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Isaltino

Aos Pais

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Aos Pais

Há poucas semanas, um pai se recusou a pagar fiança do filho bêbado, sem habilitação, que pegou seu carro sem autorização e foi detido. Segundo o pai, seria bom ele passar uns dias preso e refletir sobre a vida. Ao sair, o rapaz disse que aprendera a lição.

Na Internet, um site abriu as famosas consultas para desocupados dizerem sim ou não. Ou palpitarem. Um dos opinadores disse que o pai errara, porque filho é filho e os pais têm que dar apoio.

No Rio, marmanjos espancaram uma doméstica. Pensaram que era uma prostituta. Que raciocínio! Podem-se espancar prostitutas? O pai de um deles disse que os “mininu” não deviam ser presos, porque eram universitários e gente boa. Não eram “mininus” e sim galalaus de mais de vinte anos, freqüentadores de academias e, como universitários, deviam ser mais lúcidos. Deveriam estar mais preparados para a vida. Sugeriram que o pai, que não civilizou seu “mininu”, fosse preso em seu lugar. É óbvio que não. Adultos devem ser responsabilizados e apenados pelos seus erros (não “penalizados” porque “penalizado” é sentir pena).

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O Simbolismo Judaico e as Igrejas Neopentecostais

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O Simbolismo Judaico e as Igrejas Neopentecostais

 

A Solução Dada Por Estes Grupos Para Matar A "Sede Simbólica Das Comunidades”

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para o Congresso de Adoração, acontecido na quinta-feira, dia 26 de julho, por ocasião da 99ª Assembléia da CBF, em Cabo Frio, RJ

 

            Originalmente, a palavra grega symbolon significava “sinal de reconhecimento”. Na Antigüidade, quando um rei enviava um representante para outro país com a finalidade de colher informações secretas, ele quebrava um objeto qualquer em duas partes, guardava uma consigo e entregava a outra ao seu enviado. Esta segunda parte era o symbolon, que identificava o portador com o rei. Obtidas as informações, o enviado fazia-as chegar ao rei. Junto com elas ia o symbolon, o que provava a legitimidade de sua informação. O symbolon era a adaptação de uma parte à outra, do objeto quebrado.

 

          

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Pedro Caíque, Reflexo de uma Geração sem Deus

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Pedro Caíque, Reflexo de uma Geração sem Deus

                Li na Internet: “O recém-nascido Pedro Caíque, de sete meses de idade, foi encontrado morto dentro de uma residência, no bairro da Jatiúca, zona norte de Maceió. De acordo com a Polícia Militar de Alagoas, o garoto havia sido abandonado pela mãe, Tatiana Evelin de Sousa Sena, de 18 anos. Em depoimento, a mãe do bebê disse que alimentou o bebê por volta de 1 hora do domingo e saiu para uma boate em Jaraguá, quando retornou o garoto já havia falecido. Tatiana foi detida por abandono de pessoa incapaz e conduzida para a Delegacia de Plantão III, no bairro de Jaraguá. Segundo os policiais que efetuaram a prisão, ela tentou reagir e, juntamente com o tio Antônio Marcos Ferreira da Silva, de 22 anos, partiu para agredir os soldados”.

 

                Há mais: “Pedro era o quarto filho de Tatiana”. Com 18 de anos de idade, quatro filhos! Se quer viver em boates, por que teve quatro filhos? Devem ser bem pequenos. Uma “escadinha”. Precisam de uma mãe.

 

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Em Busca de Atalhos

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Em Busca de Atalhos

 

            Algumas atividades demandam de seus praticantes boa capacidade de ouvir coisas surpreendentes. Mais que a dos brasileiros ouvindo sandices de alguns ministros e assessores políticos. Advogados, médicos, psicólogos, psicanalistas, padres e pastores ouvem coisas surpreendentes. Mas recebem orientação para o silêncio, e se acostumam. Quando externam é porque foi demais…

                Foi assim que entendi a fala de um médico procurado por meninas com menos de 16 anos, obesas, que queriam fazer cirurgia de redução de estômago. Não adiantava ele dizer que era caso de dieta e reeducação alimentar, quebrando maus hábitos alimentares. Elas queriam emagrecer sem sacrifício. Sem disciplina, sem método, sem contrariedade. Queriam comer e beber de tudo, até não poderem mais, e continuar magras. Queriam um atalho para emagrecer.

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Irmãos na Fé ao Redor do Mundo

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Irmãos na Fé ao Redor do Mundo

            Ler A jornada, livro mais recente de Billy Graham, edificou-me muito.  Ele expressa amor e gratidão pela vida de Ruth, sua esposa (recém falecida), e manifesta, em cada linha, uma profunda vivência com Deus. Parece que cada página foi regada por oração. Quanta espiritualidade! É mesmo um homem de Deus!

 

                Na página 128 há o tópico “Através do mundo”, no qual ele narra três das suas experiências que mostram a fraternidade em Cristo que há em todo o mundo. Em 1959, auge da Guerra Fria, ele foi a Moscou como turista. Aproximou-se nervoso da mulher da imigração. Ela examinou cuidadosamente seu passaporte. Depois, olhando cautelosamente ao redor, certificando-se de que ninguém os via, deu-lhe um grande sorriso e em silêncio apontou para cima, no sinal cristão de “O Caminho”. Diz ele: “Em meio ao feroz ateísmo da União Soviética, ela era uma companheira crente em Cristo”.

 

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Vaticano Define Igreja Católica Como ?Única De Cristo?

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Vaticano Define Igreja Católica Como “Única De Cristo”

 

       Esta notícia veio na Internet. Eu disse: “Pouco se me dá”, e ignorei a questão. Não ligo a mínima para o Vaticano.  Mas seis membros da Igreja me enviaram a notícia, pedindo que eu comentasse. O trecho mais intrigante é este:  "Cristo constituiu sobre a terra uma única Igreja e instituiu-a como grupo visível e comunidade espiritual, que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá", diz o texto. "Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele."

            Não discuto os argumentos de Roma, mas a questão bíblica. É impossível reconhecer a Igreja Católica Romana no Novo Testamento. Ela é a culminância de uma série de desvios teológicos, heresias e afastamento da Bíblia. Seu domínio sobre as demais se deu por motivações políticas e econômicas, não espirituais. A história não comporta aqui por espaço. Mas algumas respostas devem ser dadas por quem pretenda ser a Igreja Católica a única Igreja (na realidade, ela está bem distante do conceito bíblico de Igreja). Eis as questões:

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Chronos e Kairós

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Chronos e Kairós

 

                Não estou a falar línguas estranhas. É grego, embora eu prefira o hebraico, a língua de Deus. Deixe-me explicar.

                Em 1988 eu trabalhava na Faculdade de Brasília e fui ao Canadá participar de um encontro missionário e um congresso de teologia. Falei na Igreja de Strathroy, no tempo do Pr. Jackson Rondini, brasileiro. De lá fui a Portugal. Como sempre, quando visito o Pr. Renato Cordeiro, um trabalho duro: levar um piano para o terceiro andar (isto é outro caso). Mas convidei um jovem canadense, Allan Calcutt, para estudar na Faculdade de Brasília. Voltei pelo Canadá, e o Pr. Rondini me falou que Allan aceitara.

                Até encontrar uma pensão, Allan, que casou com uma brasileira, morou em minha casa. Eu o levava a todo lugar, para ele melhorar o português (a mãe era lusa). Um dia eu ia a um lugar, mas dei uma carona ao meu irmão, hoje Pr. Isaías Gomes Coelho. E eu, cumpridor de horário, me atrasei. Expliquei à pessoa, que entendeu.

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Horror Vacui

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Horror Vacui

 

                Henri Nouwen, que se tornou célebre por seu trabalho pastoral com portadores de deficiências físicas e mentais, foi teólogo, conferencista e escritor. No seu livro “Transforma meu pranto em dança”, ele lembra um conceito do filósofo Spinoza, horror vacui. Alude ao medo do vazio. Nouwen comenta que ao visitar Nova Iorque notou que a maioria dos lugares está atulhada de coisas. Segundo ele, as pessoas precisam entulhar seu espaço físico de coisas. Lembrei-me do choque que a bela Brasília causa em quem a ela chega pela primeira vez. Os grandes espaços vazios, os gramados e parques assustam. As pessoas logo falam que a cidade é impessoal (alguma cidade se relaciona pessoalmente com alguém?). Talvez boa parte do horror vacui venha da imprevisibilidade que o vazio proporciona. Do que pode nos acontecer num lugar em que estejamos a descoberto. Por isso, o lugar deve ser entulhado.

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A Teoria Dos Seis Graus

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A Teoria Dos Seis Graus

 

Comecei assim a pastoral passada: “’News addictions` é um livro que ganhei no dia dos namorados”. Hoje começo assim: “’Não sou uma só: diário de uma bipolar’ é um livro que Meacir Carolina ganhou no dia dos namorados”.

Transtorno bipolar é o nome antigo da psicose maníaco-depressiva. Na tendência de suavizar, mudaram seu nome. Alguns psicanalistas preferem o antigo, porque “transtorno bipolar é um eufemismo e a intensidade da coisa não fica clara” (Jamison). Mas deixemos o tecnicismo de lado. Nem é de transtorno bipolar que quero falar.

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New Addictions (Novas Dependências)

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New Addictions (Novas Dependências)

 

                “News addictions” é um livro que ganhei no dia dos namorados. “Addiction” é uma palavra inglesa para “hábito, vício”. É mais ampla que “dependence” (dependência), porque indica uma situação de dependência psicológica que leva a buscar algo sem a qual a vida se torna sem sentido.  O autor, Guerreschi, a usa para designar dependências emocionais, sem substância química. Bem documentado, com quadros e gráficos, o livro mostra o vazio contemporâneo e a luta em preenchê-lo.

                Eis três das novas dependências emocionais: internet, celular e compras.  A internet, expressão da telemática (junção de telecomunicações e informática) beneficia muito em pesquisa e informações. Mas permite algumas patologias, como a IAD (Internet addiction desorder). A internet não é má, mas o comportamento dos seus usuários pode ser problemático. Pode vir a ser fuga da realidade.

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O Sistema De Aquecimento Da Igreja

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O Sistema De Aquecimento Da Igreja

 

                Não, não se trata de um sistema de aquecimento da nossa Igreja. Acabamos de colocar ar-condicionado no templo (e veio uma onda de frio!). Aquecimento seria uma boa, e já temos no batistério. Pelo menos para mim está bom. Mas não penso em novas despesas com climatização. Falo do sistema de aquecimento do Tabernáculo Metropolitano, em Londres, igreja batista onde Charles Spurgeon realizou um abençoado ministério. Abençoado como poucos.

                A história está no livro “Anatomia da Pregação”, boa obra contemporânea sobre preparação e entrega de sermões. O autor, Larsen, conta uma história sucedida na igreja de Spurgeon. Cinco estudantes universitários foram ouvir o famoso pregador, apelidado de “O príncipe do púlpito batista”. Um diácono perguntou-lhes se queriam conhecer o sistema de aquecimento da igreja. “Era um dia quente de julho na Inglaterra”, diz Larsen. E os jovens quiseram ver que sistema de aquecimento era este, em um dia como aquele.

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Os Cânticos Do Apocalipse

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Os Cânticos Do Apocalipse

 

Isaltino Gomes Coelho Filho

            Para muitos, o Apocalipse é misterioso e aterrorizante. Para outros, infelizmente, é uma cabala evangélica, usado para adivinhações grotescas, em que se “vêem” o Japão, EUA, helicópteros, Saddam Hussein reconstruindo Babilônia e outras hermenêuticas levianas, mostradas entre nós como escatologia séria. É triste o sensacionalismo bíblico!  Mais triste é o anseio por ele em nossas igrejas!

 

            O Apocalipse é um livro de louvores e cânticos. Celebra o triunfo final de Jesus, o Cordeiro de Deus. Seu reino será vitorioso. Os cânticos são de triunfo. Há muita liturgia, mas, semanticamente, talvez não seja apropriado falar de “cânticos”, embora Apocalipse 15.2 diga que “entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. Na realidade, são aclamações de louvor em que a corte celestial prorrompe espontaneamente ao ver descortinada a história e o triunfo do reino implantado por Jesus. Não são cânticos elaborados, mas expressões espontâneas. Mas são um precioso ensinamento: nós celebramos a vitória do reino de Cristo. Cantamos sua obra redentora, seu poder na história, o triunfo dele sobre o poder do mal, a imbatibilidade da Igreja.  Nosso louvor deve exaltar o triunfo de Cristo e a vitória final do seu reino.

 

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Pastores e Lobos; Ovelhas e Bodes

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Pastores e Lobos; Ovelhas e Bodes

 

                Duas pessoas amigas me enviaram uma mensagem intitulada “Pastores e lobos”, mostrando as diferenças entre o realmente pastor e o que é um lobo e se aproveita do rebanho. Sei que as duas não quiseram me enquadrar como lobo. Elas me conhecem, sabem de minha vida ministerial, respeitam-me e damo-nos bem. Foi para uma reflexão necessária, e até um desabafo delas, com tantos aproveitadores.

                A ambas, respeitosamente, disse que não via como carapuça, mas gostaria de mostrar outro aspecto.  Gostaria que alguém escrevesse sobre “ovelhas e bodes”. Pois assim como há lobos disfarçados de pastores, há bodes mascarados de ovelhas. Ovelhas são dóceis, dão lã e seguem o líder. São úteis e boas de se trabalhar. Bodes dão marrada, cheiram mal, alimentam-se até de lixo, e embora tenham utilidade, são problemáticos. Não sou uma autoridade “bodal” e talvez falhe na análise do bode, mas peguei carona na palavra de um pastor que ofendido por um membro da sua igreja (chamam a isso de “confrontar”) que alegou que não tinha pastor, e que ele nunca fora um pastor para ele, respondeu-lhe calmamente: “Mas você não é ovelha; você é bode. Você dá marradas para não ser guiado”. Alguma autoridade em vida caprina poderá destacar as virtudes do bode, mas é neste contexto que falo.

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A Incrível Viagem De Shackleton

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A Incrível Viagem De Shackleton

 

                Com 16 anos de idade ouvi um pastor batista, no Rio, falar de seu hábito de leitura. Decidi imitá-lo desde então: leio pelo menos um livro por semana. Assim, li centenas de livros. E poucos me fascinaram tanto como “A incrível viagem de Shackleton”. Ao acabar de lê-lo, em casa, coloquei-o sobre o braço da poltrona e aplaudi. Mesmo ignorando os termos náuticos e de navegação, fiquei fascinado.

                Em 1914, Ernest Shackleton partiu a bordo do navio Endurance, rumo ao Atlântico Sul. Pretendia cruzar o continente antártico, passando pelo Pólo Sul. O navio ficou preso no gelo e foi destruído. Shackleton e seus homens, por quase seis meses, permaneceram numa placa de gelo, no ambiente mais hostil do planeta. Frio de 35 graus abaixo de 0, ventos de até 150 km por hora, comida escassa, tidos como mortos. Empreendeu uma duríssima viagem em três barcos, por centenas de quilômetros até uma ilha. Lá deixou alguns homens e fez outra viagem, de barco e a pé, por dezenas de quilômetros, até uma estação baleeira. Sempre sob muitas adversidades. Após uma jornada titânica, ele sobreviveu e salvou todos os liderados.

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A Proposta do Presidente Lula

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A Proposta do Presidente Lula

 

                 “O Globo” de 14 de maio trouxe um trecho da fala do Presidente Lula, em seu programa de rádio:

Conversei com o papa sobre a necessidade da integração religiosa na América Latina, porque a Igreja Católica na América Latina também tem um peso muito importante. Nós estamos, já há algum tempo, falando em integração da América Latina, integração cultural, integração social, integração energética, integração de ferrovia, tudo. É importante que haja uma integração religiosa – afirmou.

                Este não é um espaço político, por isso meu comentário deve ser entendido no contexto religioso. O que é a “integração religiosa” proposta pelo Presidente? Como nossa mídia é fraca e não faz análises, não vi um comentário sequer, nos meios de comunicação, sobre como os entendidos compreenderam a fala presidencial. Provavelmente, são palavras sem sentido, jogadas fora, como de hábito. Talvez nem o seu emissor saiba o que significam.

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Mães Tradutoras da Bíblia

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Mães Tradutoras da Bíblia

                Um grupo de seminaristas conversava entre si. O assunto era qual a tradução bíblica preferida de cada um. Um dizia preferir tal versão por causa de sua linguagem mais dinâmica e contextualizada. Outro preferia uma versão mais literal ao texto original enquanto um terceiro preferia uma tradução mais próxima do sentido da expressão e não da letra.

                Mais um opinou dando sua preferência por uma versão que trazia um português mais clássico, mais erudito (não era eu, não). Por fim, um que se mantivera calado até então, disse preferir a versão de sua mãe. Os demais ficaram surpresos, sem saber o que dizer, até que um declarou, em tom irônico:

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Alô, Pessoal, O Bozo Chegou!

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Alô, Pessoal, O Bozo Chegou!
                Conversava com uma jovem que se prepara para o batismo e ela me contou que lê com muita atenção as pastorais do boletim. Gosta delas. Mas gostou particularmente daquela intitulada “Não pague mico!”, em que narro o incidente que vivi no Supermercado Big. Entrei no banheiro masculino e lá estava uma mulher, tranqüilamente falando ao celular. Disse-me ela que conversando depois com outros jovens, um disse que gostaria de ver a cena. Um até teria dito: “Imagino o pastor, todo certinho, entrando no banheiro de homens e encontrando uma mulher lá”.

                Bem, não sou muito certinho. Sou um pecador erradinho, como tantos. A graça de Deus é que trabalha em nossas vidas e nos faz servir a Deus. Mas imagino que o “certinho” se refira ao jeito de ser, um tanto fechado, como alguns dizem. Eu diria, mais solene, no culto. Não sou fechado. Prova disso é como as crianças da igreja se sentem tão à vontade comigo a ponto de invadirem o gabinete pastoral. Não é apenas por causa das balas. Domingo passado à noite, a Beatriz deixou sua marca no culto, “reclamando” de mim. Mas Beatriz é uma dessas que encantam meu gabinete. O Ricardinho, um dia desses, me levou tangerinas.  Não sou tão inflexível assim.

 

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Acabou o Limbo

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Acabou o Limbo

 

                Não é polêmica rasteira, pois não é meu feitio. Li na Internet: “O Vaticano publicou ontem um documento afirmando haver base para a ‘esperança de que as crianças não batizadas sejam salvas’ – ou seja, há boas razões para crer na salvação dos pequenos que morrem antes de receber o batismo”. Diz o documento: “o mais provável é que o limbo não exista”.

                O limbo foi incorporado aos ensinos da Igreja Católica no século 13. É o lugar para onde vão as crianças que morrem antes de receber o batismo. Lá não haveria sofrimento, pois a criança não foi condenada, mas também não é o paraíso, que implica a comunhão com Deus. Sua criação foi para resolver um problema. Se o batismo salva, o que seria das crianças não batizadas? Um bebê é tão bonitinho, tão inocente! Como condená-lo?

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O Que Jesus Realmente Ensinou?

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O Que Jesus Realmente Ensinou?

              Perin escreveu um livro intitulado “O que ensinou Jesus realmente?” (Editora Sinodal).  O título desta pastoral é parecido, mas não é um comentário do seu livro nem um estudo teológico. Falece-me tal competência. Abordo o tema para juntar dois pontos. O primeiro é a queixa de um leitor à revista “Época” reclamando da intolerância das igrejas em não aceitarem o homossexualismo. Diz ele que elas estão esquecendo a maior doutrina de Jesus: o amor.

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Não Pague Mico!

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Não Pague Mico!

 

 

            Fui com Meacir ao Shopping D. Pedro. Não gosto dele. É muito grande (é o maior da América Latina), anda-se demais e vêem-se as mesmas inutilidades dos outros. Mas é perto de casa e precisávamos ir ao supermercado. Fui ao banheiro masculino do Big e dei de cara com uma mulher, tranqüila, encostada à parede, falando ao celular. Saí às pressas, até porque a mulher me olhou zangada, olhei bem a placa externa, vi que estava certo, e voltei.

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O Casal e Ninguém Mais

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O Casal e Ninguém Mais

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para os casais da IB do Cambuí, em 14 de abril de 2007
 

INTRODUÇÃO

Começo com o artigo de Fábio Toledo, Juiz de Direito em Campinas, em seus dois primeiros parágrafos, conforme publicado no “Correio Popular”, de 9 de abril de 2007: 

“Lembro-me de uma ocasião em que indaguei a um marido as causas que o levaram a procurar a separação, ele me respondeu cheio de amargura: ‘Doutor, cada vez estou mais convencido de que o casamento é uma loteria, uns acertam, outros erram, mas ninguém sabe exatamente o porquê. É questão de sorte’. Será que o bom êxito na vida conjugal é mesmo uma loteria?

Num curso que participei sobre o relacionamento conjugal, já próximo ao final do evento, o palestrante concluiu que o que sustenta uma relação entre marido e mulher é a qualidade dos momentos que se passam juntos “.

Vou começar por aqui. Seguir na linha dele, ajuntando alguns outros comentários. Começo afirmando o óbvio, que o Juiz Fábio também afirma: casamento não é loteria. É produto de trabalho, investimento pessoal e determinação. Não é aventura nem jornada para deslumbrados, sem noção do que seja a vida. Tenho notado que muita gente que tem casamento fracassado tem também uma visão frívola, muito superficial da vida. Há pessoas sem noção de compromisso, de necessidade de mudar, de corrigir e de se adaptar. Já notei um traço comum em casamentos que não deram certo. Uma das partes ou as duas desejam que o mundo se adapte a elas. Da mesma forma esperam que faça o cônjuge. São pessoas que se colocam como centro dos acontecimentos. Têm uma incrível capacidade de se desculpar e não menos incrível capacidade de culpar o mundo. E azedam a vida ao seu redor.

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O Aniversário Não Era Meu, Mas o Presente Foi

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O Aniversário Não Era Meu, Mas o Presente Foi 

Estava no Strog&Noff, para o café evangelístico, em que pregou o Pr. Ricardo Sturz Jr., da nossa Igreja. Excelente mensagem! Chegou a família Pierangeli. Batizei primeiro a mãe, depois os filhos adolescentes. Gabrielle primeiro, depois o Rafael. Gabrielle veio radiante. Aniversariava na semana e chamamos os aniversariantes do mês, no café, para orar por eles. Segundo a mãe, nem dormiu à noite.

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Visão Correta

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Visão Correta

 

 

            “Um homem chamado Jesus Cristo”, de John Piper, é riquíssimo em conteúdo. Um de seus capítulos é comovente: “A riqueza encarnada da compaixão de Deus – Jesus Cristo”. Piper mostra a forma misericordiosa com que Jesus tratava os sofredores. Alista e comenta o mendigo cego, a viúva que perdera o filho único, o endemoninhado, sua compaixão pela multidão, e mostra que Jesus encarna a misericórdia, o hesed, de Deus.

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Uma Igreja Preparada para o Presente Século

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Uma Igreja Preparada para o Presente Século

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a Igreja Batista Memorial de Belo Horizonte e apresentado em 25.3.2007

 

            Receio temas assim. Explico: não gostaria que as pessoas pensassem que precisamos de uma igreja que varie conforme a época. Anos  atrás fui preletor num congresso de uma denominação irmã, falando sobre o tema: “O perfil do obreiro do século 21”. Comecei com esta pergunta: “Como deve ser o obreiro do século 21?”, e respondi: “Como o obreiro do século 20, do século 19, do século 15”. E mostrei que deveria ser um obreiro cristocêntrico, bibliocêntrico e eclesiocêntrico.


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De Volta A Um Solo Amado

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De Volta A Um Solo Amado

             Voltei ao Amazonas pela oitava vez em nove anos. Vou com alegria. Não saí fugido nem escorraçado. Quando entreguei o pastorado da PIB de Manaus, o Dr. Manoel do Carmo, Presidente do Corpo Diaconal fez um pedido público, no culto, para que eu ficasse. O Dr. Vanias, em reunião do Conselho, disse que poderiam mudar o que fosse necessário para que eu permanecesse. Saí limpo, porque amava a educação teológica e queria contribuir com ela. Hoje sei que meu lugar é no pastorado e que os seminários estão perdendo espaço. O fosso entre as igrejas e a estrutura denominacional aumentará e eles não serão poupados. Deus dará novo modelo e novas instituições para servir às igrejas.

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De Volta A Um Velho Tema

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De Volta A Um Velho Tema

             No Dia Internacional da Mulher, o “Correio Popular”, de Campinas, publicou foto de péssimo gosto, na primeira página. Uma patricinha com uma arma na mão e um cigarro na outra, numa pose tola.  O tema: jovem, loira, bonita, universitária, moradora num edifício de luxo do Cambuí, um apartamento por andar, presa como líder de gangue. Segundo o “Correio”, tornou-se bandida por amor a um desses jovens tolos que se julgam geniais.

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Nós, A Igreja Batista do Cambuí

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Nós, A Igreja Batista do Cambuí 

            No dia 10 de janeiro de 1930 foi fundada a Segunda Egreja Baptista de Campinas. Em 16 de setembro de 1975 ela mudou seu nome para Igreja Batista do Cambuí. É assim que a conhecemos. Entre os batistas da região de Campinas é chamada de “o Cambuí”. Associou-se ao bairro, por sinal, o mais charmoso da agradável Campinas.

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O Grande Hino Cristológico De Efésios – Parte 2

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O Grande Hino Cristológico De Efésios

Parte 2

  Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho 

            Continuamos considerando o texto de Efésios 1.3-14, estudado no número anterior.  Naquele artigo consideramos aspectos lingüísticos e de estrutura do hino paulino. Hoje vamos analisá-lo por dois ângulos. O primeiro é sua perspectiva teológica, com uma visão trinitariana. É o que os teólogos chamam de “economia da Trindade”.  O outro é o das bênçãos que temos em Cristo.

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A Igreja É Os Seus Membros

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A Igreja É Os Seus Membros

                 O quinto item de nossa filosofia de ministério é este: A IGREJA É OS SEUS MEMBROS. Com isto queremos dizer que igreja é gente, povo, não prédio nem instituição. E que a relação entre a qualidade individual de seus membros e a qualidade da igreja como um todo é indissociável. Ela é tão boa quanto seus membros o forem. Criticá-la é non sense, é colocar-se fora dela. E este talvez seja um dos maiores problemas da igreja de Cristo: excesso de críticos, carência de amantes. A começar, infelizmente, de muitos seminários, onde a igreja é duramente contestada por gente que depois deseja ser pastor.

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Por Trás de Amazing Grace

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Por Trás de Amazing Grace

A Vida de William Wilberforce nos cinemas 

Os cristãos à volta do mundo foram convidados a entoar o famoso hino Amazing Grace no Domingo 18 de Fevereiro de 2007, no que foi consagrado como Amazing Grace Sunday,  em acção de graças pelo segundo centenário da abolição da escravatura e em intercessão pela libertação de homens, mulheres e crianças ainda hoje escravizados. A iniciativa foi articulada com o lançamento do filme Amazing Grace e teve o apoio da Aliança Evangélica Mundial.

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