraída”, onde falei de raquitismo espiritual. Pede-me para falar de “anorexia espiritual”. Engendrei alguns pensamentos. Mas meu amigo é um pensador de grande capacidade analítica. Faz ponderações tão sensatas, que para escrever sobre o assunto, eu o plagiaria.

            Veja-se esta citação sua, na mensagem enviada: “Ultimamente falou-se muito da anorexia. Aproveito para sugerir que o caro amigo escrevesse algo sobre a ‘anorexia espiritual’, uma enfermidade que acomete muitos crentes hoje e que se principia na adolescência da caminhada cristã e às vezes vem acompanhada de ‘bulimia espiritual’. A anorexia espiritual não só atinge as mulheres, mas igualmente os homens. Temos notado que as próprias igrejas batistas, em grande parte, consideram secundário o ensino bíblico.  O comprometimento com Deus e a sua Palavra tornou-se também secundário. A situação da EBD é assaz preocupante e na maioria das igrejas, nem mais existe a Escola de Crescimento Cristão; as neopentecostalizantes acabam eliminando a EBD, sendo substituídas por mensagens positivistas e por músicas e orações meio de auto-ajuda, auto-reconciliação e auto-aceitação. O precioso alimento, portanto,  é retirado de circulação. Sem recomendação bíblica ou da Palavra de Deus, adota-se uma dieta restritiva e aparentemente inocente para se perder aqueles ‘quilinhos’ que atrapalham a aparência exterior, além da prescrição de ‘laxantes’, como água benta ou benzida, óleo ungido, oração poderosa e que tais, deflagrando em pouco tempo a recusa sistemática do paciente em alimentar-se. Quando é ingerido um alimento sólido,  o paciente ‘vomita no vaso sanitário da vida’. Assim, muitas igrejas corroboram para que os crentes sejam ‘esbeltos’ na aparência e submissos à palavra do líder”.

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A Fraqueza Que Se Torna Força

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A Fraqueza Que Se Torna Força

            No livro Das profundezas – preces, com orações de Kierkegaard, há uma intitulada “A fraqueza verdadeira”. Assim se expressa o filósofo dinamarquês:

“Pai celeste! No mundo cá de fora, um é forte, outro é fraco. O forte – quem sabe – envaidece-se com a sua força; o débil suspira e, ai de mim, torna-se invejoso. Mas aqui, bem no interior da tua Igreja, todos somos fracos: aqui, perante tua presença – tu és o poderoso, só tu és o forte”.

 

Gosto de Kierkegaard. Crítico severo da cultura européia, ele via a Europa a caminho da bancarrota. Mas também foi duro com o cristianismo de sua época, principalmente sua Igreja, a Luterana. Ele a chamava de “igreja de domingo”. Muita forma e pouca vida. Para ele, a questão mais importante não era saber se o cristianismo era verdadeiro, mas se era verdadeiro para a pessoa. Se a pessoa o vivia. Hoje se procura uma igreja pelo que ela oferece, pelos atrativos (ela é um entretenimento), se há um programa de relações sociais para os filhos, se o estacionamento é amplo, etc. Não se ela chama a engajar-se com Cristo para viver o evangelho. Um cristianismo meramente social, de compromissos mundanos e conveniências: “o que é melhor para mim?”. O cristianismo de hoje não é melhor. Talvez pior.

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Destruindo Reputações

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Destruindo Reputações

 

       A empresa Folha da Manhã, que edita o jornal “Folha de S. Paulo”, terá que pagar R$ 250.000,00 a cada proprietário da extinta Escola Base, uma escola infantil. Eles foram denunciados pelo jornal, em 1994, de abusos sexuais contra as crianças. Segundo a notícia, “a escola acabou depredada e saqueada, e os apontados sofreram o que sua defesa chamou de ‘um verdadeiro linchamento moral’”. Icushiro Shimada, o proprietário, teve um infarto. Sua esposa, Maria Aparecida Shimada, vive à base de tranqüilizantes. O motorista da escola, que conduzia as crianças, Maurício Alvarenga, teve o casamento terminado. Os três entraram com pedido de danos morais, após se provar a falsidade da denúncia. A morosidade da justiça fez com que se passassem doze anos até a decisão favorável às vítimas da calúnia. O “Folha de S. Paulo” tem a reputação, justa, de ser um jornal sério. Foi um erro que deveria ser assumido imediatamente com pedido público de desculpas e atos de reparação.

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A Filosofia Do Boteco Pé Sujo

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A Filosofia Do Boteco Pé Sujo

 

            No livro Livre-se dos “corvos” – cuidado com os “sugadores de energia”, Luiz Marins tem um capítulo sobre manter a serenidade.  Ele ficou preso em um táxi, num engarrafamento em S. Paulo. Um caminhão quebrara numa das marginais e o trânsito ficou mais caótico que o habitual. Ele estava atrasado para um compromisso, o táxi não tinha ar-condicionado. O motorista comia biscoitos de polvilho, mastigando ruidosamente, deixando farelos pelo carro. E ligou o rádio em alto volume, competindo com o som externo, numa emissora que tocava rap e pagode (ninguém merece!).

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Cultos Biblicamente Relevantes

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Cultos Biblicamente Relevantes
 
Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para ser um capítulo do livro da Convenção Batista Brasileira, de 2007.
 
 

O que significa, exatamente, cultos biblicamente relevantes?

Não estamos falando apenas de cultos relevantes, mas “biblicamente relevantes”. O “biblicamente” faz diferença. A relevância de muitos cultos tem sido buscada no seu significado para as pessoas. Vivemos numa época antropocêntrica em que o homem passa a ser o referencial e o fio de prumo de quase tudo.  Até mesmo o culto é medido pelo impacto que causou nas pessoas, se lhes foi agradável e se elas se sentiram bem. Tudo é planejado para que as pessoas queiram voltar. Estas coisas são boas, mas não são o cerne do culto. Sua relevância não pode se medir por como as pessoas se sentiram. Pessoas de coração duro, sem desejo de compromisso com Deus, querendo apenas promessas, podem se sentir bem em um culto que apazigúe seus corações. Mas talvez estejam precisando ser incomodadas! Se uma pessoa está longe de Deus ou em desacordo com sua vontade e se sente bem em um culto, este pode ter sido significativo para ela. Até mesmo relevante porque a fez sentir-se bem, confirmando seu estilo de vida. Mas foi biblicamente relevante?

 

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Que tal destruir alguns humanos hoje?

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Que tal destruir alguns humanos hoje? 

            Este é o título de um game anunciado num portal da Internet. Para relaxar, após um dia estressante, uma partidinha, em que um simpático alienígena mata alguns humanos. Nada de violento. Apenas para relaxar…

            A questão é controvertida, esgrimindo as partes litigantes dados a seu bel-prazer, mas fala-se muito da influência de jogos violentos no comportamento de jovens. Um ponto parece-me claro: violência como entretenimento não é muito sadio. E não produz pessoas pacíficas. Dizer que funciona como uma catarse soa-me simplista. Acho curioso que alguns digam que conviver com a pobreza causa violência. E que conviver com a violência não causa violência.

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Que Mundo!

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Que Mundo!

 

            Não recordo o livro e o autor, só o término. Após analisar as possibilidades que a tecnologia oferece, o autor concluiu: “Que época fascinante para viver!”. Vou parodiá-lo: “Que época miserável para viver!”. E justifico. Não é o desejo de ser diferente. É real.

            Veio no Correio Popular, de Campinas: uma mãe de 25 anos de idade deixou o filho de um ano num carro fechado e foi dançar pagode. Quando o policial a interpelou, depois de alertado por alguém, ela perguntou: “E daí? Que é que tem?”.  No mesmo dia, uma criança de dois anos foi abandonada na fria noite paulistana, nua da cintura para baixo, com uma chupeta na boca. No dia anterior, uma mãe de 16 anos esganou o filho de um ano, que chorava, e foi dormir. Um pai esqueceu o filho de um ano e três meses num carro fechado. Multiplicam-se os casos de crianças abandonadas, mortas pelos pais, esquecidas enquanto pais dançam ou bebem.

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É Preciso Ter Coragem

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É Preciso Ter Coragem

por Pr. Elias Moreira da Silva

       Desde que deixei o ministério de música de uma de nossas Igrejas, depois de 16 anos, tenho visitado outras igrejas e observado com apreensão o rumo que estamos tomando na nossa forma de adorar.

 
       Adoração coletiva tem tomado um caminho muito individualista. Cada pessoa, ou dirigente, ou pastor, tem um gosto por uma forma particular. Encontramos pessoas que se expressam quanto à forma de adorar, assim: “É preciso que o culto seja espontâneo”, outros “Eu acho que temos que ter liberdade para nos expressarmos”, outros “Nós temos que nos afastar da formalidade” etc…

 
       Estamos na era do data-show, das coreografias, das danças, dos ritmos fortes que nos sacodem e nos fazem pular, bater palmas, dar gritos pra Jesus.

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Lições de uma ovelhinha distraída…

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Lições de uma ovelhinha distraída…

    Vinha sendo uma terça-feira cheia. De manhã cedo fora ao escritório de uma senhora da igreja para orar com ela. De lá, fui a Conchal, a 90 km de Campinas, para visitas a pessoas interessadas no evangelho, com vistas à implantação da Missão Batista naquela cidade. De volta, atendera duas pessoas na igreja, e esperava Meacir para visitarmos uma senhora que fora cirurgiada. Eis que me vem uma ovelhinha, puxando dos pés. Pareciam machucados. Pergunto em bom paulistês: “Que foi isso, fia?” (paulista que se preza não fala “filha”). Machucara os pés? Não, era o corpo todo. Fora à praia e estava queimada, não bronzeada. Perguntei se não usara um bom filtro solar. Usara, mas com prazo de validade vencido. Surpreendi-me. Não reparara que filtros solares têm prazo de validade. Mas o da ovelhinha querida vencera. E, pasmem, em 2003. Tinha que estar torrada. O cansaço que começava a aparecer foi substituído por risadas. Principalmente porque outra ovelhinha, que usara filtro solar com prazo certo, “tirou uma casquinha”. Pediu: “Faz uma pastoral sobre ela, pastor!”. Aliás, devo a esta ovelha zombeteira o tema de hoje. Um dia farei uma pastoral sobre ovelhas escarnecedoras… Fiquemos com a ovelha tostada.

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A Verdadeira Fé

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A Verdadeira Fé

            No livro Super-heróis e a filosofia – verdade, justiça e o caminho socrático, há um capítulo de Tom Morris intitulado “Deus, o Diabo e Matt Murdock”. Ele aborda a questão da espiritualidade nas histórias em quadrinho. Aprendi muito. Quando fiz uma pós-graduação em Educação, preparei um trabalho intitulado “A ideologia das histórias em quadrinhos”. Mas o livro foi muito mais fundo.

            Ele faz uma observação pertinente: “Religiosidade não é o mesmo que fé. Mas às vezes não é fácil distinguir uma da outra. A religiosidade é superficial, a fé real é mais profunda. De um modo geral, a religiosidade é só uma questão de hábito. A fé é algo muito mais envolvente”. Ele critica a idéia segundo a qual os homens criaram a fé religiosa por causa de seus temores. Diz que a religiosidade pode ser um escapismo, muleta contra o mundo assustador. A superstição e a religiosidade superficial são apenas reação de pessoas temerosas, mas a verdadeira fé é mais que isto. Identificando a superstição com religiosidade superficial, ele diz: “A superstição é um esforço temeroso e desesperado de manipular a realidade para que se adapte às nossas necessidades”. A pessoa tenta manipular forças espirituais em seu benefício. Ela quer seu mundinho em paz e que tudo a ajude. Assim as pessoas adotam práticas para se proteger: talismãs, simpatias, vudus, mandingas, etc.

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Quem Cuida da Lojinha?

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Quem Cuida da Lojinha?
 

            A piada é infame, mas vá lá. Façam de contas que nunca a ouviram e achem graça. O comerciante, moribundo, reúne a família ao redor de si. Pergunta: “Sarah, você está aqui?”. “Estou”, responde Sarah. “Isac está aqui?”, pergunta ele. “Estou, papai”, responde Isac. “Miguel está aqui?”. Miguel responde afirmativamente. O homem se senta na cama e pergunta: “E quem está tomando conta da lojinha?”.

            Lembrei-me da piada no dia da eleição. Votei na 914 Norte, no Colégio Leonardo Da Vinci, e levei Meacir para votar na Escola Classe na 115 Norte. Ainda votamos em Brasília. A fila no TRE de Campinas, perto da minha casa, desanimava quem desejava transferir o título. Soava-me um desrespeito para com o cidadão (pois é, a fantástica Campinas tem suas falhas). Mas deixa pra lá. O que tem a piada com a eleição?

 

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Usando a Bíblia corretamente

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Usando a Bíblia corretamente
 
            No livro Princípios para uma cosmovisão bíblica, John MacArthur Jr. tem um capítulo sobre objetividade. Ele censura o relativismo da cultura contemporânea em que cada pessoa faz sua verdade. Para elas, tudo é tolerável. Só lhes é intolerável ter uma cosmovisão bíblica, ou seja, uma visão do mundo pela Bíblia. Tenta-se ajustar a Bíblia à visão das pessoas e amoldá-la às correntes de pensamento. Assim se fazem leituras marxistas, leituras feministas, leituras afros da Bíblia, em vez de se ler estes movimentos à luz da Bíblia. Ela deixou de ser nossa regra de fé e prática e passou a coadjuvar uma visão secular que temos da vida.

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O Gato Hipoalergênico

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O Gato Hipoalergênico

      Joshua é o primeiro gato hipoalergênico (não produz alergia) do mundo.  Produzido em laboratório, tem um ano e meio de vida. Inaugura uma espécie de gatos que estará à venda nos Estados Unidos, a partir de 2007, por quatro mil dólares. Há 30.000.000 de americanos alérgicos a gatos, e que poderão ter um. O cálculo me impressiona: trinta milhões! Como americano é inteligente! Calcula até gatófilos alérgicos. 

      Gosto de gatos. Tive o Platão, Aristóteles, Sócrates, a Xantipa (mulher do Sócrates), Hegel, Schleiemacher, Kierkegaard e, menos sofisticada, a Ana Júlia. Tenho o Mahavira Rambo Gomes Coelho. Meu filho, um bom arquiteto, que seria um excelente veterinário, enche-nos de bichos. Deu-nos o Mahavira. Como tem pedigree, deu-lhe seu sobrenome. Que é o meu. O sobrenome cultivado desde D. Júlio Diniz (pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho) está num gato.

 

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