Aos Pais
Aos Pais
Há poucas semanas, um pai se recusou a pagar fiança do filho bêbado, sem habilitação, que pegou seu carro sem autorização e foi detido. Segundo o pai, seria bom ele passar uns dias preso e refletir sobre a vida. Ao sair, o rapaz disse que aprendera a lição.
Na Internet, um site abriu as famosas consultas para desocupados dizerem sim ou não. Ou palpitarem. Um dos opinadores disse que o pai errara, porque filho é filho e os pais têm que dar apoio.
No Rio, marmanjos espancaram uma doméstica. Pensaram que era uma prostituta. Que raciocínio! Podem-se espancar prostitutas? O pai de um deles disse que os “mininu” não deviam ser presos, porque eram universitários e gente boa. Não eram “mininus” e sim galalaus de mais de vinte anos, freqüentadores de academias e, como universitários, deviam ser mais lúcidos. Deveriam estar mais preparados para a vida. Sugeriram que o pai, que não civilizou seu “mininu”, fosse preso em seu lugar. É óbvio que não. Adultos devem ser responsabilizados e apenados pelos seus erros (não “penalizados” porque “penalizado” é sentir pena).