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Pastorais

Uma foto que me angustiou

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Uma foto que me angustiou

 

            Há duas lojas de livros usados que Meacir e eu visitamos aos sábados de manhã, em Campinas. Cada um adquire um livro que lerá na semana. Ela comprou “O proprietário”, de Galsworthy, para ler numa de nossas viagens. Dentro veio uma foto, que me impactou muito. Alguém a esqueceu. A foto é antiga, preto e branco, e tem manchas. Um casal, na casa dos 80 anos, segura um bebê, que deve ser seu bisneto. Os semblantes são europeus. O bebê, menino, deve estar hoje com mais de 40 anos, pelo estado da foto. O casal deve ter morrido.

            Quem são? Não sei. Não há nome nela nem no livro. Pensei em jogar a foto fora, mas seria um assassinato emocional. Seria como se liquidasse as vidas dos anciãos. O bebê pode estar vivo, hoje adulto. Mas eles já se foram. Só existem na foto. Talvez o último vestígio deles na terra estivesse em minhas mãos. Que faço com a foto? Não sei a quem devolver! Guardá-la? Daqui a 30 anos alguém a encontrará entre meus guardados e perguntará: “Quem são?”. Descartá-la? Liquidaria o relacionamento deles com o bebê. A foto é do tempo em que fotografia era raridade.

            Aquelas pessoas amaram, riram, choraram. Foram importantes para alguém. Existem num papel na mão de um desconhecido. Por trás da foto, sonhos, amores, projetos. Eles olham para o bebê com amor. Nada mais existe. Fiquei deprimido. Como é a vida! Julgamo-nos tão importantes! Falamos sobre tantas coisas e tanta gente, temos a vida de outros em nossas mãos. Mas seremos apenas uma foto amarelada, lembrada por parentes. Outros não serão nada. Hoje, ilustres desconhecidos. Amanhã, desconhecidos.

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Jejum De Televisao

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Jejum De Televisao

 

            Estive em Vitória, ES. Falei à Faculdade Teológica Unida, e preguei na Igreja Presbiteriana de Itaparica, do amigo Rev. Glalter. No sábado, falei aos professores da EBD da igreja, na casa de um irmão, palavra que terminou com um churrasco. Foi bom, embora eu prefira massa. Mas deixemos de “neomênias”.

            Glalter me falou de uma experiência curiosa que sua família vivia naqueles dias. Ele desafiara a si, a esposa, e principalmente as filhas, a um jejum de televisão, por uma semana. Uma semana sem o que Stanislaw Ponte Preta chamava de “máquina de fazer doido”, e o Dr. Dewey Mulholland, com quem trabalhei em Brasília, de “ídolo do lar”.

            Durante o período, ele leu histórias para as meninas e a família conversou mais entre si, cultivando a comunhão doméstica. Ele notou que as filhas voltaram a desenvolver a criatividade, com as brincadeiras e atividades desempenhadas. Com a televisão estavam passivas, vendo as imagens dos desenhos e dos programas. Segundo ele, houve um crescimento para todos da casa.

            Vez por outra alguém me pergunta como consigo manter as atividades na igreja, viajar, escrever e, principalmente, ler. Pergunto se já notaram quanto tempo perdem com televisão. É altamente tomadora de tempo e pouco recompensadora. Ler um livro e curtir a família são melhor uso do nosso tempo.          

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Dá para levar a Bíblia a sério?

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Dá para levar a Bíblia a sério?

 

Um crítico falastrão disse que a Bíblia não pode ser levada a sério porque não se pode provar a autenticidade dos seus manuscritos. Aliás, o autor de O Código da Vinci diz que ela foi mudada várias vezes e nunca houve uma redação final. Ao longo dos tempos, os cristãos a mudaram a bel prazer. Quem ler O Código ficará, se for limitado e inculto, com a imagem de que os cristãos são um bando de mafiosos. Curioso! Gente de pouca honestidade intelectual pondo em dúvida as afirmações e o credo alheio.

Dá para levar a Bíblia a sério? Podemos dizer que o que nela está sempre esteve lá e que seus manuscritos são confiáveis?

Tucídides, historiador aceito pelos estudiosos, viveu entre 460-400 a.C. Sua obra sobreviveu em oito manuscritos, datados de 900 a.D. (1.300 anos depois). Os manuscritos de outro historiador, Heródoto, são mais raros, mas também de larga aceitação. Chegaram-nos poucas cópias, também datadas bem depois de sua vida. As obras do filósofo grego Aristóteles datam de 330 a.C., mas o manuscrito mais antigo é de 1.100 a.C., ou seja, 1.400 anos depois! Nenhum intelectual impugnou as obras de Aristóteles por isto. ”As guerras gaulesas” foram narradas por César entre 58 e 50 a.C., mas o manuscrito mais recente é de mil anos após sua morte.

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A necessidade de um bom amigo

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A necessidade de um bom amigo

 

            No excelente livro Automotivação, alta performance, de Zig Ziglar (obrigado pelo presente, Nelya!), há um capítulo intitulado “Pessoas e propósitos”. Ziglar, batista e professor de EBD em sua igreja (de 22.000 membros), fala da necessidade de amigos, mostrando como bons relacionamentos ajudam, inclusive, na recuperação médica.

            Ele cita o poeta inglês John Donne que disse que “Nenhum homem é uma ilha” (título de um romance do austríaco Mario Simmel). Segue dizendo que, infelizmente, há pessoas que se trancam e fazem questão de não ter amigos. É verdade. Algumas parecem trazer um letreiro na testa: “Não se aproxime”. Zig diz entender que algumas dessas pessoas se frustraram com outras, por isso querem distância. E cita um ditado rabínico: “Quem procura um amigo sem imperfeições jamais terá amigos”.

Relacionar-se é arriscar-se. Mas vale a pena. Fechar-se é pior. Lembra-me uma frase atribuída a Vitor Hugo: “Se não queres sofrer, guarda teu coração em cofre de ferro e não o dês a ninguém. Mas neste cofre ele minguará e tu serás infeliz”. É provável que todos tenhamos nos decepcionado com alguém. Mas é provável que também tenhamos sido enriquecidos por amigos. E que tenhamos falhado com pessoas que esperavam de nós. Também podemos ser maus amigos, em ocasiões. Mas todos nós já fomos bons amigos.

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A lição dos patos

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A lição dos patos

 

Você já deve ter visto cenas em televisão, se é que não viu ao vivo, de bandos de patos selvagens voando, em uma bonita formação em V. Eles não voam em bando informe ou disforme. Escolhem esta posição de vôo por motivos bem funcionais. Veja só o porquê, e avalie as lições para nós.

Quanto um pato bate as asas, cria um vácuo para o pássaro seguinte. Voando em formação V, o bando tem seu desempenho melhorado em 71% do que em vôo solitário. Lição: as pessoas que compartilham uma direção comum e em senso de grupo alcançam seus objetivos mais rápida e facilmente.

Quando um pato sai da formação em V, sente a resistência do ar e logo volta para a formação, aproveitando o vácuo da ave à sua frente. Lição: é preciso permanecer em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir, aceitando sua ajuda e prestando a nossa.

Quando o pato líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, outro pato assume o lugar, indo para a ponta. Lição: é preciso haver revezamento na liderança e divisão de tarefas pesadas. Assim como os patos, somos interdependentes uns dos outros.

Os patos de trás grasnam para incentivar e encorajar os da frente e aumentar a velocidade. Lição: precisamos nos assegurar que nossas palavras sejam de incentivo e de apoio para que a equipe aumente seu desempenho.

Quando um pato fica doente, é ferido ou é abatido, dois patos saem da formação para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto para voar ou até que morra. Só assim eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de outro bando. Lição: precisamos de senso de solidariedade em momentos difíceis, hipotecando apoio aos feridos e não nos descartando deles.

Provérbios 6.6 nos manda ir ter com a formiga e aprender do seu jeito de ser, trabalhador. Podemos parafrasear o texto e dizer: “Vai ter com os patos, considera os seus caminhos e sê sábio”. Assim aprendemos do jeito de ser deles, solidários. Uma igreja que quer exercer sua missão de fazer diferença neste mundo precisa viver em solidariedade.

 

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

(Publicado originalmente no boletim da PIB de Manaus, AM, em 29.10.1995) 

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Um pai que passa valores aos filhos

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Um pai que passa valores aos filhos

 

            Hoje é o dia dos pais. Mesmo comemorada e estimulada pelo comércio, a data não tem o brilho do dia das mães. Em parte porque a figura da mãe é ímpar, quase mística, em nossa cultura. É mais terna, muito romântica.

O pai leva algumas desvantagens na cultura ocidental. Nossa estrutura o apenou. Em muitos lares é ele quem fica com a disciplina. Chega em casa, à noite, cansado do trabalho, e lhe diz a esposa: “Você precisa dar um jeito nesse menino!”. E o garoto pensa: “Pronto, meu pai chegou em casa, chegou a hora da bronca”.  Mas na cultura oriental, o pai, além de provedor é referência e padrão para os mais jovens. Mas dois personagens nos ajudarão a pensar sobre ser pai, à parte de conceitos culturais.

            Um é Davi. Deus o chamou de “o homem segundo o meu coração”. Foi um grande rei, o maior de Israel, a ponto de seu nome se tornar sinônimo de Messias. Grande guerreiro, excelente líder, excelente administrador, poeta extraordinário. E péssimo pai. Sua família foi uma bagunça.  Seus filhos foram uma calamidade. Há um caso de incesto, em que o irmão violenta a irmã, e um caso de fratricídio, em que um mata o outro. Dois deles, Adonias e Absalão, tentaram depô-lo. Foi muito espiritual, mas errou como pai! Temos uma razão na forma como tratou um dos filhos: E nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fizeste assim? E era ele também muito formoso de parecer; e Hagite o tivera depois de Absalão” (1Rs 1.6). Um pai frouxo, não corrigiu o filho. Mimou-o demais e não o orientou. Falhou como pai.

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Cuidado com as vacas!

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Cuidado com as vacas!

 

            Ouvi, em Brasília, uma mensagem do pastor presbiteriano Wadislau Gomes, gente finíssima. Conheci-o em Jaú. Pastor em Bauru, assumi interinamente a PIB de Jaú, onde ele pastoreava a Igreja Presbiteriana. Revimo-nos em Brasília. Mas deixemos as reminiscências e vamos ao que interessa.

            Wadislau falou de um menino que ficou encantado vendo o pai, agricultor, fazer um sulco bem reto com o arado. Quis imitá-lo. O pai lhe deu o arado e orientou: “Olhe para algo do outro lado do campo como alvo. Vá em sua direção. O traçado será reto”. E se ausentou. Na volta viu um sulco sinuoso, trabalho horrível. Perguntou ao filho como fizera aquilo, e porque não fixara um alvo. O garoto disse que fixara. E mostrou uma vaca a pastar do outro lado.

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“Se estes se calarem…”

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“Se estes se calarem…”

 

            “Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão” (Lc 19.40).

            Com base nestas palavras de Jesus, vez por outra, alguém, desafiando a igreja à obra missionária, diz que se não proclamarmos o evangelho, as pedras clamarão. A afirmação é bem intencionada, mas merece reparos, pois Jesus não disse isto. Este equívoco vem se repetindo há muito tempo em nosso meio, e é um tiro no pé.

O contexto do texto esclarece bem. Os discípulos, entusiasmados com a entrada de Jesus em Jerusalém, começaram a louvar a Deus e a gritar: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu e glória nas alturas”. Incomodados, os fariseus pediram a Jesus que os repreendesse. Foi então que ele deu a resposta contida em Lucas 19.40. Que é bem específica: “se estes se calarem”. Que ele era o Rei prometido, o Messias esperado, era tão gritante, que se seus discípulos se calassem, as pedras proclamariam isto. O contexto não é de evangelização ou missões. Jesus não disse que pedras evangelizariam. Só seus seguidores podem fazer isto.

            A tarefa de pregar o evangelho é tão restrita aos discípulos de Jesus, que os anjos gostariam de desempenhar esta tarefa (1Pe 1.12) e não conseguiram o privilégio.

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Dez razões por que nunca tomo banho

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Dez razões por que nunca tomo banho

 

As pessoas que não frequentam a igreja apresentam argumentos curiosos em defesa de sua atitude. O adjetivo “curiosos” se aplica mais pelo seu teor simplório. Para mostrar a inconsistência de alguns desses argumentos, alguém elaborou uma lista bem-humorada chamada “Dez razões por que nunca tomo banho”. Veja as razões e compare-as com as desculpas dadas para não frequentar uma igreja:

 

1. Meus pais me forçaram a tomar banho quando eu era criança. Tomei aversão.

2. As pessoas que tomam banho são hipócritas. Elas se julgam mais limpas que as outras.

3. Há muitos tipos de sabonete. Eu nunca saberia, exatamente, qual deles usar.

4. Eu costumava tomar banho, mas tornou-se algo rotineiro e perdeu o encanto.

5. Nenhum dos meus bons amigos toma banho e eu preciso ser igual a eles. Se souberem que tomo banho vão zombar de mim. Preocupo-me mais com a opinião deles do que com minha higiene pessoal.

6. Tomo banho no Natal e na Páscoa. Isso não é suficiente?

7. Começarei a tomar banho quando ficar mais velho. A juventude não é uma época boa para se tomar banho, pois há coisas mais importantes por fazer. O banho atrapalha minhas aspirações de jovem.

8. Não tenho tempo. Ando muito ocupado, trabalhando, estudando, cuidando do meu futuro. Banho pode esperar. Um pouco de sujeira não faz tão mal assim. Na realidade, banho é para desocupado.

9. O banheiro é muito frio. Ou: “O banheiro é muito quente”. Ou, ainda: “É difícil o estacionamento para se chegar ao banheiro”.

10. Os fabricantes de sabonete estão somente atrás do meu dinheiro.

 

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Seja o melhor e faça o melhor

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Seja o melhor e faça o melhor

 

            Michael Horton, no livro O cristão e a cultura, cita um advogado cristão que, querendo consagrar sua vida a Jesus, disse “Eu só quero servir a Deus” e queria largar a profissão, “virando as costas para o mundo” e “entregando a vida a Jesus”. Horton diz que vivemos numa cultura que precisa ser salgada pelo evangelho, e que não é bom abandoná-la, pensando que só se serve a Deus como pastor ou missionário. Tem razão. Conheço gente que como profissional secular é um excelente cristão, com um vibrante testemunho de fé, e que não seria um bom pastor ou missionário. É um equívoco presumir que só pode se servir a Deus no ministério eclesiástico.

       Horton cita um episódio de Lutero. Um sapateiro convertido perguntou-lhe o que deveria fazer para servir bem a Deus. Talvez esperasse o conselho de fechar seu negócio e tornar-se pregador do evangelho.  Lutero respondeu: “Faça um bom sapato e venda por um preço justo”. Ele serviria a Deus sendo um profissional competente e honesto. Esta foi a lição de Lutero: um seguidor de Jesus deve ser bom no que faz, e deve ter caráter. Deve ser o melhor e deve fazer o melhor na sua área. Pode ser uma pessoa simples, iletrada, de profissão humilde, mas não pode ser medíocre. Deve ser bom. Nós devemos ser os melhores no que fazemos.

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Alma à venda

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Alma à venda

            A Internet é um poderoso meio de comunicação e de instrução, pelas possibilidades de pesquisas. Mas pode ser perda de tempo, em “chats” para conversar “abobrinha” ou fonte de imoralidade, pelos muitos sites de pornografia, alguns promovendo pedofilia, que é crime. E tem banalidade em demasia. Um site de humor tem uma seção chamada “Notícias que vão mudar o mundo”. Uma delas mostrava uma atriz numa farmácia, e a legenda: “Fulana de tal compra esmaltes”.

            Mas veio uma notícia banal, sobre a qual desenvolvo a pastoral de hoje. Um rapaz de 24 anos, na Nova Zelândia, pôs a alma à venda, num leilão pela Internet. Que coisa mais sem nexo! Os lances chegaram a U$ 189 (parece que a alma dele não vale muito). Pois é, e esta notícia correu o mundo.

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Ditadura do Pensamento Único

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Ditadura do Pensamento Único

 

            No “Folha de S. Paulo” de 21.6 , Clóvis Rossi, no artigo “Não há arroz para todos”, comenta a visão simplista do Presidente Lula sobre a questão dos alimentos no mundo. A seguir, usa a expressão “ditadura do pensamento único” para se queixar da busca de consenso que se vê hoje.

            Saúdo Rossi pela expressão “ditadura do pensamento único”. Como cristão, eu a sinto há mais tempo. Querem nos obrigar a pensar como os demais, acatando pontos de vista e abrindo mão dos nossos. Nunca pedem aos demais para respeitar os nossos, nem lhes pedem para concordar conosco. Por exemplo, se aprovada a lei contra homofobia, que visa amordaçar os discordantes, não poderemos mais dizer que o homossexualismo é errado. Pode-se discordar da opção política, futebolística, religiosa, filosófica, mas não sexual das pessoas. Será crime. É a ditadura do pensamento único da minoria. Ao invés de respeitar a minoria, temos que pensar como ela.

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Reflexão sobre A menina que roubava livros

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Reflexão sobre A menina que roubava livros

 

De Campinas a Natal, parando em S. Paulo e Recife, há muito tempo para se ler. Assim li A menina que roubava livros, de Zusak. O livro está há 65 semanas na lista da Veja dos mais vendidos. Ao terminar, fiquei entre engasgar e aplaudir.

Nele se vê o sofrimento das crianças com a guerra. Quantas maldades elas sofrem dos adultos, em geral! O livro tira também aquela impressão de que todos os alemães são nazistas. Muitos discordavam de Hitler, mas o patrulhamento ideológico calava quem não seguia o pensamento oficial. Mostra a perplexidade de judeus alemães. Por que sua pátria os perseguia? Mostra a fragilidade das pessoas e suas crises no meio da multidão. A maldade humana é sem limites e o homem pode ser de incrível selvageria. A maçonaria costuma dizer que escolhe os homens bons e os torna melhores. Ingenuidade! A Bíblia diz que não há homens bons. Todos são pecadores, todos são caídos, passíveis de atos brutais. Não pode haver bondade sem a graça de Deus, que age e transforma. Tentar tornar homens bons pela razão é a utopia do Iluminismo. Os homens bons do conhecimento iluminista produziram duas guerras mundiais e criaram regimes de terror. Hitler, Stalin, Idi Amin, Bokassa, Fidel, Pinochet e assassinos menores são de nosso mundo racionalista. Razão sem a graça cria algozes mais capacitados. A razão é dom de Deus, mas também foi contaminada pela queda.

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Recuperando o Tempo Perdido

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Recuperando o Tempo Perdido

 

Pr. Ivan Fidelis dos Santos

 

            Conta-se a estória de um homem que, ao morrer, é colocado diante de Deus e o SENHOR, em sua infinita misericórdia, concede que lhe seja feita apenas uma pergunta. Então, em toda sabedoria que este homem poderia dispensar disse: “SENHOR, por toda a vida a humanidade tenta compreender quem, de fato, é Deus; mas ninguém consegue chegar a uma definição exata. Portanto, humildemente, peço que o SENHOR defina, com uma palavra, o ser humano”.

            Ao que Deus respondeu prontamente: Curioso! – É a palavra – Filhinho, a humanidade, desde que pecou, tornou-se um ser muito inconstante. Quando adolescente pensa em viver como jovem; quando jovem quer viver como adulto; quando adulto gostaria de voltar à infância. Enfim, nunca vive o presente! Perde seu tempo imaginando o futuro e, quando está nele, quer voltar ao passado. Se a humanidade vivesse segundo o propósito da criação, seria perfeito, como uma criança sob os cuidados do Pai. – E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus (Mt 18.3)”

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Minutos de sabedoria…

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Minutos de sabedoria…

 

Pr. Ivan Fidelis dos Santos

 

            Este é o título de um livreto antigo, que ainda deve estar à venda até os dias de hoje, o qual contém alguns textos estimulantes; um para cada dia, como uma espécie de indicador da energia espiritual que estaria influenciando aquela pessoa, naquele dia.

            Um momento para reflexão acerca de situações cotidianas e tão comuns que ninguém dispensa um instante de suas vidas pensando nelas. Os autores destas tais reflexões, na maioria das vezes, são anônimos; ou então, estão tratando de temas tão irrelevantes que preferem não divulgar seus nomes; ou ainda, estão utilizando-se de frases que são de domínio popular.

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O Servo que chega a ser Rei

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O Servo que chega a ser Rei

 

Pr. Ivan Fidelis dos Santos

 

            Há algum tempo tenho observado o quanto às pessoas se apresentam insatisfeitas com Deus, e tentam resolver as diversas situações cotidianas por esforço próprio. Em outras ocasiões, discutem acerca de temas que, mesmo para eles, não têm o menor fundamento.

            Outro dia, na fila do banco, chamou minha atenção um senhor que aguardava para receber o benefício de sua aposentadoria quando, de repente, vira para o lado e faz a seguinte exclamação: “O senhor tem acompanhado as altas no barril de petróleo?” – Ele estava com uma expressão tão indignada como se fosse um grande investidor do ramo petrolífero. Pessoas perdem tempo em discutir acerca de situações que não fazem a menor diferença para o seu dia a dia.

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Crente não tem sorte…

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Crente não tem sorte…

Pr Ivan Fidelis dos Santos

Como o cristão gosta de falar de sorte. Muitas vezes é impressionante como esta palavra é repetida em ocasiões totalmente equivocadas. Certa vez, conversando com um conhecido crente, ele me disse: “Esta semana tive de viajar a trabalho a Porto Alegre e, inesperadamente, um caminhão quebrou e duas coincidências aconteceram. A primeira é que trafegava em baixa velocidade e pude desviar a tempo, evitando uma colisão; a segunda, é que não havia nenhum veículo no sentido contrário e, assim, pude ultrapassar sem nenhum problema. QUE SORTE!”.

Em outra ocasião, pude presenciar o relato de um crente que dizia ter passado por um imprevisto e, em decorrência disto, tivera um acréscimo em suas despesas. Mas, sem que ele esperasse, outra pessoa que lhe devia um empréstimo viria pagá-lo adiantadamente. Sua expressão de reação foi: “QUE SORTE!”.

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A Missão De Ser Mãe…

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A Missão De Ser Mãe…

Irmã Marilene Lacerda Rodrigues

Toda mulher, de alguma forma, é mãe. Se não é mãe do filho que gerou em seu próprio ventre, é mãe de um sobrinho, de alguém por quem desenvolve afeto e, até mesmo, de seus próprios pais. Maternidade é inerente às mulheres. Deus criou as mulheres assim: maternais!

As mães gostam de cuidar das pessoas e deixa-las confortáveis. Hoje se comemora um dia especial, com efeito, O DIA DAS MÃES! – Nesse dia as mães costumam ser presenteadas, mas se isto não acontecer, não fique triste. Existe alguém que nunca esquece de você: o nosso SENHOR DEUS.

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Até que outro crime nos choque (o retorno) Ou: A Menina Isabella

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Até que outro crime nos choque (o retorno)

Ou: A Menina Isabella

Em 18.2.2007 escrevi sobre a morte do menino João Hélio, que ocupava espaço na mídia. Comecei assim: “Um menino de 6 anos foi arrastado por 7 km por bandidos, no Rio de Janeiro. Ele ficou preso, pelo cinto de segurança, do lado de fora do veículo. O corpo foi quicando, durante a fuga. Ficou uma pasta de carne humana. O Sargento Navega, que encontrou o carro, disse: ‘Era um pedaço de carne, já sem roupa, destruído. Mas eu sabia que era uma criança. Peguei o rádio, mas não conseguia me expressar. A voz embargou’. Disse mais o militar:  ‘Eles tiveram oportunidade de deixar a criança com a mãe. Era só deixar o menino descer. Eles não têm Deus no coração’”.

O caso Isabella é diferente. É muito pior. Se as suspeitas policiais se confirmarem é tão cruel que chega a ser inconcebível. Mas eis aí outro crime que nos choca.

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A Cruz e o Pináculo

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A Cruz e o Pináculo

Conhecia Helmut Thielicke do livro Mosaico de Deus. Comprei e comecei a ler As tentações de Jesus, também dele. O livro é bom: foram três edições em alemão.

Uma expressão sua me encantou (ouvindo-a, Meacir concordou: “Puxa, que lindo!”): “Deus aproxima-se silenciosamente, sem ser notado por ninguém, entra pela porta dos fundos do mundo, e repousa no estábulo de Belém”. O Deus silencioso! O mesmo Deus que respondeu a Elias contrariando a sua expectativa. Não veio como terremoto, vento despedaçador ou fogo, mas como brisa mansa e suave.

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E o Botafogo atropelou as forças ocultas…

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E o Botafogo atropelou as forças ocultas…

 

            Manchete do Globo Online, de 14 de abril: “Forças ocultas – astros apontam a dupla Fla-Flu na final da Taça Rio”. O Globo consultou representantes da numerologia, do baralho cigano e tarô sobre as finais da Taça Rio. E diz: “E deu Flamengo por unanimidade”.

            Segundo a numeróloga Norma Estrella: “O dia não será propício para o Botafogo”. Mais: o dia 13 possuiria vibrações de perdas que atingiriam mais o Botafogo que o Flamengo.

            Segundo Fernanda Luz, pelo baralho cigano, as energias estariam em desequilíbrio no Botafogo. E no Flamengo, seriam “energias de concretização”.

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Cultura Inútil

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Cultura Inútil 

 

            Estava numa banca de jornal e me surpreendi com o volume de publicações. Desde bom material até lixo pornográfico, cds, um grande volume de revistas em quadrinhos e livros de auto-ajuda, tudo ensinando e tudo prometendo. Pornografia para todo tipo de doente.  Há excesso de informações, a maior parte desnecessária.  

            Entro na Internet e vejo as manchetes:

            “Paola  Oliveira e Mattar terminam namoro” (E daí? Quem são eles?).

            “Stephany Brito e Pato ficam noivos  em Paris” (Não sei quem é ela, mas precisou ir a Paris achar um pato?).

            “Pamela Anderson nua em festa” (Estava de fogo?).

            “Pierce Brosnan come feijoada no centro de São Paulo” (Da próxima vez experimente virado paulista!).

            “Alzira rompe com Juvenal Antena” (Puxa!)

            “Cantora Maria Rita revela que está namorando firme” (Sério?)

            Isto não é cultura. É fofoca. Muita gente consome irrelevâncias e se julga bem informada. Pensa que está sendo preparada para a vida, mas não sabe do essencial. Consome bobagem e é privada do fundamental. Isto é manipulação do sistema. Satisfaz as pessoas, na sua ânsia de saber, mas sonega-lhes o essencial. Por que as coisas são como são? Por que temos arrecadação de impostos tão alta e péssimos serviços médicos, educacionais e rodovias abandonadas? Por que pagamos impostos de primeiro mundo e temos serviços de terceiro mundo? Para onde vai o dinheiro? Por que tanta baixaria na vida política? É cabível a epidemia de dengue no Rio? Empanturram-nos de fofocas e sonegam-nos o essencial. Temos informações desnecessárias, análises irrelevantes, e ausência de uma abordagem séria que responda, esclareça e leve a população a exigir. A  banalidade é o “pão e circo”  de hoje.

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Shopping De Igrejas

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Shopping De Igrejas

 

            Lembro-me de uma pessoa, no início de meu ministério na Cambuí, que me disse ter mudado há pouco para Campinas e estava freqüentando as igrejas, analisando e vendo o que cada uma tinha para lhe oferecer. Depois escolheria uma para se filiar. Pastor rodado, conhecedor dos tipos de membros de igreja, desejei que Cambuí não fosse a “agraciada”. Felizmente não foi. Porque sei que pessoas que se supervalorizam e desejam que o mundo se encaixe em sua visão não são boas companhias. Geralmente azedam o lugar por onde passam, e logo precisam mudar de ambiente. Não se pode contar com elas para projetos sérios que não tenham sua grife pessoal. Estão sempre indo ao shopping de igrejas escolher uma que lhe seja mais agradável.

            Com esta mentalidade, “igreja” deixou de ser a comunhão dos salvos, onde os remidos se reúnem para adorar a Deus e testemunhar de Jesus, e passou a ser uma prestadora de serviços. A idéia de muitos cristãos é esta: sua fé em Cristo lhes deu um cartão de crédito sem limites estabelecidos e elas cultivam a cultura do consumismo espiritual. Não foram salvas para servir a Deus e à igreja de Cristo, mas para serem agraciadas e servidas. Impressiona-me como as pessoas se queixam de igrejas. Sou um pouco reticente quando alguém briga em sua comunidade e quer vir para a comunidade a que sirvo. Em vindo, será que não haverá o transplante de um problema? Porque pé de espinho é pé de espinho em qualquer canteiro… Não é a terra, mas a natureza da planta.

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Esperando Socorro

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Esperando Socorro

 

            Andei a reler um agradável livro, Super-heróis e a filosofia – verdade, justiça e o caminho socrático. Um de seus capítulos é de autoria de Felix Tallon e Jerry Walls, este professor de Filosofia no Seminário Teológico Asbury.  O capítulo se intitula “Super-homem e o reino dos céus: a surpresa da teologia filosófica”. Parece confuso? Vou clarear, prometo.

            Os autores falam das duas linhas de interpretação do mundo mais comuns no ocidente: o teísmo cristão (cristianismo) e o naturalismo. Este coloca toda a explicação do mundo nisto: não existe o sobrenatural. Apenas forças naturais. Não há Deus ou forças espirituais que interfiram no mundo material. Só há a matéria em movimento, governada por leis naturais. A religião é uma doença, uma infantilidade. O cristianismo afirma que há um Deus Criador, um Ser moral, com propósito, que entrou na criação na pessoa do homem chamado Jesus e que no fim intervirá definitivamente no mundo.

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Recuperando o que Perdera

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Recuperando o que Perdera

 

            Por conta das comemorações do seu 78º. aniversário, a Igreja do Cambuí trouxe dos Estados Unidos o casal Pr. Benjamin e Carol Geho. Eles trabalharam aqui por pouco tempo, na transição para o pastorado que exerço, mas deixaram marcas consideráveis. De Campinas, o casal foi a Brasília, pois trabalhou lá, na Faculdade Teológica (trabalhamos juntos também em Bauru).

            Como a vida é curiosa! Visitando um irmão, o Pr. Benjamin recebeu dele dois livros meus que estavam no espólio de um senador que eu desconhecia e que falecera. Um é A idade da razão, de Sartre, com meu nome carimbado, datado e localizado em Bauru. O outro, de Clarice Lispector, com meu nome carimbado, datado e localizado em S. Paulo. Recordei-me que em 1986, em Brasília, uma pessoa aparentada com um senador esteve em minha casa e me levou dois livros. Esquecera-me do fato e dos livros. Mas 22 anos depois os recuperei. Os tempos e eu mudamos e acho Sartre chato e A idade da razão uma obra ultrapassada. Sobre Clarice Lispector, não lembro o título do livro.  

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A Tripla Conversão do Cristão

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A Tripla Conversão do Cristão

 

            O teólogo Oscar Cullmann disse que os cristãos necessitam de três conversões. A primeira é do mundo para Cristo, o arrependimento. A segunda, para a igreja, o compromisso. A terceira, para o mundo, o testemunho. O termo “conversão” é usado no sentido de uma mudança radical na vida.

            Um cristão é um convertido a Cristo. Ninguém nasce cristão. Não se é cristão por nascer num país cristão. Aliás, não existe país cristão. Cristão é quem crê em Jesus Cristo e o segue. Esta conversão foi bem definida em João 10.27-28: “As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão. Ninguém poderá arrancá-las da minha mão”. O cristão ouve a voz de Jesus, é conhecido por ele, segue-o e tem a vida eterna, em segurança eterna.

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A Igreja do Cambuí, em Campinas

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A Igreja do Cambuí, em Campinas

 

                Com 1.031.887 habitantes (censo de 2004), Campinas é maior que muitas capitais. É a sede da Região Metropolitana de Campinas, que responde por 9,2% do PIB do Brasil (igual ao do Chile e superior ao do Estado do Rio). Aqui residem 30% dos cientistas brasileiros. Aqui estão excelentes universidades e um dos melhores centros médicos do Brasil. Das rodovias que cortam a cidade, quatro estão entre as dez melhores do Brasil.

                O Cambuí é o bairro mais charmoso e badalado de Campinas. Como disse alguém, “o Cambuí é uma grife”. Aqui foi estabelecida, há 78 anos, a “Segunda Egreja Baptista de Campinas”, com 14 membros. Neste tempo ela mudou seu nome para o do bairro, organizou nove igrejas, está no seu segundo templo, tem o projeto do terceiro, e vive um momento muito bom, de paz e progresso.

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Mudança Boa, Mudança Ruim…

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Mudança Boa, Mudança Ruim…

A Reforma Protestante mudou drasticamente o cristianismo degenerado da época. Ela devolveu a maneira correta de relacionar-se com Deus, razão de ser da igreja: ao invés dos sacramentos, pôs a ênfase na Palavra de Deus. O que habilita alguém para relacionar-se com Deus não são os sacramentos, administrados pelo clero. É a conformidade ao ensino da Bíblia. Ela testemunha de Jesus Cristo, tendo-o como centro e finalidade, e orienta sobre o propósito de Deus. Lutero deu a Bíblia ao povo e os protestantes se notabilizaram como o povo do Livro.

Os batistas surgiram nesta esteira. No cemitério dos pioneiros, em S. Bárbara do Oeste, SP, estão as sepulturas dos membros da primeira igreja batista no Brasil (organizada em 1871). Em quase todas há uma Bíblia esculpida. O povo nos chamava de “bíblias”, no passado.

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Cartões de Amor Mentirosos

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Cartões de Amor Mentirosos

 

            Nesta semana me amaram muito. Ao meu e-mail vieram oito cartões com declaração de amor. Era só clicar num ponto que eles apareceriam. Como a única pessoa que me enviaria cartões de amor estava comigo, obviamente era trambique. Que se confirmou quando vi um “atravez”  e um “finalisado”. A redação era péssima.

            Alguém queria invadir meu computador. Era o que se chama de “vírus” ou “trojam”. O invasor assassinou o português. Tirando esta falha, parecia certo. Meu endereço e nome estavam corretos, era a logomarca dos cartões, e apelava para um sentimento positivo. Todos gostam de receber declarações de amor! E as remetentes eram conhecidas: Carol, Patrícia, Renata, Sônia. Quem não conhece uma delas? Fosse Estrogominalda, quem ligaria? Tudo certo para engabelar o desavisado. Que clica e se dá mal. Podem apenas introduzir um problema no computador, mas podem capturar as senhas do usuário.

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Mais Um Pouco Sobre Igreja

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Mais Um Pouco Sobre Igreja

Para muitas pessoas, “igreja” é um lugar aonde ir. Ou uma instituição ou uma organização. Alguém que dizia seguir a Jesus referiu-se assim à igreja: “Não tenho mais nenhum interesse nesta instituição”. Recebi e-mail de um ignoto, falando mal da igreja e se despedindo, pois se afastava. Sua carta, além de inconsistente, cheirava a ódio. Respondi a quem me encaminhou o e-mail: “Já vai tarde. Não fará falta alguma”. Nunca entendeu o que seja igreja.

Mas também recebi bom e-mail de uma ex-ovelha de Brasília, advogada, afeiçoada à nossa família e nós à dela. Ela se lembrava de uma frase que eu disse num sermão: “Se você procura uma igreja perfeita, quando a encontrar, não entre nela para não estragá-la”.

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